Adilson Francisco dos santos. Estudos Apologéticos.
A DOUTRINA DO FINADO É BÍBLICA? OU É MAIS
UM DOGMA HERÉTICO DA IGREJA CATÓLICA BASEADO NOS LIVROS APÓCRIFOS?
E além disso, entre vocês e nós há um grande abismo, de forma
que os que desejam passar do nosso lado para o seu, ou do seu lado para o
nosso, não conseguem’. Ele respondeu: Então
eu lhe suplico, pai: manda Lázaro ir à casa de meu pai, pois tenho cinco
irmãos. Deixa que ele os avise, a fim de que eles não venham também para este
lugar de tormento’. Abraão respondeu: ‘Eles têm Moisés e os Profetas; que os
ouçam’. ‘Não, pai Abraão’, disse ele,
‘mas se alguém dentre os mortos fosse até eles, eles se arrependeriam’. Abraão
respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos
Profetas, tampouco se deixarão convencer, ainda que ressuscite alguém dentre os
mortos’. (Lucas 16.26 -31).
Observando
a doutrina do finado à luz da bíblia, descobrimos que não passam de uma
superstição religiosa, aonde seus adeptos vão ao cemitério celebrar missa em
culto aos mortos acendem velas nos túmulos para as almas de seus entes
queridos, eles são ensinados pelos reverendos que as almas estão em um lugar
escuro e tenebroso precisando de auxilio. Segundo as sagradas escrituras o dia
de finado celebrado pela igreja católica apostólica romana não passa de uma
heresia, tal dogma tem origem pagã e diverge radicalmente do ensino da Palavra
de Deus. O dia de finado teve origem entre os clérigos romanos no inicio da
paganização do cristianismo institucionalizada na igreja católica romana, antes
mesmo de o dia de finado ser criado o culto aos mortos já existia no mundo
pagão, e quando começou a ser praticado inicialmente de forma sutil e depois
mais abertamente pela igreja católica romana, sofreu a critica de um pequeno
grupo de cristãos da época centrados no ensino da palavra de Deus, e que foram
rechaçados pelos lideres de Roma, posteriormente, essa pratica herética só
aumentou na época carolíngia que compreende os séculos. Nove e dez. DC, surgiu
o registro dos vivos e mortos a serem lembrados nas missas como ocorre ainda
hoje em toda igreja católica romana, tomando o lugar dos antigos “diptocos”, tabuinha de cera onde
figuravam os nomes dos doadores de oferendas, esses registros eram chamados de
“LIBRI VITAE” isto é, “LIVRO DA VIDA”, e
incluíam os vivos e os mortos, não muito tempo depois de criados esses registros,
os mortos foram separados dos vivos nessas listas. Já no 7º século, na Irlanda
passou-se a escrever os nomes dos mortos em rolos que eram lidos nos
monastérios e igrejas, essas tradições deram origem às necrologias lidas nos
ofícios católicos romanos, e aos abituarios que lembravam os serviços e obras
dos defuntos nas datas em que completavam aniversários de falecimentos, os
“LIBRI MEMORIALIS”, isto é, LIVRO DE MEMORIA”, como eram conhecidos na época
carolíngia, continham de 15 mil a 40 mil nomes a serem lembrados, as necrologias
da abadia de Cluny na França faziam menção a 40 ou 50 nomes de defuntos por
dia. No 11º século, exatamente entre 1024 e 1033 DC, Cluny instituiu a
comemoração dos mortos em 2 de novembro, estabelecendo a conexão deste dia como
chamado dia de todos os santos, o dia de todos os santos foi criado pela igreja
católica romana em 835 DC, e comemorado no dia 1º de novembro em honra aos
mortos, mas foi Santo Odilon (962-1049 DC). Ou Odílio, abade do mosteiro
beneditino de Cluny na França. Ele determinou que os monges rezassem por todos
os mortos, conhecidos e desconhecidos, religiosos ou leigos, de todos os
lugares e de todos os tempos. Quatro séculos depois, o Papa, em Roma, na
Itália, adotou o dia 2 de novembro como o dia de Finados, ou dia dos mortos,
para a Igreja Católica.
Ele
modificou e substituiu o tal dia pelo finado, que seria um dia reservado as
orações pelas almas no purgatório, o dia de finado começou a ser aceito por
Roma em 998 DC, juntamente com a celebração do dia de todas as almas, e foi
oficializada no inicio do século 11, sendo cristalizado já no século 20. É interessante notar que o dia de todos os
santos de onde tudo começou foi copiado dos cultos pagãos dos celtas e dos
gauleses, a festa dos espíritos era celebrada pelos celtas em 1º de novembro
nessa data os celtas ofereciam sacrifícios para libertar os espíritos que eram
aprisionados por Samhaim o príncipe das trevas, o império romano também
absorveu o dia de Pomona gauleses, transformando as duas festas em uma só
posteriormente, a igreja católica romana tomou a data para celebração do dia de
todas as almas, absorvendo a crendice dos pagãos. Em 1439, quando Roma bateu o
martelo decisivamente por doutrina, o dia de finado foi fortalecido sendo
confirmado definitivamente com o concilio de Trento no século 16 que inseriu na
bíblia católica Romana os livros apócrifos, e no livro apócrifo de II Macabeus
que se baseia o culto aos mortos promovidos por Roma todo mês de novembro. Os
católicos romanos alegam que Judas Macabeus realizou sacrifícios pelos mortos (II
Macabeus 12.44.45). Mais não podemos de forma alguma tomar este livro como
sendo parte das escrituras sagradas, o autor de Macabeus ao final do livro pede
desculpas por algum erro que possa ter cometido, se fosse um livro inspirado
por Deus, ele não precisaria pedir perdão por alguma coisa, veja o que o epílogo
do livro de II Macabeus afirma: “Finalizarei aqui a minha narração, se ela esta
felizmente concebida e ordenada, era este o meu desejo, se ela esta imperfeita
e medíocre é que não pude fazer melhor”, (II Macabeus 15.38). As pessoas às
vezes preferem acreditar mais em tradições humanas e experiências pessoais do
que procurar estudar a bíblia para verificar o que ela realmente fala a
respeito do assunto, não há base, em nenhum trecho das Sagradas Escrituras,
para o purgatório, não se deve orar pelos mortos, porque a bíblia diz: “Que
depois da morte, segue-se ao juízo”, (Hebreus 9.27). “E que não deve-se
consultar os mortos”, (Deuteronômio 18.9.14; Isaias 8.19). Veja o absurdo
ensinado pelos romanistas ao falarem do purgatório, “Se alguém disser que
depois de receber a graça da justificação, a culpa é perdoada ao pecador
penitente e que é destruída a penalidade da punição eterna, e que nenhuma
punição fica para ser paga, ou neste mundo ou no futuro, antes do livre acesso
ao reino ser aberto, seja anátema”, (a base da doutrina católica contida na
profissão de fé seção VI papa Pio IV). Como pode ver, a doutrina do purgatório
simplesmente menosprezam a obra expiatória e vicária de Cristo na cruz do
calvário, quando a bíblia diz que o que Jesus fez é definitivo, “Se alguém esta
em Cristo nenhuma condenação há”, (Romanos 8.1). há completo livramento do juízo
vindouro, “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê
, naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou
da morte para vida”, (João 5.24). Como então ensina que Deus queima seus filhos
no purgatório para satisfazer a sua justiça já satisfeita pelo sacrifício de
Cristo ou mesmo para satisfazer a si mesmo, como se o que Cristo fez não fosse
suficiente, como Deus pode purgar pecados já expiados, alem disso teria o papa
mais poderes que de Jesus, já que Roma ensina que Jesus que do céu intercede
pelos pecadores vê-se impossibilitado de livrar as almas que estão no
purgatório, e só o papa possui a chave daquele cárcere, o atual estado dos
salvos mortos esta claro em Lucas 23.43: “Disse-lhe Jesus; em verdade, em
verdade te digo que hoje mesmo estarás comigo no paraíso”. Segundo a bíblia é o
paraíso o estado de descanso para os que morrem em Jesus, e o Hades para
aqueles que morrem sem Cristo como o Rico (Lucas 16.22-24). Portanto orar por
quem já morreu é tolice, não adianta, é anti-bíblico e inócuo, o dia de finado
não se sustenta, porque ele é uma invenção religiosa, bem explorada pelo
comercio e pela igreja católica romana, uma farsa como qualquer outra.
A
Bíblia nos mostra que não há nenhuma possibilidade dos mortos confortarem os
vivos, isso é uma falsa esperança da igreja católica, a Bíblia fala que na
época que Saul consultou a médium, já havia alguns anos que o profeta Samuel já
era falecido, e quando alguém falece, “Ele volta ao pó, e neste dia perecem
todos os seus pensamentos”, (Salmo 146.4).
“E nem tampouco eles tem jamais recompensa, mas a sua memória ficou entregue
ao esquecimento”, (Eclesiastes 9.5). E ainda mais a Bíblia diz, “Tal como a
nuvem se desfaz e passa, assim é aquele que desce a sepultura jamais tornará a
subir”, (...), “Mais morto o homem, e consumido; sim rendendo o homem o
espírito, então onde está? (Jó 7.9; 14.10). “Estando as nuvens cheias, derramam
a chuva sobre a terra, e caindo a árvore para o sul, o para o norte, no lugar
em que a árvore cair ali ficará”, (eclesiastes 11.3). Há um grande abismo
entres os salvos, e os condenados que impossibilita sua comunicação, como no
caso entre o rico e Lázaro (Lucas 16.26). Portanto não há nenhuma possibilidade
de modificar tal condição.
Portanto
fica claro que a doutrina do Finado não passa de mais uma heresia criada pela
igreja católica baseada nos seus livros apócrifos.
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