sábado, 22 de março de 2014

A DOUTRINA DO FINADO É BÍBLICA? OU É MAIS UM DOGMA HERÉTICO DA IGREJA CATÓLICA BASEADO NOS LIVROS APÓCRIFOS?

Adilson Francisco dos santos. Estudos Apologéticos.


A DOUTRINA DO FINADO É BÍBLICA? OU É MAIS UM DOGMA HERÉTICO DA IGREJA   CATÓLICA BASEADO NOS LIVROS APÓCRIFOS?

E além disso, entre vocês e nós há um grande abismo, de forma que os que desejam passar do nosso lado para o seu, ou do seu lado para o nosso, não conseguem’. Ele respondeu:  Então eu lhe suplico, pai: manda Lázaro ir à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos. Deixa que ele os avise, a fim de que eles não venham também para este lugar de tormento’. Abraão respondeu: ‘Eles têm Moisés e os Profetas; que os ouçam’.  ‘Não, pai Abraão’, disse ele, ‘mas se alguém dentre os mortos fosse até eles, eles se arrependeriam’. Abraão respondeu:  Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão convencer, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos’. (Lucas 16.26 -31).

Observando a doutrina do finado à luz da bíblia, descobrimos que não passam de uma superstição religiosa, aonde seus adeptos vão ao cemitério celebrar missa em culto aos mortos acendem velas nos túmulos para as almas de seus entes queridos, eles são ensinados pelos reverendos que as almas estão em um lugar escuro e tenebroso precisando de auxilio. Segundo as sagradas escrituras o dia de finado celebrado pela igreja católica apostólica romana não passa de uma heresia, tal dogma tem origem pagã e diverge radicalmente do ensino da Palavra de Deus. O dia de finado teve origem entre os clérigos romanos no inicio da paganização do cristianismo institucionalizada na igreja católica romana, antes mesmo de o dia de finado ser criado o culto aos mortos já existia no mundo pagão, e quando começou a ser praticado inicialmente de forma sutil e depois mais abertamente pela igreja católica romana, sofreu a critica de um pequeno grupo de cristãos da época centrados no ensino da palavra de Deus, e que foram rechaçados pelos lideres de Roma, posteriormente, essa pratica herética só aumentou na época carolíngia que compreende os séculos. Nove e dez. DC, surgiu o registro dos vivos e mortos a serem lembrados nas missas como ocorre ainda hoje em toda igreja católica romana, tomando o lugar dos antigos “diptocos”, tabuinha de cera onde figuravam os nomes dos doadores de oferendas, esses registros eram chamados de “LIBRI VITAE” isto é, “LIVRO DA VIDA”,  e incluíam os vivos e os mortos, não muito tempo depois de criados esses registros, os mortos foram separados dos vivos nessas listas. Já no 7º século, na Irlanda passou-se a escrever os nomes dos mortos em rolos que eram lidos nos monastérios e igrejas, essas tradições deram origem às necrologias lidas nos ofícios católicos romanos, e aos abituarios que lembravam os serviços e obras dos defuntos nas datas em que completavam aniversários de falecimentos, os “LIBRI MEMORIALIS”, isto é, LIVRO DE MEMORIA”, como eram conhecidos na época carolíngia, continham de 15 mil a 40 mil nomes a serem lembrados, as necrologias da abadia de Cluny na França faziam menção a 40 ou 50 nomes de defuntos por dia. No 11º século, exatamente entre 1024 e 1033 DC, Cluny instituiu a comemoração dos mortos em 2 de novembro, estabelecendo a conexão deste dia como chamado dia de todos os santos, o dia de todos os santos foi criado pela igreja católica romana em 835 DC, e comemorado no dia 1º de novembro em honra aos mortos, mas foi Santo Odilon (962-1049 DC). Ou Odílio, abade do mosteiro beneditino de Cluny na França. Ele determinou que os monges rezassem por todos os mortos, conhecidos e desconhecidos, religiosos ou leigos, de todos os lugares e de todos os tempos. Quatro séculos depois, o Papa, em Roma, na Itália, adotou o dia 2 de novembro como o dia de Finados, ou dia dos mortos, para a Igreja Católica.

Ele modificou e substituiu o tal dia pelo finado, que seria um dia reservado as orações pelas almas no purgatório, o dia de finado começou a ser aceito por Roma em 998 DC, juntamente com a celebração do dia de todas as almas, e foi oficializada no inicio do século 11, sendo cristalizado já no século 20.  É interessante notar que o dia de todos os santos de onde tudo começou foi copiado dos cultos pagãos dos celtas e dos gauleses, a festa dos espíritos era celebrada pelos celtas em 1º de novembro nessa data os celtas ofereciam sacrifícios para libertar os espíritos que eram aprisionados por Samhaim o príncipe das trevas, o império romano também absorveu o dia de Pomona gauleses, transformando as duas festas em uma só posteriormente, a igreja católica romana tomou a data para celebração do dia de todas as almas, absorvendo a crendice dos pagãos. Em 1439, quando Roma bateu o martelo decisivamente por doutrina, o dia de finado foi fortalecido sendo confirmado definitivamente com o concilio de Trento no século 16 que inseriu na bíblia católica Romana os livros apócrifos, e no livro apócrifo de II Macabeus que se baseia o culto aos mortos promovidos por Roma todo mês de novembro. Os católicos romanos alegam que Judas Macabeus realizou sacrifícios pelos mortos (II Macabeus 12.44.45). Mais não podemos de forma alguma tomar este livro como sendo parte das escrituras sagradas, o autor de Macabeus ao final do livro pede desculpas por algum erro que possa ter cometido, se fosse um livro inspirado por Deus, ele não precisaria pedir perdão por alguma coisa, veja o que o epílogo do livro de II Macabeus afirma: “Finalizarei aqui a minha narração, se ela esta felizmente concebida e ordenada, era este o meu desejo, se ela esta imperfeita e medíocre é que não pude fazer melhor”, (II Macabeus 15.38). As pessoas às vezes preferem acreditar mais em tradições humanas e experiências pessoais do que procurar estudar a bíblia para verificar o que ela realmente fala a respeito do assunto, não há base, em nenhum trecho das Sagradas Escrituras, para o purgatório, não se deve orar pelos mortos, porque a bíblia diz: “Que depois da morte, segue-se ao juízo”, (Hebreus 9.27). “E que não deve-se consultar os mortos”, (Deuteronômio 18.9.14; Isaias 8.19). Veja o absurdo ensinado pelos romanistas ao falarem do purgatório, “Se alguém disser que depois de receber a graça da justificação, a culpa é perdoada ao pecador penitente e que é destruída a penalidade da punição eterna, e que nenhuma punição fica para ser paga, ou neste mundo ou no futuro, antes do livre acesso ao reino ser aberto, seja anátema”, (a base da doutrina católica contida na profissão de fé seção VI papa Pio IV). Como pode ver, a doutrina do purgatório simplesmente menosprezam a obra expiatória e vicária de Cristo na cruz do calvário, quando a bíblia diz que o que Jesus fez é definitivo, “Se alguém esta em Cristo nenhuma condenação há”, (Romanos  8.1). há completo livramento do juízo vindouro, “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê , naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para vida”, (João 5.24). Como então ensina que Deus queima seus filhos no purgatório para satisfazer a sua justiça já satisfeita pelo sacrifício de Cristo ou mesmo para satisfazer a si mesmo, como se o que Cristo fez não fosse suficiente, como Deus pode purgar pecados já expiados, alem disso teria o papa mais poderes que de Jesus, já que Roma ensina que Jesus que do céu intercede pelos pecadores vê-se impossibilitado de livrar as almas que estão no purgatório, e só o papa possui a chave daquele cárcere, o atual estado dos salvos mortos esta claro em Lucas 23.43: “Disse-lhe Jesus; em verdade, em verdade te digo que hoje mesmo estarás comigo no paraíso”. Segundo a bíblia é o paraíso o estado de descanso para os que morrem em Jesus, e o Hades para aqueles que morrem sem Cristo como o Rico (Lucas 16.22-24). Portanto orar por quem já morreu é tolice, não adianta, é anti-bíblico e inócuo, o dia de finado não se sustenta, porque ele é uma invenção religiosa, bem explorada pelo comercio e pela igreja católica romana, uma farsa como qualquer outra.  

A Bíblia nos mostra que não há nenhuma possibilidade dos mortos confortarem os vivos, isso é uma falsa esperança da igreja católica, a Bíblia fala que na época que Saul consultou a médium, já havia alguns anos que o profeta Samuel já era falecido, e quando alguém falece, “Ele volta ao pó, e neste dia perecem todos os seus pensamentos”, (Salmo 146.4).  “E nem tampouco eles tem jamais recompensa, mas a sua memória ficou entregue ao esquecimento”, (Eclesiastes 9.5). E ainda mais a Bíblia diz, “Tal como a nuvem se desfaz e passa, assim é aquele que desce a sepultura jamais tornará a subir”, (...), “Mais morto o homem, e consumido; sim rendendo o homem o espírito, então onde está? (Jó 7.9; 14.10). “Estando as nuvens cheias, derramam a chuva sobre a terra, e caindo a árvore para o sul, o para o norte, no lugar em que a árvore cair ali ficará”, (eclesiastes 11.3). Há um grande abismo entres os salvos, e os condenados que impossibilita sua comunicação, como no caso entre o rico e Lázaro (Lucas 16.26). Portanto não há nenhuma possibilidade de modificar tal condição.

Portanto fica claro que a doutrina do Finado não passa de mais uma heresia criada pela igreja católica baseada nos seus livros apócrifos.




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