quinta-feira, 12 de setembro de 2019

O QUE SIGNIFICA A EXPRESSÃO? ATÉ QUE SE ACHOU INIQUIDADE EM TI? (EZEQUIEL 28.15).


Adilson Francisco dos santos. Estudos Apologéticos.

O QUE SIGNIFICA A EXPRESSÃO? ATÉ QUE SE ACHOU INIQUIDADE EM TI? (EZEQUIEL 28.15).

Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou  iniquidade em ti, Ezequiel 28.15

Muitos nos perguntam quem criou o pecado? Qual foi sua causa? Por quem ele veio a existi? Segundo a bíblia o pecado veio a existência após a queda de Lúcifer, o atual Satanás o qual deu origem ao pecado. Quanto a isso não há discussão nem questionamento que foi Satanás o criador do pecado, porque a bíblia diz que desde o principio ele peca, (I João 3.8). É Homicida, (João 8.44). Mentiroso, (João 8.44). E Pai da mentira, se desde o principio ele peca, é Homicida, Mentiroso e Pai da mentira, então quem  a origem do pecado? Do homicídio? E da mentira? A não ser Satanás. A bíblia diz claramente que ele é “Pai da mentira” todos sabem que a árvore genealógica de uma família é um pai, ele é a raiz e o tronco dessa árvore, tudo começa com ele, então se Satanás é o pai da mentira, do Homicida e do pecado, então tudo quanto é mal teve sua origem nele, porque afinal de conta ele é seu pai, depois de Satanás, ha três crase de seres racionais envolvidos no pecado: Os anjos (II Pedro 2.4; Judas v.6). O homem e a mulher (Genesis 3). O homem pecou (Romanos 5.16). A mulher pecou (I Timóteo 2.14). Daí todos pecaram (Romanos 3.23; 5.12). Do ponto de vista divino de observação, sobre a origem do pecado, está envolvido o ensinamento geral teológico da interpretação correta e responsável das Escrituras. Este ensino diz que, a origem do pecado é marcada por um “até”, que define o ‘antes’ e o “depois” de sua não existência e de sua existência. No tocante como se originou o “primeiro pecado” e quais foram os elementos empregados nessa composição, devemos usar a exegese de dois pontos de vista importante: “UM ATÉ” e o “OUTRO ATÉ QUE SE ACHOU”. Um “Até”. O primeiro destes dois pontos classificamos como, “ATÉ QUE”, isso marca uma linha divisória entre o “antes” e o “depois” como no caso de José e Maria, que a bíblia faz uma linha divisória: “E não a conheceu “até” que deu a luz seu filho, o primogênito”, (Mateus 1.25). Veja que esse texto de Mateus “até que deu a luz seu filho” Mateus  v.25, começa com a mesma linha divisória, de Ezequiel “ATÉ” que se achou iniqüidade em ti? (Ezequiel 28.15). O que esse texto de Mateus afirma é o seguinte: “E José não a conheceu enquanto (ou seja, até que) ela não deu à luz um filho; categoricamente ele está dizendo que José não a conheceu no Grego, (heos, hou). “até”, ou, “enquanto”, ela não deu à luz. Ora, o que o temo Grego depreende e subentende-se é que, após o parto, Maria teve relações sexuais com seu marido como qualquer casal normal tem. Assim é a linha divisória, de Ezequiel quando fala em Satanás. “Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado”, essa perfeição estava na vida do primeiro ser que iria pecar, ou, seja Satanás, “Um achou”. “Até que se achou iniqüidade em ti”. Observe na linha divisória que a frase faz divisão, “até”, ela descreve o momento fatal da queda de Satanás quando cometeu o primeiro pecado de sua vida e da história tanto do mundo espiritual como do mundo material. No primeiro caso, “antes” “deste” “até” na vida de Satanás, ele era um ser perfeito, como é descrito nas palavras do próprio Deus. “Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, “ATÉ” que se “ACHOU” iniqüidade em ti" (Ezequiel 28.15). Aqui, está, portanto, o âmago da questão, da "origem do pecado", quando se ori­ginou e porque e quem o originou. Este âmago, ou parte principal, foi marcado por uma fração de tempo que marcou o ‘antes’ do pecado, “Perfeito eras nos teus caminhos”, e por um momento, passou a ser contado como o ‘depois’ na vida desse ser. “Até que se achou iniqüidade em ti". Entretanto, quando foi dado a luz ao pecado, este já se manifestava como sendo um "efeito" produzido por uma "grande causa". Em Ezequiel 28.16, mostra-nos tanto a "causa" como o "efeito" que produziram o primeiro pecado. Leiamos cuidadosamente, ob­servando a exegese de cada palavra que o texto nos oferecem, pois somente assim, teremos uma maior compreensão do significado do pensamento. Vejamos a passagem bíblica que fala deste assunto: Na multiplicação do teu comércio se encheu o teu interior de violência (ai está a causa). E pecaste (o efeito). Por isso diz Tiago: Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta. Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. (Tiago 1.13.14).  A violência nasceu dentro do coração orgulhoso de Satanás: “Não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo”. (I Timóteo 3.6). Ele desejou ter aquilo que não lhe pertencia e este foi, sem dúvida, alguma, o ponto marcante na vida de Satanás, o ex-querubim ungido,

O profeta Isaías 14.14, biblicamente mostra nessa passagem a queda de Satanás, ele faz as mesmas alegações, que fez o profeta Ezequiel, dizendo: “Subirei acima das mais altas nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo”, do ponto de vista divino de observação, o pecado teve “início” num passado muito remoto, sendo que, sem dúvida, seu mentor intelectual foi Satanás. Pelo o que, segundo afirmou o profeta Ezequiel 28, o pe­cado teve início no coração de Lúcifer, “Até que se achou iniqüidade em ti", ocasionado pelo o orgulho, pois quando ele disse, em seu coração: “Eu subirei”, então o pecado teve início em seu coração e por extensão no universo. E não só isso, ele com seu coração cheio de orgulho, pronunciou: “Eu sou Deus, sobre a cadeira de Deus me assento” ele foi muito alem, indo  contra Deus e contra sua autoridade divina. O profeta Isaías em 14.13,14,  descreve que Satanás em sua exaltação contra Deus: cheio de orgulho e a vaidade quis ser semelhante ao Altíssimo, e tomar o coração de Deus, (Ezequiel 28.2). Ele fez varias declarações contra Deus. “...Eu (Satanás), subirei ao céu”, (Isaias 14.13). Isso foi o primeiro aspecto do seu pecado.

Devemos olhar uma declaração tremenda do apostolo Paulo em Efésios 1.20,21, quando ele diz, “Deus ressuscitou a seu Filho”, “... e pondo-o à sua direita nos céus, acima de todo principado, e poder, e potestade, e domínio...”. lembre-se a expressão de Satanás em (Isaias 14.13, Em Ezequiel 28.2, que Satanás disse “...Exaltarei o meu trono”, Isso mostra que ele queria se “assentar sobre a cadeira de Deus” e elevar seu coração, “... como se fora o coração do próprio  Deus” (Ezequiel 28.2.6). Devemos olhar essa aspiração de Satanás cuidadosamente, veja que ele não só queria o trono de Deus, mais também de seu Filho Jesus, ele almejava também aquilo que pertencia a Jesus; ele queria por meio da força assentar-se no trono de Deus. Este lugar foi reservado para seu Filho amado, e para aqueles que vencerem com Jesus (Apocalipse 3.21). “...No monte da consagração (angelical?), “me assentarei” (Isaias 14.13).

No monte da consagração me assentarei, isso falando hermineuticamente refere-se ao alto e sublime lugar da habitação de Deus no terceiro céu (Apocalipse 21.10). A congregação, sem dúvida alguma, é à assembléia dos seres ange­licais (Hebreus 12.22,23). “...Subirei acima das mais altas nuvens” (Isaias 14.14). Portan­to, com esta arrogância Satanás procurou assegurar-se de algo que não lhes pertencia, mais sim a Deus. A glória de se assentar sobre uma nuvem. Deus reservou exclusivamente para Jesus seu Filho Amado, e não para Satanás: “Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele”, .(Daniel 7.13). “Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (I Tessalonicenses 4.17). Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória”. (Mateus 24.30). “E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos”, (Atos 1.9). “Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém”. (Apocalipse 1.7; 14.14). Tal virtude Satanás arrogava para si. Só um usurpador arrogante como Satanás declarara-ria tal coisa. “...Eu Serei semelhante ao Altíssimo” (Isaias 14.14). Essa declarações, “Serei semelhante ao Altíssimo” é uma santidade e posição muita elevada, que não pertence há nenhuma criatura, mais unicamente ao Filho de Deus, que disse “Eu e o Pai somos um.” (João 10.30).

Portanto Satanás é a árvore genealógica, raiz e o tronco do pecado, tudo teve sua origem nele, ele é criador do pecado, desde o principio ele peca, (I João 3.8). É Homicida, (João 8.44). Mentiroso, (João 8.44). E Pai da mentira, então tudo quanto é mal teve sua origem nele, porque afinal de conta ele é seu pai, e de todo mal que é contra a natureza Divina de Deus.


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segunda-feira, 9 de setembro de 2019

DE QUEM REALMENTE OS TEXTOS DE ISAIAS 14, E EZEQUIEL 28, ESTÃO FALANDO? DO REI DE TIRO? DO REI DE BABILÔNIAS? OU DE LÚCIFER O EX-QUERUBIM UNGIDO? O ATUAL SATANAS?




Adilson Francisco dos santos. Estudos Apologéticos.

DE QUEM REALMENTE OS TEXTOS DE ISAIAS 14, E EZEQUIEL 28, ESTÃO FALANDO? DO REI DE TIRO? DO REI DE BABILÔNIAS? OU DE LÚCIFER O EX-QUERUBIM UNGIDO? O ATUAL SATANAS?

De quem realmente os textos de Isaias e Ezequiel estão falando? Do Rei de Tiro? Rei de Babilônias? Ou de Lúcifer? O querubim ungido? Quando olhamos de primeira Mão, para esses textos eles estão falando de reis humanos, isso não podemos negar, mais quando aprofundamos nosso olhar hermeneuticamente descobrimos que eles não só faz menção de um reino humano, mais também está falando de um ser sobrenatural, uma personificação de Satanás antes de sua queda,

Muitos estudiosos interpretam que o contexto finaliza tudo que o texto de inicio apresenta, por isso que os textos de Isaias e Ezequiel iniciam falando sobre os Reis de Tiro e de Babilônia, sobre um reinado humano, e nada tem haver com Satanás antes de sua queda, mais como todo bom estudioso sabe, que uma interpretação de um texto dentro do contexto não é há única regra que a hermenêutica usa para interpretar um contexto dentro do texto, a mensagem desses profetas é dupla, isto é, figurado e literal, eles falam tanto dos reis de Tiro e de Babilônia, como do personagem sobrenatural “Satanás” todo estudante de hermenêutica sabe que ela exige uma interpretação confiável usando todo principio da hermenêutica e da exegese, para esclarecer algo que está obscuro no texto. Hermenêutica é um instrumento que usa o texto e o contexto, o qual tira deles fragmentos que oferecem método eficaz para esclarecer as verdades bíblicas que Deus quer revelar ao seu povo.

O caráter desses textos é profético, sua linguagem tem estilo próprio, a hermenêutica mostra que esses profetas narram uma profecia na qual sua mensagem se divide em dois contextos diferentes e paralelos, um que conhecemos de metáfora, ou, seja, aquele que fala em “Satanás ante de sua queda” e o outro que conhecemos de profecia com dupla aplicação, ou, seja, aquela que fala nos reis de Tiro e Babilônia.

Sabemos que a bíblia é a única palavra de Deus, ela é a verdade, agora usar á hermenêutica equivocada para deturpa os textos sagrados, trás para si eterna condenação, I Pedro 3.16.

Quando olhamos para a primeira citação do profeta Isaias, ela  só pode ser dirigida ao Rei da Babilônia, ou, seja, a uma pessoa humano, e não a um ser sobrenatural como é o caso: (Isaias 14.4-22). 

Então proferirás este provérbio contra o rei de babilônia, e dirás: Como já cessou o opressor, como já cessou a cidade dourada!

Estes todos responderão, e te dirão: Tu também adoeceste como nós, e foste semelhante a nós.

Os que te virem te contemplarão, considerar-te-ão, e dirão: É este o homem que fazia estremecer a terra e que fazia tremer os reinos?

Que punha o mundo como o deserto, e assolava as suas cidades? Que não abria a casa de seus cativos?

Todos os reis das nações, todos eles, jazem com honra, cada um na sua morada.

Porém tu és lançado da tua sepultura, como um renovo abominável, como as vestes dos que foram mortos atravessados à espada, como os que descem ao covil de pedras, como um cadáver pisado.

Com eles não te reunirás na sepultura; porque destruíste a tua terra e mataste o teu povo; a descendência dos malignos não será jamais nomeada.

Preparai a matança para os seus filhos por causa da maldade de seus pais, para que não se levantem, e nem possuam a terra, e encham a face do mundo de cidades.

Porque me levantarei contra eles, diz o SENHOR dos Exércitos, e extirparei de babilônia o nome, e os sobreviventes, o filho e o neto, diz o SENHOR.

Já essa segunda citação de Isaias 14.12,13,14, em hipótese alguma pode ser dirigida há seres humanos, isso não tem o menor sentido, o profeta Isaias aplicou esse texto a Satanás. Vejamos. Como caíste desde o céu, ó estrela, filho da alva! Como foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações!

E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo.

Vamos olhar com detalhe o que diz o profeta Isaias nesse texto Como caíste desde o céu., Como foste cortado por terra, essas expressões não faz nenhum sentido ser aplicado ao Rei de Tiro ou de Babilônia, porque seria necessário eles estarem no céu, eles eram reis na terra, daí jamais eles poderiam cair do céu e muito menos ser cortado de La, por isso quando olhamos para o evangelho de Lucas que revela as palavras de Jesus:Eu via Satanás, como raio, cair do céu. Lucas 18.10, daí paira toda duvida, e compreenderemos que o profeta Isaias estava falando de Satanás.

Nenhuma criatura humana por mais poderosa que fosse, seja ele rei o monarca, jamais teria ousadia de dizer Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, seria um grande insulto ao Criador, só um tolo pensaria destronar o Deus todo Poderoso, portanto esse texto só se aplica há Satanás.

A primeira citação do profeta Ezequiel só pode ser dirigida ao Rei de Tiro, ou, seja, a uma pessoa humano como no seu caso: Ezequiel 28.1-18. Vejamos: E veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:

Filho do homem, dize ao príncipe de Tiro: Assim diz o Senhor DEUS: Porquanto o teu coração se elevou e disseste: Eu sou Deus, sobre a cadeira de Deus me assento no meio dos mares; e não passas de homem, e não és Deus, ainda que estimas o teu coração como se fora o coração de Deus;

Eis que tu és mais sábio que Daniel; e não há segredo algum que se possa esconder de ti.

Pela tua sabedoria e pelo teu entendimento alcançaste para ti riquezas, e adquiriste ouro e prata nos teus tesouros.

Pela extensão da tua sabedoria no teu comércio aumentaste as tuas riquezas; e eleva-se o teu coração por causa das tuas riquezas;

Portanto, assim diz o Senhor DEUS: Porquanto estimas o teu coração, como se fora o coração de Deus,

Por isso eis que eu trarei sobre ti estrangeiros, os mais terríveis dentre as nações, os quais desembainharão as suas espadas contra a formosura da tua sabedoria, e mancharão o teu resplendor.

Eles te farão descer à cova e morrerás da morte dos traspassados no meio dos mares.

Acaso dirás ainda diante daquele que te matar: Eu sou Deus? mas tu és homem, e não Deus, na mão do que te traspassa.

Da morte dos incircuncisos morrerás, por mão de estrangeiros, porque eu o falei, diz o Senhor DEUS.

Pela multidão das tuas iniqüidades, pela injustiça do teu comércio profanaste os teus santuários; eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu e te tornei em cinza sobre a terra, aos olhos de todos os que te vêem.

Agora vamos a segunda citação do profeta Ezequiel só pode ser dirigida a Satanás antes de sua queda: Ezequiel 28.12-15.

Filho do homem, levanta uma lamentação sobre o rei de Tiro, e dize-lhe: Assim diz o Senhor DEUS: Tu eras o selo da medida, cheio de sabedoria e perfeito em formosura.

Estiveste no Éden, jardim de Deus; de toda a pedra preciosa era a tua cobertura: sardônia, topázio, diamante, turquesa, ônix, jaspe, safira, carbúnculo, esmeralda e ouro; em ti se faziam os teus tambores e os teus pífaros; no dia em que foste criado foram preparados.

Tu eras o querubim, ungido para cobrir, e te estabeleci; no monte santo de Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas.

Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou iniqüidade em ti.

Na multiplicação do teu comércio encheram o teu interior de violência, e pecaste; por isso te lancei, profanado, do monte de Deus, e te fiz perecer, ó querubim cobridor, do meio das pedras afogueadas.

Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; por terra te lancei, diante dos reis te pus, para que olhem para ti.

Pela multidão das tuas iniqüidades, pela injustiça do teu comércio profanaste os teus santuários; eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu e te tornei em cinza sobre a terra, aos olhos de todos os que te vêem. Ezequiel 28.16-18.

No versículo 13 diz: Estiveste no Éden, jardim de Deus, neste local nenhum homem esteve, exceto Satanás “Lúcifer o querubim ungido antes de sua queda”, não devemos confundir esse jardim de Deus com aquele que Adão e Eva viveram. Quanto a isso leia o artigo intitulado de, {Será que o jardim do éden onde Lúcifer foi estabelecido como guarda e querubim ungido? É o mesmo que foi estabelecido para Adão e Eva viverem?}. Quanto o texto que fala: Toda a pedra preciosa era a tua cobertura: sardônia, topázio, diamante, turquesa, ônix, jaspe, safira, carbúnculo, esmeralda e ouro; em ti se faziam os teus tambores e os teus pífaros; no dia em que foste criado foram preparados, quando olhamos para o esplendor de pedras preciosa que estava sobre esse ser, no dia que foi criado, seria o Rei de Tiro e de Babilônia tão especial assim para Deus, lhes da tanta honra,  assim no dia de seu nascimento, e obvio que o texto em foco não é aplicado a eles, mais sim a Satanás “Lúcifer o ex-querubim ungido”.

Os estudiosos que tem por oficio deturpar os textos sagrados, diz que esse texto esta se referindo aos Reis de Tiro e de Babilônia, e ainda mais que a palavra jardim do Éden, e uma expressão que significa, “jardim dos deuses”, porque segundo eles o substantivo elohim, esta no plural e não no singular, com isso eles pretendem fazer uma hermenêutica destorcida, afirmando que esse texto, “Estiveste no Éden, jardim de Deus”, não se refere a Lúcifer o ex-querubim ungido, substantivo hebraico “אֱלוֹהִים , אלהים” Eloim ou Elohim, é um substantivo que se refere a Deus e não a deuses, é usado na língua hebraica moderna e antiga.

Quando olhamos com muita atenção, para a palavra “PERFEITO” dos versículos 12 e 15, no primeiro versículo ela aparece “Kalil”, ela é aplicada ao Rei de Tiro que fala que esse rei era perfeito em formosura, isto é um homem de uma bela aparência física bonita “perfeita”, como no caso do Rei Davi que era “formoso de semblante e de boa presença” (I Samuel 16.12). Já no versículo 15, a expressão “perfeito”, não se aplica a homem, aqui a palavra “PERFEITO” aparece “Tamim” isto é um ser criador sem mancha, reto, inculpável, irrepreensível, sem defeito. Qual criatura há não ser Satanás “Lúcifer ante de sua queda” tinha essa qualificação, de “Aferidor de medida” beleza, poder, perfeição, sabedoria, santidade e formosura. (vs.14.15). Qual criatura humana foi criada com tanta perfeição, seja ela Rei ou plebeu, porque a bíblia diz que depois de Adão; “Todos pecaram e destituídos estavam da glória de Deus;” (Romanos 3.23). Então que tipo de Rei era perfeito? Quem do imundo tirará o puro? Ninguém! (Jô 14.4). Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer (Romanos 3.10). Então essa palavra perfeito do versículo 15, não se aplica a homem, mais sim há Satanás.

Quando olhamos a palavra perfeito no versículo 12, que diz que ele era perfeito em formosura, ele entra em contrapartida com o versículo 15, que fala que ele era perfeito nos seus caminhos, desde o dia que foi criado, qual foi o Rei que foi criado perfeito em seus caminhos, depois que Adão e Eva pecaram e foram expulsos do jardim? Quem do imundo tirará o puro? Ninguém! (Jô 14.4). Alguém pode imaginar um Rei criado perfeito desde sue nascimento, já que a palavra “Perfeito” “Tamim” cabe a um ser criador sem mancha, reto, inculpável, irrepreensível, sem defeito, e de ausência total de qualquer macha ou imperfeição, então esse versículo só pode ser aplicado a Satanás “Lúcifer ante de sua pendência contra Deus”.

Quando olhamos detalhadamente para todos esses textos que lemos e grifamos, não há como negar que eles só se dirigem a reis humanos. Satanás nunca foi e nem e rei de Babilônia, ou Rei de Tiro, ou de qualquer cidade que se possa imaginar, porque em lugar nenhum a bíblia fala que Satanás é rico ou tem riqueza, ele não pode morrer, nem ser sepultado e muito menos descer a cova ou tornar-se em cinza como esses homens, portanto essas citações são exclusiva há seres humanos, ou, seja, ao Rei de Tiro e ao Rei de Babilônia.

Conclusão- Essas passagens que acabamos de ler, vão além da história humana e marca o início do pecado no universo e da queda de Satanás nas esferas primitivas, sem pecado antes da criação do homem. Sabemos que o rei de Tiro e de Babilônia eram o verdadeiro tipo de Lúcifer muito antes de sua queda. Ambos caíram devido ao seu orgulho e auto-suficiência. Entretanto, o rei de Tiro e de Babilônia jamais estiveram no Éden, Jardim de Deus, jamais foram perfeitos nos seus caminhos, assim como, jamais foram querubim ungido para proteger. O rei de tiro e de Babilônia jamais foram mais sábios que o profeta Daniel, v.3, jamais foram o aferidor da medida, v.12, jamais as pedras preciosas foram sua cobertura, v.13, jamais Deus criou os instrumentos musicais para esses reis, v.13, jamais eles estiveram no monte santo de Deus, v.14, jamais eles foram estabelecidos para proteger o trono de Deus, v.14, jamais eles andaram no meio das pedras afogueadas, v.14, jamais eles estiveram o titulo de estrela da manhã e de Filho da alva, Isaias 14.12. Jamais estiveram no céu para de lá caírem.

Não há duvida que Satanás é o chefe da apostasia. Isaias 14.12, e Ezequiel 28.15-17. Não há dúvida que esses escritores estão falando de uma lamentação sobre um ser sobrenatural e de sua queda, como está escrito, “Filho do homem, levanta uma lamentação”, v.12. Essa história assemelha-se à história de Satanás “Lúcifer antes de sua queda”. Naturalmente, podemos ver aqui uma referência primária a Satanás, de quem os tiranos de Tiro e Babilônia aram imitadores. Portanto eles estão retratando há história desses reis, que metaforicamente é o próprio Satanás rebelado. Os profetas Isaías e Ezequiel tiveram o Maximo de cuidado de apresentam um quadro que ge­ralmente é aceito como sendo de dupla in­terpretação: A primeira refere-se parcialmente aos reis de Tiro e Babilônia: A segunda no sentido metafórico e parcialmen­te é Satanás, num sentido profético mais extensivo. Satanás e o ex-querubim ungido, um ser angelical, e não um querubim humano. Então a palavra querubim nesses textos não pode ser aplicada ao rei de Tiro e ao rei de Babilônia.

Seria uma grande ignorância de minha parte negar que os profetas Isaias e Ezequiel escreveram esses textos sobre os reis de Tiro e de Babilônia, mais também seria ignorância de minha parte ensinar ou negra que esses textos metaforicamente não personifique a pessoa de Satanás, a bíblia sempre fez menção a esse ser, seja em metáfora ou literal: O Antigo Testamento menciona Satanás nos seus vários nomes 106 vezes, o Novo Testamento menciona Satanás, ou diabo 71 vezes, o nome desse ser é mencionado em 7 livros do Antigo Testamento, e em 19 do Novo Testamento.

Sei que esses textos são complexos para muitos, porem neles encontramos substância suficiente para extrai da inspiração Divina, que eles possuem duplo sentido, isto é, os profetas Isaias e Ezequiel profetizaram para os reis de Tiro e de Babilônia, no entanto no duplo sentido falaram de personificação de Satanás, nesses textos os profetas não retardaram a inspiração Divina, de tal maneira que revelaram o duplo sentido da profecia. Isaias 14, e Ezequiel 28. A primeira vista falaram dos reis de Tiro; e de Babilônia, e a segunda vista de Satanás, por isso quando estudamos a hermenêutica ela nos revela que a linguagem desses profetas é forte demais para aplicar esses textos unicamente a homens mortais.


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sábado, 7 de setembro de 2019

SERA QUE AGOSTINHO E JOÃO DAMASCENO ESTAVAM CERTOS QUANDO ENSINAVAM QUE CRISTO NÃO DESCEU AO HADES? CONTRARIANDO OS TEXTOS DE I PEDRO 3.18.19;4.6? QUE AFIRMA QUE JESUS FOI AO HADES?


Adilson Francisco dos santos. Estudos Apologéticos.

SERA QUE AGOSTINHO E JOÃO DAMASCENO ESTAVAM CERTOS QUANDO ENSINAVAM QUE CRISTO NÃO DESCEU AO HADES? CONTRARIANDO OS TEXTOS DE I PEDRO 3.18.19;4.6? QUE AFIRMA QUE JESUS FOI AO HADES?

Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito; No qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão; Os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas (isto é, oito) almas se salvaram pela água; (I Pedro 3.18-20).

“Porque por isto foi pregado o evangelho também aos mortos” (I Pedro 4.6)

Muitos estudiosos modernos interpretam e admitem que esta passagem esta em foco e que a descida de Jesus ao Hades e real, essa descida de Jesus ao Hades visou o propósito dele evangelizar as almas perdidas que ali estavam, a descida de Jesus ao Hades visou ao propósito de aliviar a condição que aquelas almas se encontravam, sua descida ao Hades não foi a favor dos justos, mais sim dos injustos “Foi, e pregou aos espíritos em prisão; os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé”, Se fosse para justos e injustos como alguns ensinam, essa teoria não teria base, porque iria conta as escrituras. Por isso diz: “Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens. Ora, isto— - ele subiu— - que é, senão que também antes tinha descido às partes mais baixas da terra?” (Efésios 4.8.9). “Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro”, justo não vivem em cativeiro: Não ha como negam a descida de Jesus ao Hades. Ele foi e pregou aos espíritos em prisão, e tais espíritos não eram espíritos de demônios como muitos ensinam, porque para tais espíritos não há perdão. Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo; (II Pedro 2.4). E aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, reservou na escuridão e em prisões eternas até ao juízo daquele grande dia; (Judas v.6). Então tal idéia que Jesus desceu ao Hades para pregar para tais espíritos esta descartada.

Nenhum pai da igreja antiga, credo ou tradição cristã negou a realidade da descida de Cristo ao Hades, só depois que surgiu Agostinho, no século V. João Damasceno. No século VIII, em seu livro, «A Fonte do Conhecimento», com sua teologia, foi que eles negaram tal teoria que Jesus desceu ao Hades, antes deles os pais da igreja, informa-nos que a realidade da descida de Jesus ao Hades era universalmente e aceita em seus dias, e mostra que a opinião geral era um oferecimento da salvação aos perdidos, além-túmulo, ou de algum modo, um oferecimento da graça através de Jesus aos perdidos.

Esse era o alvo de Jesus Cristo, que tão recentemente morrera e agora tinha uma missão no Hades, o qual tinha como objeto da pregação os “espíritos”, espíritos esses que estavam destituídos de corpos, e não mortais na carne, quando receberam a mensagem.

Não há indicio, na estrutura ou qualquer declaração de que os espíritos a quem Jesus pregou o evangelho estavam vivos na carne quando ouviram a mensagem de Cristo, agora estivessem “em prisão”, isto é no Hades. Quando fazemos uma leitura desses versículos, eles nos mostram que eles estavam na prisão quando ouviram a pregação. A palavra “apeithésasin-pté” significa que eles em algum tempo foram desobedientes, (v.20). Obviamente palavra desobediência remove há um tempo anterior ao tempo da pregação. Isto é, a “desobediência” foi em um passado remoto (antes do dilúvio). Ao passo que a pregação foi feita em passado recente “por Cristo״, imediatamente após sua descida ao Hades, que se seguiu à Sua morte e antecedeu à sua ressurreição. A expressão, “Ele foi e pregou”, no (v.19), dá com clareza o sentido de “ir para outro lugar”, a fim de pregar as boas novas, isto é, o evangelho. Mais muitos estudiosos como Agostinho, no século V. João Damasceno. No século VIII, em seu livro, “A Fonte do Conhecimento”, diz que essa pregação se aplica a Noé. Mais como mostra o texto dificilmente essa pregação do evangelho poderia ser aplicada a Noé, pois para onde Noé foi a fim de pregar o evangelho de Jesus? Nesse texto o sujeito é Cristo. Quando de sua morte, “Ele foi ao Hades”, a fim de pregar ali seu evangelho essa era sua tarefa. Também como muitos ensinam por que Jesus: O Logos divino desceu do céu à terra, a fim de pregar o evangelho da graça por meio de Noé, isso não faz nenhum sentido dizer. E também não faz nenhum sentido dizer que esses espíritos são os espíritos dos anjos caídos, porque estaria indo contra as escrituras que diz. “Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo;” (I Pedro 2.4). E aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, reservou na escuridão e em prisões eternas até ao juízo daquele grande dia; (Judas v.6). E ainda mais o propósito de salvação de Jesus foi em prol dos homens e não dos anjos, como esta escrito: “Porque, na verdade, ele não tomou os anjos, mas tomou a descendência de Abraão”. (Hebreus 2.16).

Nesse ponto devemos evitar a doutrina de Agostinho e João Damasceno que modificaram tal verdade, ensinando que a pregação medianeira, foi por meio de Noé, quem segue tal ensino ignora totalmente a antítese. Jesus tornando-se a Causa da eterna salvação dos crentes, e ao mesmo tempo convencia de incredulidade aos desobedientes, por igual modo tratasse com os habitantes do Hades, a fim de que todo joelho se prostrando-se ante Ele, no céus, na terra e debaixo da terra, (Filipenses 2.10). E para que, tendo assim solto as cadeias daqueles prisioneiros há muito tempo confinado, Ele retomasse dos mortos: “Pois não deixarás a minha alma no inferno, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção”. (Salmo 16.10; Apocalipse 1.18). E preparasse para nós o caminho da ressurreição. Clemente de Alexandria expressou a crença da maioria dos pais gregos, quando disse: Assim, para que os levasse ao arrependimento, o Senhor também pregou aos que estão no Hades, e não só a esses, mais a todos que estão em cadeias, e que são guardados no asilo e prisão do Hades? Sua citação passa a dizer que, nessa missão no mundo inferior. Cristo deixou exemplo, pelo que os apóstolos seguiram o exemplo de seu Senhor, e também ministraram naquele lugar. Isso quer dizer que, para esse autor, a descida do Senhor ao Hades abriu o lugar como um campo missionário, ou que a missão evangelística instituída na terra foi estendida ao Hades.

Muitos como Agostinho e João Damasceno diz que a hermenêutica é fraca quando ensina que Jesus desceu ao Hades: Mais se pensamos como eles, Isso dá-nos um ponto de vista míope e pessimista da missão de Jesus, e atribui-lhe pequeníssima realização, se de fato Deus deseja que todos sejam salvos. Requer que a mensagem e a missão de Jesus não só ficar-se essencialmente na terra, eles ensinaram que a pregação do evangelho depende do que a Igreja possa fazer, aqui e agora, e não do que Jesus, com ou sem a Igreja, pode fazer onde quer que se achem as almas dos homens, aqui ou no além, eles ignoraram o texto de Colossenses 1.16, que diz que a criação é “em Jesus” e “por Jesus”, assim também deve ser para Ele. Em outras palavras, tal como procedeu dele, deverá também retomar para Ele, a fim de que seja ele “tudo em todos” e venha a “preencher a tudo em todos”, ou a ser “tudo para todos”. Por isso tais almas não poderiam ficar de fora de tão grande salvação: No qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão;  (I Pedro 3.19). Jesus não e como muitos que ensina a existência do purgatório que precisa purgar pecado ou restaurar: Jesus é o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. (João 1.29). Isto é de todas as almas, porque Jesus foi morto por elas, mesmo antes delas existires: “Mais com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado” e que Ele “foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado (ou, seja,revelado) nestes últimos tempos por amor de vós” (I Pedro 1:19-20; Apocalipse 13.8; II Timóteo 1.9). 
  
A missão e propósito de Jesus não era limitado, e não só se aplicava a um numero limitado. Mas ele declarou com todas as letras: “E eu quando for levantado da terra, todos atrairei a mim”. (João 12.32). Jesus é o grande ímã de Deus que nada deixa fora de seu poder de atração, e que Deus é amor, e que o juízo é um dedo da mão amorosa, e que a própria retribuição é uma medida de amor. Agora com isso não quero dizer e nem ensinar que hoje na dispensação da graça, aqueles que morrerem nos seus pecados terão a mesma sorte daqueles do passado: Os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé, (I Pedro 3.20). Que a inda não tinha o conhecimento de Jesus, nem de sua mensagem e nem de sua salvação, hoje os que saírem dessa terra sem aceitar os ensinos de Jesus e de sua graça que é um dom gratuito de Deus (Romanos 6.23). Não terão a mesma sorte daqueles dos dias de Noé, como diz: Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo. Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado. (Mateus 12.36). E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo, (Hebreus 9.27).

Muitos interpretem, ignora outros versículos que indicam a vasta magnitude da realização de Jesus naquela missão.

Sabemos que a interpretação é hermenêutica de Agostinho nesse ponto era fraca, porque limita a graça de Jesus, porque Cristo, em seus sofrimentos, desceu ao Hades e fez o bem às almas perdidas, porque quem ensina assim que Jesus não deu uma chance aqueles espíritos em prisão, supõem que Deus é severo e julgador, e não um Deus amoroso, que faz justiça a todos. Mas a verdade é que Deus não pode ser assim dividido, de tal modo que podemos dizer que Deus é só severo e julgador, Deus é sempre um Deus amoroso, um Deus justo; por isso diz: No qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão; (I Pedro 3.19). Portanto, o amor de Deus requer julgamento, mais com justiça, portanto esse julgamento jamais consiste vive só de severidade, mas será sempre manifestado do amor: “Porque Deus é amor”, (I João 4.8).

Origenes (comentando sobre I Reis. sec. 28, Hom. 2). Expressou a crença que os profetas do A.T. já haviam aberto missões de misericórdia no Hades, pelo que a missão pessoal de Cristo ali foi a confirmação e continuação das mesmas, tal como sua missão terrena foi confirmação e continuação do que os profetas do A.T. haviam iniciado. Mais quando lemos esse comentário completo de Origenes, descobrimos que ele falhou quando ensinou que a pregação de Jesus no Hades, beneficiava só aqueles que tinham sido preparados para o ministério (ai ele injetou um pouco da idéia de predestinação no Hades). E tal ponto de vista tomou-se popular na Igreja oriental. Mas quando olhamos o texto de (I Pedro 3 e 4). Ele não sugere tal limitação. Sabemos que o comentário de Origenes provavelmente foi influenciado pelo fato dele conhecer vários escritos judaico-helenistas que falam de supostas missões de misericórdia de diversos profetas do A.T. Ao mundo inferior. A verdade da descida de Jesus ao Hades, continuou na esfera do cristianismo moderno, embora tenha sido ignorada ou rejeitada por algumas denominações que segue alguns escritos de Agostinho e João Damasceno.

Bloomelfid. Em seu comentário (citado no Comprehensive Bible Commentary) afirma que é universal a crença da descida de Jesus ao Hades, por parte da Igreja cristã. Nenhuma interpretação parece natural, ou trazer o selo da verdade, a não ser a comum ’, isto é, que Cristo foi e pregou (proclamou Seu reino) aos antediluvianos no Hades. Interpretação essa apoiada pela autoridade unida dos antigos, e pelos comentadores modernos. As palavras certamente não envolvem dificuldade: e o sentido claro e natural não deve ser rejeitado porque contém assunto que nos admira, ou que pouco podemos apreender, com nossas atuais faculdades. Assim também Meyer, em seu comentário, avalia o testemunho antigo e moderno, dizendo: “Essa é a opinião dos mais antigos pais da Igreja grega e latina, como também do maior número de teólogos posteriores e modernos”. A “opinião” de que ele fale é que a descida foi uma realidade, e que melhorou o estado dos perdidos. Seu próprio ponto de vista é que foi oferecida plena salvação, de tal modo, que, se aceita, tal melhoria poderia redundar em completa salvação. Os que crêem que a descida visou ao propósito de agravar a condição dos ímpios, ou, pelo menos, ajudou somente os justos, deixando de lado aos injustos. A pregação foi feita somente aos justos, e (segundo alguns) elevou-os do Hades para o céu. Assim ensinaram Márciom, Tertuliano e Zwinglio.

Devemos olhar um detalhe no texto de I Pedro 3.18.19, que ele nos mostra especificamente que a descida de Jesus ao Hades foi “aos desobedientes”, e não para os justos que foi feita tal pregação. Porque a bíblia mostra claramente que os justos daquela época foram salvos: “....na qual poucas (isto é, oito) almas se salvaram pela água; (I Pedro 3.20). A pregação foi feita aos injustos: “No qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão; Os quais noutro tempo foram rebeldes;” (I Pedro 3.20). Pedro Mostra que o “Evangelho” foi pregado aos mortos, (I Pedro 4:6). Quanto a isso não a duvida.

Esses espíritos estavam desincorporados, quando ouviram a pregação do evangelho, como diz Pedro, I Pedro 4.6: “Por esta causa o Evangelho foi também pregado àqueles que agora estão mortos...”. Quem ignora isso, ignora o ensino da descida de Cristo ao Hades, que ocupa todo o trecho de I Pedro 3.18. 

O Evangelho foi pregado aos espíritos, isso não pode significar, que foi a seres angelicais, espíritos demoníacos, ou anjos caídos, quanto a isso nada se pode provar mediante uma consideração do vocábulo, à parte do contexto. Que diz claramente que Jesus pregou aos “mortos”, (I Pedro 4.6). Portanto aqueles que identificam os “espíritos” como sendo anjos caídos, o fazem por causa da observação de algumas histórias e fabulas na literatura Judaica-helenista, onde está em foco a restauração de anjos caídos, tal hermenêutica esta fora de lugar, porque Jesus pregou aos “mortos”, (I Pedro 4.6). E como sabemos anjo não morre. Estão em prisão eterna para o dia de juízo. (I Pedro 2.3; Judas v.6)

O argumento que a descida de Jesus ou Hades e pregou o evangelho foi a favor dos anjos caídos como ja falamos, não tem nenhuma conexão com a hermenêutica bíblica, ai nós teria uma nova doutrina, e um argumento totalmente fatal que os “anjos caídos” seriam aqueles espíritos em foco. A hermenêutica bíblica diz claramente que Jesus pregou aos “mortos”, (I Pedro 4.6). Isto é, a “espíritos humanos desincorporados”, chamados mortos por terem deixado seus corpos mortais. O termo “mortos” jamais poderia ser aplicado a anjos caídos. Virtualmente muitos pais da igreja antiga e muitos teólogos e intérpretes modernos crêem na descida de Cristo ao Hades, ligando I Pedro 4.6 com a descrição da descida em I Pedro 3.18.

Os “espíritos” que Pedro fala são “espíritos humanos desincorporados”, e. especificamente, aqueles que foram desobedientes nos dias de Noé. Portanto Pedro (I Pedro 4.6). Como, I Pedro 3.19,20. Afirma por declaração divina que os meios da salvação de Jesus não terminam com a vida terrena, mais começou la no Hades, e que o Evangelho nau do foi pregado nessa vida, mais teve seu inicio com Jesus além do sepulcro para aqueles que partiram da vida sem o conhecimento de Jesus, de sua salvação e de sua misericórdia. 

É lamentável como muitos intérpretes distorcem a clara mensagem da decida de Jesus ao Hades, bem como a esperança que essa mensagem ofereceu aquelas almas. “Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro”, (Efésios 4.8.9)Muitos comentários sobre este versículo, forjaram títulos e falsas e Interpretações, não sei por qual razão é que os homens, distorcem as Escrituras, a fim de eliminarem uma tão grandiosa mensagem.






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