sábado, 7 de setembro de 2019

SERA QUE AGOSTINHO E JOÃO DAMASCENO ESTAVAM CERTOS QUANDO ENSINAVAM QUE CRISTO NÃO DESCEU AO HADES? CONTRARIANDO OS TEXTOS DE I PEDRO 3.18.19;4.6? QUE AFIRMA QUE JESUS FOI AO HADES?


Adilson Francisco dos santos. Estudos Apologéticos.

SERA QUE AGOSTINHO E JOÃO DAMASCENO ESTAVAM CERTOS QUANDO ENSINAVAM QUE CRISTO NÃO DESCEU AO HADES? CONTRARIANDO OS TEXTOS DE I PEDRO 3.18.19;4.6? QUE AFIRMA QUE JESUS FOI AO HADES?

Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito; No qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão; Os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas (isto é, oito) almas se salvaram pela água; (I Pedro 3.18-20).

“Porque por isto foi pregado o evangelho também aos mortos” (I Pedro 4.6)

Muitos estudiosos modernos interpretam e admitem que esta passagem esta em foco e que a descida de Jesus ao Hades e real, essa descida de Jesus ao Hades visou o propósito dele evangelizar as almas perdidas que ali estavam, a descida de Jesus ao Hades visou ao propósito de aliviar a condição que aquelas almas se encontravam, sua descida ao Hades não foi a favor dos justos, mais sim dos injustos “Foi, e pregou aos espíritos em prisão; os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé”, Se fosse para justos e injustos como alguns ensinam, essa teoria não teria base, porque iria conta as escrituras. Por isso diz: “Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens. Ora, isto— - ele subiu— - que é, senão que também antes tinha descido às partes mais baixas da terra?” (Efésios 4.8.9). “Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro”, justo não vivem em cativeiro: Não ha como negam a descida de Jesus ao Hades. Ele foi e pregou aos espíritos em prisão, e tais espíritos não eram espíritos de demônios como muitos ensinam, porque para tais espíritos não há perdão. Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo; (II Pedro 2.4). E aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, reservou na escuridão e em prisões eternas até ao juízo daquele grande dia; (Judas v.6). Então tal idéia que Jesus desceu ao Hades para pregar para tais espíritos esta descartada.

Nenhum pai da igreja antiga, credo ou tradição cristã negou a realidade da descida de Cristo ao Hades, só depois que surgiu Agostinho, no século V. João Damasceno. No século VIII, em seu livro, «A Fonte do Conhecimento», com sua teologia, foi que eles negaram tal teoria que Jesus desceu ao Hades, antes deles os pais da igreja, informa-nos que a realidade da descida de Jesus ao Hades era universalmente e aceita em seus dias, e mostra que a opinião geral era um oferecimento da salvação aos perdidos, além-túmulo, ou de algum modo, um oferecimento da graça através de Jesus aos perdidos.

Esse era o alvo de Jesus Cristo, que tão recentemente morrera e agora tinha uma missão no Hades, o qual tinha como objeto da pregação os “espíritos”, espíritos esses que estavam destituídos de corpos, e não mortais na carne, quando receberam a mensagem.

Não há indicio, na estrutura ou qualquer declaração de que os espíritos a quem Jesus pregou o evangelho estavam vivos na carne quando ouviram a mensagem de Cristo, agora estivessem “em prisão”, isto é no Hades. Quando fazemos uma leitura desses versículos, eles nos mostram que eles estavam na prisão quando ouviram a pregação. A palavra “apeithésasin-pté” significa que eles em algum tempo foram desobedientes, (v.20). Obviamente palavra desobediência remove há um tempo anterior ao tempo da pregação. Isto é, a “desobediência” foi em um passado remoto (antes do dilúvio). Ao passo que a pregação foi feita em passado recente “por Cristo״, imediatamente após sua descida ao Hades, que se seguiu à Sua morte e antecedeu à sua ressurreição. A expressão, “Ele foi e pregou”, no (v.19), dá com clareza o sentido de “ir para outro lugar”, a fim de pregar as boas novas, isto é, o evangelho. Mais muitos estudiosos como Agostinho, no século V. João Damasceno. No século VIII, em seu livro, “A Fonte do Conhecimento”, diz que essa pregação se aplica a Noé. Mais como mostra o texto dificilmente essa pregação do evangelho poderia ser aplicada a Noé, pois para onde Noé foi a fim de pregar o evangelho de Jesus? Nesse texto o sujeito é Cristo. Quando de sua morte, “Ele foi ao Hades”, a fim de pregar ali seu evangelho essa era sua tarefa. Também como muitos ensinam por que Jesus: O Logos divino desceu do céu à terra, a fim de pregar o evangelho da graça por meio de Noé, isso não faz nenhum sentido dizer. E também não faz nenhum sentido dizer que esses espíritos são os espíritos dos anjos caídos, porque estaria indo contra as escrituras que diz. “Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo;” (I Pedro 2.4). E aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, reservou na escuridão e em prisões eternas até ao juízo daquele grande dia; (Judas v.6). E ainda mais o propósito de salvação de Jesus foi em prol dos homens e não dos anjos, como esta escrito: “Porque, na verdade, ele não tomou os anjos, mas tomou a descendência de Abraão”. (Hebreus 2.16).

Nesse ponto devemos evitar a doutrina de Agostinho e João Damasceno que modificaram tal verdade, ensinando que a pregação medianeira, foi por meio de Noé, quem segue tal ensino ignora totalmente a antítese. Jesus tornando-se a Causa da eterna salvação dos crentes, e ao mesmo tempo convencia de incredulidade aos desobedientes, por igual modo tratasse com os habitantes do Hades, a fim de que todo joelho se prostrando-se ante Ele, no céus, na terra e debaixo da terra, (Filipenses 2.10). E para que, tendo assim solto as cadeias daqueles prisioneiros há muito tempo confinado, Ele retomasse dos mortos: “Pois não deixarás a minha alma no inferno, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção”. (Salmo 16.10; Apocalipse 1.18). E preparasse para nós o caminho da ressurreição. Clemente de Alexandria expressou a crença da maioria dos pais gregos, quando disse: Assim, para que os levasse ao arrependimento, o Senhor também pregou aos que estão no Hades, e não só a esses, mais a todos que estão em cadeias, e que são guardados no asilo e prisão do Hades? Sua citação passa a dizer que, nessa missão no mundo inferior. Cristo deixou exemplo, pelo que os apóstolos seguiram o exemplo de seu Senhor, e também ministraram naquele lugar. Isso quer dizer que, para esse autor, a descida do Senhor ao Hades abriu o lugar como um campo missionário, ou que a missão evangelística instituída na terra foi estendida ao Hades.

Muitos como Agostinho e João Damasceno diz que a hermenêutica é fraca quando ensina que Jesus desceu ao Hades: Mais se pensamos como eles, Isso dá-nos um ponto de vista míope e pessimista da missão de Jesus, e atribui-lhe pequeníssima realização, se de fato Deus deseja que todos sejam salvos. Requer que a mensagem e a missão de Jesus não só ficar-se essencialmente na terra, eles ensinaram que a pregação do evangelho depende do que a Igreja possa fazer, aqui e agora, e não do que Jesus, com ou sem a Igreja, pode fazer onde quer que se achem as almas dos homens, aqui ou no além, eles ignoraram o texto de Colossenses 1.16, que diz que a criação é “em Jesus” e “por Jesus”, assim também deve ser para Ele. Em outras palavras, tal como procedeu dele, deverá também retomar para Ele, a fim de que seja ele “tudo em todos” e venha a “preencher a tudo em todos”, ou a ser “tudo para todos”. Por isso tais almas não poderiam ficar de fora de tão grande salvação: No qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão;  (I Pedro 3.19). Jesus não e como muitos que ensina a existência do purgatório que precisa purgar pecado ou restaurar: Jesus é o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. (João 1.29). Isto é de todas as almas, porque Jesus foi morto por elas, mesmo antes delas existires: “Mais com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado” e que Ele “foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado (ou, seja,revelado) nestes últimos tempos por amor de vós” (I Pedro 1:19-20; Apocalipse 13.8; II Timóteo 1.9). 
  
A missão e propósito de Jesus não era limitado, e não só se aplicava a um numero limitado. Mas ele declarou com todas as letras: “E eu quando for levantado da terra, todos atrairei a mim”. (João 12.32). Jesus é o grande ímã de Deus que nada deixa fora de seu poder de atração, e que Deus é amor, e que o juízo é um dedo da mão amorosa, e que a própria retribuição é uma medida de amor. Agora com isso não quero dizer e nem ensinar que hoje na dispensação da graça, aqueles que morrerem nos seus pecados terão a mesma sorte daqueles do passado: Os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé, (I Pedro 3.20). Que a inda não tinha o conhecimento de Jesus, nem de sua mensagem e nem de sua salvação, hoje os que saírem dessa terra sem aceitar os ensinos de Jesus e de sua graça que é um dom gratuito de Deus (Romanos 6.23). Não terão a mesma sorte daqueles dos dias de Noé, como diz: Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo. Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado. (Mateus 12.36). E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo, (Hebreus 9.27).

Muitos interpretem, ignora outros versículos que indicam a vasta magnitude da realização de Jesus naquela missão.

Sabemos que a interpretação é hermenêutica de Agostinho nesse ponto era fraca, porque limita a graça de Jesus, porque Cristo, em seus sofrimentos, desceu ao Hades e fez o bem às almas perdidas, porque quem ensina assim que Jesus não deu uma chance aqueles espíritos em prisão, supõem que Deus é severo e julgador, e não um Deus amoroso, que faz justiça a todos. Mas a verdade é que Deus não pode ser assim dividido, de tal modo que podemos dizer que Deus é só severo e julgador, Deus é sempre um Deus amoroso, um Deus justo; por isso diz: No qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão; (I Pedro 3.19). Portanto, o amor de Deus requer julgamento, mais com justiça, portanto esse julgamento jamais consiste vive só de severidade, mas será sempre manifestado do amor: “Porque Deus é amor”, (I João 4.8).

Origenes (comentando sobre I Reis. sec. 28, Hom. 2). Expressou a crença que os profetas do A.T. já haviam aberto missões de misericórdia no Hades, pelo que a missão pessoal de Cristo ali foi a confirmação e continuação das mesmas, tal como sua missão terrena foi confirmação e continuação do que os profetas do A.T. haviam iniciado. Mais quando lemos esse comentário completo de Origenes, descobrimos que ele falhou quando ensinou que a pregação de Jesus no Hades, beneficiava só aqueles que tinham sido preparados para o ministério (ai ele injetou um pouco da idéia de predestinação no Hades). E tal ponto de vista tomou-se popular na Igreja oriental. Mas quando olhamos o texto de (I Pedro 3 e 4). Ele não sugere tal limitação. Sabemos que o comentário de Origenes provavelmente foi influenciado pelo fato dele conhecer vários escritos judaico-helenistas que falam de supostas missões de misericórdia de diversos profetas do A.T. Ao mundo inferior. A verdade da descida de Jesus ao Hades, continuou na esfera do cristianismo moderno, embora tenha sido ignorada ou rejeitada por algumas denominações que segue alguns escritos de Agostinho e João Damasceno.

Bloomelfid. Em seu comentário (citado no Comprehensive Bible Commentary) afirma que é universal a crença da descida de Jesus ao Hades, por parte da Igreja cristã. Nenhuma interpretação parece natural, ou trazer o selo da verdade, a não ser a comum ’, isto é, que Cristo foi e pregou (proclamou Seu reino) aos antediluvianos no Hades. Interpretação essa apoiada pela autoridade unida dos antigos, e pelos comentadores modernos. As palavras certamente não envolvem dificuldade: e o sentido claro e natural não deve ser rejeitado porque contém assunto que nos admira, ou que pouco podemos apreender, com nossas atuais faculdades. Assim também Meyer, em seu comentário, avalia o testemunho antigo e moderno, dizendo: “Essa é a opinião dos mais antigos pais da Igreja grega e latina, como também do maior número de teólogos posteriores e modernos”. A “opinião” de que ele fale é que a descida foi uma realidade, e que melhorou o estado dos perdidos. Seu próprio ponto de vista é que foi oferecida plena salvação, de tal modo, que, se aceita, tal melhoria poderia redundar em completa salvação. Os que crêem que a descida visou ao propósito de agravar a condição dos ímpios, ou, pelo menos, ajudou somente os justos, deixando de lado aos injustos. A pregação foi feita somente aos justos, e (segundo alguns) elevou-os do Hades para o céu. Assim ensinaram Márciom, Tertuliano e Zwinglio.

Devemos olhar um detalhe no texto de I Pedro 3.18.19, que ele nos mostra especificamente que a descida de Jesus ao Hades foi “aos desobedientes”, e não para os justos que foi feita tal pregação. Porque a bíblia mostra claramente que os justos daquela época foram salvos: “....na qual poucas (isto é, oito) almas se salvaram pela água; (I Pedro 3.20). A pregação foi feita aos injustos: “No qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão; Os quais noutro tempo foram rebeldes;” (I Pedro 3.20). Pedro Mostra que o “Evangelho” foi pregado aos mortos, (I Pedro 4:6). Quanto a isso não a duvida.

Esses espíritos estavam desincorporados, quando ouviram a pregação do evangelho, como diz Pedro, I Pedro 4.6: “Por esta causa o Evangelho foi também pregado àqueles que agora estão mortos...”. Quem ignora isso, ignora o ensino da descida de Cristo ao Hades, que ocupa todo o trecho de I Pedro 3.18. 

O Evangelho foi pregado aos espíritos, isso não pode significar, que foi a seres angelicais, espíritos demoníacos, ou anjos caídos, quanto a isso nada se pode provar mediante uma consideração do vocábulo, à parte do contexto. Que diz claramente que Jesus pregou aos “mortos”, (I Pedro 4.6). Portanto aqueles que identificam os “espíritos” como sendo anjos caídos, o fazem por causa da observação de algumas histórias e fabulas na literatura Judaica-helenista, onde está em foco a restauração de anjos caídos, tal hermenêutica esta fora de lugar, porque Jesus pregou aos “mortos”, (I Pedro 4.6). E como sabemos anjo não morre. Estão em prisão eterna para o dia de juízo. (I Pedro 2.3; Judas v.6)

O argumento que a descida de Jesus ou Hades e pregou o evangelho foi a favor dos anjos caídos como ja falamos, não tem nenhuma conexão com a hermenêutica bíblica, ai nós teria uma nova doutrina, e um argumento totalmente fatal que os “anjos caídos” seriam aqueles espíritos em foco. A hermenêutica bíblica diz claramente que Jesus pregou aos “mortos”, (I Pedro 4.6). Isto é, a “espíritos humanos desincorporados”, chamados mortos por terem deixado seus corpos mortais. O termo “mortos” jamais poderia ser aplicado a anjos caídos. Virtualmente muitos pais da igreja antiga e muitos teólogos e intérpretes modernos crêem na descida de Cristo ao Hades, ligando I Pedro 4.6 com a descrição da descida em I Pedro 3.18.

Os “espíritos” que Pedro fala são “espíritos humanos desincorporados”, e. especificamente, aqueles que foram desobedientes nos dias de Noé. Portanto Pedro (I Pedro 4.6). Como, I Pedro 3.19,20. Afirma por declaração divina que os meios da salvação de Jesus não terminam com a vida terrena, mais começou la no Hades, e que o Evangelho nau do foi pregado nessa vida, mais teve seu inicio com Jesus além do sepulcro para aqueles que partiram da vida sem o conhecimento de Jesus, de sua salvação e de sua misericórdia. 

É lamentável como muitos intérpretes distorcem a clara mensagem da decida de Jesus ao Hades, bem como a esperança que essa mensagem ofereceu aquelas almas. “Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro”, (Efésios 4.8.9)Muitos comentários sobre este versículo, forjaram títulos e falsas e Interpretações, não sei por qual razão é que os homens, distorcem as Escrituras, a fim de eliminarem uma tão grandiosa mensagem.






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