Adilson Francisco dos santos. Estudos Apologéticos.
SERÁ QUE O PROFETA JONAS
FOI UM COVARDE? SE OMITINDO DA PRESENÇA DE DEUS? PARA NÃO IR PREGAR AOS
NINIVITAS?
E orou ao Senhor, e disse: Ah! Senhor! Não foi esta minha
palavra, estando ainda na minha terra? Por isso é que me preveni, fugindo para
Társis, pois sabia que és Deus compassivo e misericordioso, longânimo e grande
em benignidade, e que te arrependes do mal. (Jonas 4.2)
Muitos Pastores por ser preguiçosos e mercenários, ensinam
por ai que o profeta Jonas foi um grande covarde, se omitindo de ir pregar aos
Ninivitas, baseado (Jonas 1.1-3). E daí ensinam na suas pregações,.
Especialmente aos leigos novos convertidos, que eles não devem ser como o
profeta Jonas que foi omisso a ordem de Deus, de ir pregar, mais será que é
isso que a bíblia ensina? Acerca do profeta Jonas? Será que Jonas foi um
covarde omisso? Qual foi o motivo de Jonas não querer ir a Nínive? Quem era
essa cidade e seu povo? Vamos conhecer Jonas, a cidade de Nínive, seus costumes
e sua religião.
Primeiro quem era Nínive- sobre a cidade de Nínive relatou
Diodoro Sículos, ele nos fala que Nínive era a capital do império assírio, foi
primeiramente edificada por Ninrode, juntamente com Reobote-ir, Calé e Rosém
(Gênesis 10.11.12). Situada ao Nordeste da região que hoje é conhecida como
Palestina, essa grande cidade ficava cerca de 800 km de Gate-héfer, a cidade
natal do profeta Jonas, por volta de 700 a.C, Senaqueribe a transformou em
capital da Assíria até sua queda no ano 612 a.C, Essa cidade no tempo do
profeta Jonas estava no auge do seu orgulho e prosperidade. Tinha uma
circunferência de 54 a 60 milhas (cada milha equivale a 1.609 metros). Estava
rodeada por seus muros colossais que mediam cem pés de altura, (30 m de altura).
Tão largo que três carruagens de guerra podiam correr lado a lado sobre ele de
uma só vez ao mesmo tempo. Seus muros colossais eram fortificados por 1.500
torres de duzentos pés de altura (60 m de altura).A população deve ter sido mais
ou menos de um milhão de almas Ao mesmo tempo estava consideravelmente
fortificada. Provavelmente incluíam por dentro, dos
muros grandes espaços para cultura e pasto, podendo assim, suportar um sítio
prolongado. Pela referência de Nínive ter “muito gado”, afirma-se que era uma
cidade desta classe.
Religião- os Ninivitas por ser um povo pagão muito idolatra, adoravam
“o deus-peixe, Dagon”,que era parte
humana e parte peixe. Os
Ninivitas acreditavam que esse deus tinha saído do
mar, fundado sua nação e que para eles um dia sugeria do mar um grande mensageiros
vindo da parte desse deus.
JONAS-seu nome em hebraico “yonah ben’Hamittay” significa “pombo”. Jonas filhos de Amitai nasceu em Gad-Heber na Galileia,
viveu em Samaria sobre o reinado de Jeroboão II
(782 a 753).(Jonas 1.2). O destino de Jonas: Nínive- A desobediência de
Jonas. A bíblia relata no capitulo quatro de Jonas que o motivo dele ter
desobedecido a Deus, era algo pessoal e egoísta de sua parte, como ele mesmo
declarou. E disse: Ah! Senhor! Não foi isso o que eu disse, estando ainda na
minha terra? Por isso, me preveni, fugindo para Társis, pois sabia que és Deus
piedoso, e misericordioso, longânimo e grande em benignidade e que te
arrependes do mal. Tal atitude o classificava como um mal profeta, sabendo que o
motivo de Deus enviá-lo a Nínive era perdoar a cidade, se a mesma se
arrependesse, e que seu arrependimento traria um resultado contraditório à sua
mensagem, que dentro de si maquinava para aquela cidade destruição e um iminente
juízo. Jonas sabia que a Assíria, algum dia, invadiria a terra de Israel e
praticaria contra seus habitantes as crueldades pelas quais era notável. Assim,
pois, preferiu desagradar ao Deus Todo-Poderoso, ao em vez de fazer o possível
pela preservação de uma nação que traria sofrimento indizível ao seu povo.
João Urquhart, um erudito notável, explica a questão desta
maneira: “A Assíria tinha posto suas mãos, desde várias gerações, sobre as nações
da costa do Mediterrâneo, dominando-as com crueldade e ferocidade. A política
assíria não permitia nenhuma compaixão. Faltando-lhe os recursos para defender
suas conquistas, praticava um plano que em sua maior parte tornou desnecessárias
guarnições atrás do exército assírio. De início começavam com uma matança
geral. Os reis, segundo as suas inscrições, pareciam ver com avidez o
espetáculo de seus soldados apresentado no campo de batalha. Eles descreveram
como estava esse coberto de corpos dos conquistados. Esta carnificina era
seguida por sofrimentos cruéis nas cidades. Os principais homens, como em
Laquis, quando Senaqueribe conquistou essa cidade, foram presos e conduzidos
pelos algozes sujeitos a vários castigos horrorosos. Algumas das vítimas eram
deitadas no chão enquanto os Assirios diabolicamente colocavam as mãos na boca
das vítimas, prendiam-lhes a língua e arrancavam pela raiz. Em outro lugar
cravava-se estacas no chão. A estas se amarram os pulsos de outra vítima, com
cordas. Seus tornozelos eram atados de maneira semelhante, e o homem era
estendido de tal maneira que não podia mover nenhum dos seus músculos. O algoz
logo colocava as mãos à obra; começando no lugar apropriado, com a faca eles fazia
sua incisão, e a pele da vitima era levantada polegada por polegada até que o
homem era esfolado vivo, eles tiravam a pele completa do indivíduo. Em seguida,
eles estendiam nos muros das cidades, ou enfrente aos carros de guerras para
criar terror no povo que vinha ao seu encontro, e deixar impressões vivas da
vingança assíria. Para outras vítimas eles preparavam postes compridos e
pontiagudos. A vítima, tomada como as outras, entre os homens principais da
cidade, era colocada no chão, a ponta do poste era introduzida pela parte
inferior do peito; depois levantam o poste, que suspendia a vítima
retorcendo-se de dor, e em seguida
enfinca-vão em um buraco feito no chão, deixando-o para ali sofrer até a morte.
“Ninguém em Israel ignorava essas coisas. Jonas foi uma testemunha ocular dessas
atrocidades. Não havia dúvida que também Jonas sabia que a Assíria, a despojadora
das nações seria um instrumento na mão de Deus, para a vingança divina sobre as
Dez Tribos... A palavra do Senhor veio: “Levanta-te e vai para Nínive, cidade
grande, e apregoa contra ela; porque maldade tem subido diante de mim”. Jonas
1.2. O cálice de iniquidade de Nínive estava, então, cheio. A sentença esperava
ser pronunciada. Nunca Jonas tinha ouvido nova mais feliz do que essas. Se
Nínive perecesse, Israel então estaria salvo! Para Jonas só havia uma coisa a
temer: a misericórdia de Deus, que poderia sustar o golpe da Sua justiça. Jonas
sabia que Deus era um Deus misericordioso e que se Nínive a Ele clamasse,
Assíria poderia salvar-se e Israel então pereceria. Mas que aconteceria se
Nínive não fosse avisada? Se a cidade e seus príncipes fossem abandonados para
colher a recompensa de suas atrocidades? Ela colheria o que desejava o coração
de Jonas (Jonas 4.2). “Foi uma escolha entre a vingança de Deus sobre ele por
ser um profeta rebelde, e a vingança sobre seu povo. Ele então se sacrificaria;
deixaria que Nínive perecesse, e assim salvaria Israel! Isso parece ter sido o
propósito de Jonas e a razão de seu pesar pelo salvamento de Nínive. Paulo
dizia que estava disposto a ser maldito afastado da presença de Deus, se por
esse meio Israel pudesse ser salvo. Foi essa a resolução de Cristo quando nos
salvou; porque Ele foi punido por nossa causa. O Senhor nos disse que Jonas foi
um tipo de Sua Pessoa. O tipo pode ter começado aqui. Compare, nesta conexão,
II Reis 8:7-13, onde lemos que Eliseu chorou, quando, olhando o futuro, viu as
atrocidades que um exército invasor praticaria contra seu povo, isso para Jonas
era um grande castigo.
Nem uma história da Bíblia provoca tanta incredulidade dos
cientistas e leigos no assunto, como a história de Jonas que foi engolido por
um grande peixe. Entre eles há muitas objeção, principalmente essa de um homem
ser engolido por um peixe, segundo eles não há possibilidade de tal milagre,
pelo fato da garganta da baleia ser estreita
demais para permitir a passagem de um homem. Mais sim tal possibilidade não foi
possível, Jesus estaria mentido, porque ele afirmou esse episodio como um fato
concreto, sendo a sua veracidade confirmada pelo próprio Cristo no evangelho de Mateus (Mateus 12.40).
“Quem ler, A Cruzada de Cachalote”, por Frank Bullen, As seguintes citações demonstrarão a
possibilidade do milagre sob o ponto de vista natural: Terá alguma idéia do
tamanho e dos hábitos desse poderoso monstro cetáceo do mar, o cachalote. O
Sr. Bullen é um homem de grande experiência a respeito de baleias, na Cruzada
de Cachalote, ele fala somente do que realmente presenciou. “Ele nos relata
mais de uma vez, como colheram baleias de proporções gigantescas, de mais de
setenta pés de comprimento, com uma largura do corpo, em proporção”, do qual só
a cabeça, ele calculou em quinze toneladas. E tirou a conclusão que ideia de
que a garganta da baleia seria incapaz de engolir uma substância grande, como
por exemplo um homem como no caso de Jonas. O Sr. Bullen caracteriza como “uma
pura ignorância tal ideia”. Ele relata como em certa ocasião, que no estômago
de um cachalote foi encontrado um tubarão de quinze pés de comprimento, 4.57,metros
e acrescenta a seguinte admirável evidência: “que ao estar moribunda a baleia
espermacete, sempre expele o conteúdo de seu estômago”. Ele também nos fala de
uma baleia adulta, que foi capturada e morta, e cujo alimento, expelido de seu
estômago, representava massas de tamanhos enormes, maiores das que tínhamos
visto até agora em viagem; e calculava-se o tamanho de algumas dessas igual a
nossas cabinas, a saber, oito por seis pés. Depois desse comentário do Sr.
Frank Bullen. Mas, apesar disso, certos homens exigem que não creiamos que possa
a um homem ser engolido por uma baleia.
Sidney Colet: “Ali About the Bible” (Tudo Acêrca da Bíblia).
O que se segue vem do jornal “Springfield Leader”, 7 de Dez. 1924: “O Dr.
Straton, famoso fundamentalista de Nova York e inimigo da teoria evolucionista,
crê que descobriu um homem que atualmente em tempos modernos em (1891) teve a
mesma sorte do profeta Jonas. Este homem Bartley, era um marinheiro britânico e
membro da baleeira “Estrela do Oriente”. Na tentativa de capturar uma
gigantesca baleia, numa expedição baleeira perto da costa de Labrador, um
desses cetáceos virou um barco. Os homens com exceção de dois, foram salvos
pela outra baleeira, eles pensaram que
aquele terceiro homem havia, morrido afogado. Finalmente, conseguiram matar a
baleia e a rebocaram à costa. Logo começaram a esquartejá-la; no segundo dia
depois de ter sido capturado, abriram o estômago e, com grande surpresa para
eles, encontraram nele um dos seus companheiros que deram por afogados. Estava
inconsciente, mas vivo ainda. Sofreu muito depois desse resgate, mas finalmente
restabeleceu-se completamente, após ter estado internado por muito tempo num
hospital britânico. O Dr. Straton disse que o relato foi investigado cabalmente
por um dos mais criteriosos jornalistas da Europa, M. de Parville, editor do
“Jornal des Debates”, que foi quem afirmou que as declarações dadas pelo capitão
e a tripulação da baleeira inglêsa concediam perfeitamente e eram dignas de
crédito. Nota: Façam com que o estudante se familiarize com as evidências acima
mencionadas. A oração e a libertação de Jonas (Jonas 2). Em sua oração Jonas
cita, profusamente, os Salmos. Ele se identifica como santos da antiguidade, apropria-dose
de suas experiências como registradas na Palavra de Deus. “Parece haver muita
probabilidade que Jonas realmente morresse e fosse levantado da morte. “Se realmente
morreu, isto somente acrescenta mais uma às ressurreições registradas na Bíblia
e faz de Jonas um símbolo de Cristo ainda mais notável; para aqueles que creem
em Deus não há dificuldade em crer em ressurreição, uma vez suficientemente
atestada” Dr. Torrey. III.
Para compreendemos a obediência e seus resultados, vamos ao
(Capitulo 3). Neste capítulo se faz necessário saber que os Ninivitas por ser
um povo pagão muito idolatra, adoravam “o
deus-peixe, Dagon”,que era parte humana e parte peixe. Os Ninivitas acreditavam que esse deus tinha
saído do mar, fundado sua nação e que para eles um dia sugeria um grande mensageiros
vindo do mar. E por tal crença dos Ninivitas, se Deus lhes enviasse um pregador
vindo do mar como foi o caso do profeta Jonas, nada mais razoável que Deus
estava realizando Seu plano de salvar
aquela nação, e tudo isso estava dentro do conhecimento dos assírios que um dia
lhes seria enviado um profeta saindo do mar! Sem dúvida muitos viram Jonas ser
lançado do mar e acompanharam-no até a cidade de Nínive, servindo de
testemunhas do fato inédito. “Há mais dois argumentos suplementares que confirmam
o histórico deste acontecimento. Em primeiro lugar, “Oannes” é o nome de uma das encarnações do deus-peixe. Este
nome, com “J” inicial, é a forma de escrever “Jonas” no Novo Testamento, Em
segundo lugar, havia por muitos séculos uma colina assíria chamada “Yunnas”, nome assírio, que
significa “Jonas”, e foi o nome dessa colina que forneceu a primeira sugestão
aos arqueólogos, de que possivelmente a antiga cidade de Nínive estivesse
soterrada sob a mesma. O arqueólogo Botta associou “Yunnas” com Jonas, e assim, começou o trabalho de
escavação, e deu com os muros da cidade— Do “Christian Worker’s Commentary”,
por Dr. Gray. Neste capítulo respondemos a três perguntas formuladas pelos
críticos modernos do livro de Jonas. As citações são do “Novo Guia Bíblico”, de
Urquhart. É possível que uma grande cidade pagã como Nínive fosse comovida de
tal maneira pelas pregações de um obscuro pregador hebreu? Em resposta deve
tomar-se em conta que Jonas lhes pregava numa época em que estavam experimentando
uma queda alarmante de seu poder. Havia provavelmente expectativa de uma
calamidade iminente, e a presença de um profeta expelido por um peixe era o
suficiente para comover o povo supersticioso, que pensava que seu deus enviasse
mensageiros vindos do mar. Mas era realmente provável que o governo intervir-se
e que fosse publicado um édito real, ordenando um jejum prolongado? Era tal
ação de acordo com os costumes assírios? “Foi um jejum exatamente como este,
que foi ordenado” diz o professor Sayce, “por Esarhaddon II, quando o inimigo
do norte se concentrou contra o império assírio, e preces foram dirigidas ao
deus sol, “para tirar o pecado” do rei e do povo. “Desde aquele dia”, reza a
inscrição, desde o dia três do mês de Iyyar, ao dia quinze de Ab deste ano, por
estes cem dias (e) cem noites os profetas proclamaram (um período de suplicas).
Os profetas de Nínive haviam declarado que seria necessário acalmar a ira do
céu, e o rei resignado publicou a sua proclamação, ordenando o ato solene de
humilhação por cem dias. Era costume dos assírios fazer participar os animais
da humilhação (Jonas 3.7). Heródoto tem respondido a essa pergunta desde há
muito tempo. Ele nos relata que, quando os persas estavam na Grécia, uma
batalha foi travada, na qual um general, muito querido por todo o exército, foi
morto, “Ao voltar ao acampamento”, diz Heródoto, a morte de Masistio causou uma
tristeza geral em todo o exército, e muito afligiu ao próprio Mardônio.
Cortaram seus cabelos, o pelo dos seus cavalos e bestas de carga e toda a
Beócia ressoou com seus clamores e lamentações. O homem que tinham perdido
foi, depois de Mardônio, o mais estimado pelos persas e seu rei. Assim, os
bárbaros, à sua maneira, honravam o falecido Masistio”.
O Capitulo quatro do livro de Jonas, nos mostra que Jonas se queixa sobre a resposta de Deus, ele alimentava uma grande e vaga esperança de que
a cidade pudesse ser destruída pelo o juízo de Deus (v.5). Estava ainda
influenciado por um patriotismo mal orientado que o tinha cegado quanto à misericórdia.
Mais Deus como sempre e calmamente tratou com toda misericórdia com Seu servo
e, por meio de uma sabia lição, repreendeu aquele espírito petulante e
vingativo do profeta. Jonas estava disposto a poupar a vida de uma insignificante
aboboreira, mais quanto a nação de Nínive irou-se porque Deus poupou aquela
grande cidade com sua população numerosa. Se Jonas estava disposto a preservar uma
insignificante aboboreira, Deus não devia preservar cento e vinte mil alma em Nínive?
Mais tarde o profeta Naum fala de uma Nínive que se desviou e
tornou-se mal e perversa, se esquecendo do que Deus tinha feito em seu favor,
poupando-a da destruição que era algo que o profeta Jonas desejou muito que acontece
se. Em seu livro Naum aborda um único tema: a destruição da cidade de Nínive. Esse
assunto é a seqüência da mensagem do profeta Jonas, por cujo ministério os
ninivitas foram conduzidos ao arrependimento e salvos do castigo iminente de
Deus. É evidente que ao longo do tempo os Ninivitas mudaram de opinião a respeito
de seu primeiro arrependimento e de tal maneira voltaram para a antiga idolatria,
crueldade e opressão, que 120 anos mais tarde, Naum pronunciou contra eles o
julgamento iminente de Deus em forma de uma destruição completa. “Foi o
objetivo de Naum, inspirar os seus patrícios, os judeus, com a segurança que,
por mais alarmante que parecesse a sua posição, expostos aos ataques dos
poderosos assírios, que já haviam levado as Dez Tribos, os assírios não somente
fracassariam nos seus ataques contra Jerusalém (Isaías 36,37). Isaías fala que Nínive, sua própria
capital, seria tomada e seu império derrotado. Isto não seria pelo exercício
arbitrário do poder de Deus, mas sim em conseqüência das iniquidades da cidade
e do seu povo”. A respeito do profeta Naum sabemos bem pouco. Era nativo de
El-kosh, uma aldeia que alguns creem ter sido situada em Galileia. Ele
profetizou durante o reinado de Ezequias e foi testemunha do sítio de Jerusalém
por Senaqueribe, acontecimento esse que pode ter sido a ocasião da sua
profecia.
No Capitulo 1. Antes de descrever o julgamento de Nínive, o
profeta descreve Deus o justo Juiz nos capítulos
2.3. Ele nos apresenta, o julgamento justo de Deus, não como um Deus Executor,
injusto e caprichoso, mas sim, como um justo Juiz que é tardio em irar-se, que
espera pacientemente os frutos do arrependimento antes de castigar. Quando olhar-mos
para o livro do profeta Naum compreendemos que ele é o complemento do livro de Jonas como já falamos. Jonas revela o
julgamento de Deus sobre Nínive suspenso, enquanto Naum revela o julgamento de
Deus sobre Nínive executado. Os ninivitas arrependeram-se do arrependimento
descrito em Jonas, (Jonas 3.5-10). Razão porque Deus Se arrependeu da Sua
misericórdia que tinha mostrado naquele tempo. Eis ai o motivo da bíblia falar
que Deus se arrepende. Quando a bíblia fala que Deus se arrepende da Sua
misericórdia mostrada para com os homens, é no momento que os homens se arrependem de ter se arrependimento para
com Deus, e daí voltam a praticar a
corrupção. (Gênesis 6.6-13). Em Naum Deus derramou a Sua ira sobre eles. Dessa ira se disse: “O valor
permanente do livro consiste em apresentar, como em nenhum outro livro do
Antigo Testamento, o quadro da ira de Deus”. Não devemos imaginar, ao pensarmos
na ira de Deus, que seja algo semelhante ao furor ardente, apaixonado, cego e
insensato dos homens enraivecidos. Ele é tardio para Se vingar, mas uma vez ultrapassado
o limite de Sua misericórdia, devido ao estado das coisas que exijam nova
atitude de ira. Ele é tão irresistível qual um tonado que furiosamente agita as
palmeiras e as ondas do mar, ou como um vento dos desertos que passa sobre a
terra deixando-a em desolação. Veja como as palavras zelo, vingança, ira, furor,
indignação, ferocidade, fúria, descrevem o fato impressionante da ira de Deus. No
homem a ira chega a ser o seu soberano e passa a ser seu dominador. Já em Deus.
Deus é sempre o soberano da Sua ira e a usa com justiça”.
Deus é um Deus zeloso
que toma vingança contra os Seus adversários, mas que é tardio em irar-se e que
no julgamento Se lembra daqueles que confiam N’Ê!e (vers. 2-8). E como diz.Porque
o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia: e a
misericórdia triunfa do juízo. (Tiago 1.13).
Portanto os assírios imaginam que podiam resistir ao Senhor e
destruir o Seu povo (Naum 1.9-11). Deus sempre libertou e sempre libertará os que
pertence a Ele (vers. 12-14). O Senhor libertará o Seu povo, por isso eles devem
permanecer fiéis a Ele e a Seu serviço (v. 15).
O profeta Naum no capitulo dois e trés vaticinou a destruição
de Nínive, ela que foi, naquele tempo a capital de um grande e florescente
império. uma cidade de vasta extensão e de grande população, aquela que foi o
centro do comércio do mundo. Aquele por ser cruel suas riquezas, não derivava
totalmente do comércio local, mais de todas as nações a qual ela dominava. Aquela
cidade sanguinária, cheia de mentiras e de rapina” (Naum 3.1). Saqueava as
nações vizinhas, a qual o profeta comparou os habitantes de Nínive como uma
família de leões, que “Enche suas cavernas de presas e os seus covis de rapina”
(Naum 2.11.12). Esse era o mesmo conhecimento do profeta Jonas sobre os Ninivitas.
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