sábado, 16 de fevereiro de 2019

O QUE EZEQUIEL 37, QUER DIZER? SOBRE A VISÃO DO VALE DOS OSSOS SECOS?


Adilson Francisco dos santos. Estudos Apologéticos.

O QUE EZEQUIEL 37, QUER DIZER? SOBRE A VISÃO DO VALE DOS OSSOS SECOS?

Este capítulo contém a visão profética do Vale de Ossos Secos, historicamente, visam á volta dos exilados do cativeiro babilônico; profeticamente, visam a restauração no Novo Israel, no dia escatológico, quando o Reino do Messias se realizará. Este capítulo 37 ilustra as promessas feitas no capítulo 36: A restauração da Terra. Quem via Israel, seria tão difícil restaurar e estabelecer Israel na sua Terra, porque era como trazer os mortos de volta. O Israel no cativeiro estava morto e espalhado, como uma multidão de ossos secos sobre toda a terra. Neste capitulo o Deus Eterno se mostrou capaz de reajustar todos os ossos secos “Israel” para fazer uma nova nação.

Ezequiel 37.1-11, esse capitulo é um relato que figura o retorno profético de Israel, o profeta Ezequiel em uma de suas visões ele contempla um vale de ossos secos, como o (v.1). Mostra, “um vale cheio de ossos secos”, esse vale simbolicamente representa o mundo físico e a condição espiritual, social e nacional do povo israelita, por causa de seu pecado sua dispensação foi inevitável, Israel como uma grande nação liberta por Deus desde o Êxodo do Egito, estava morta, esquecida e espalhada por toda as parte do mundo, sem qualquer identidade política, por quase 2500 anos.

Israel era um povo que estava sepultado entre as nações, observe a expressão do (v.11). “Todos os ossos”, essa expressão refere-se,“a casa de Israel”, agora é bom lembra que a visão desse (v.11). Não tem nada a ver com a igreja, nem com os gentios, como muitas vezes uma hermenêutica mal interpretada é ensinada. A visão do profeta Ezequiel refere-se exclusivamente ao povo israelita, como ele mesmo cita, observe, “Os nossos ossos se secaram” “Pereceu a nossa esperança” “Nós estamos cortados” (v.11). Portanto esses ossos são toda a casa de Israel. O (v.12). Mostra com toda clareza, observe, “Assim diz o Senhor Jeová: Eis que eu abrirei as vossas sepulturas, e vos farei sair das vossas sepulturas, ó povo meu, e vos trarei à terra de Israel”. Quando o texto diz, “Eu abrirei os seus sepulcros, e os farei subir deles, e os trarei à terra de Israel”, esses sepulcros é um símbolo das nações onde o povo de Israel se encontrava sepultado, (v.14). Profeticamente eram os exilados na Babilônia, o remanescente que pela opressão estavam sem esperança de ressuscitar para um novo recomeço do Reino de Judá.

O (v.3). Diz, “viverão esses ossos”, nesta expressão encontramos o desafio de Deus à fé do profeta Ezequiel e a incredulidade cega daqueles que duvidam da fidelidade e das promessas da parta de Deus quanto ao povo israelita, a despeito da rebeldia desse povo. Deus está sempre disposto a perdoá-los, a fim de cumprir a sua promessa de fidelidade, quanto a posse da terra prometida que mana, “leite e mel”. Os ossos estavam mortos, em todos os sentidos da palavra. (Ezequiel 37.2). O profeta enfrentou uma cena horrível da morte. A catástrofe da mortandade tinha tomado conta de Judá quando o exército babilônico a aniquilou. Essa nação tinha tornado-se uma massa de ossos secos sobre os raios do sol implacável que os secava e branqueava. O profeta em sua visão observou que os ossos secos não estavam empilhados, mas sim espalhados sobre uma área Imensa. Assim, o profeta levou um grande tempo para atravessar aquela área. Durante sua visão o que ele viu foi apenas duas coisas: destruição e morte, inumeráveis ossos dos mortos ressecados e branqueados pelo tempo. O desespero reinava naquele lugar miserável. Não havia nenhum fôlego de vida. Os ataques e o cativeiro da Babilônia haviam conseguido quase a extinção total dessa nação, e o profeta, vendo o vale, teria dito que a extinção do povo fora absoluta. Somente a mão poderosa de Deus poderia reverter aquela situação.

(v.4). Profetiza a estes ossos. Deus mandou Ezequiel “Profetizar sobre os ossos” (Profetiza a estes ossos o hebraico literal), significa “o que vai acontecer com eles”. Nesse versículo Israel é simbolizado na figura de um grande vale de ossos secos, sendo uma nação novamente trazida à vida nos corpos de um grande exército, esse versículo descreve a dispensação de Israel sendo trazida dentre as nações, e tornando a viver como uma nação em sua própria terra, conforme os versículos 11-28 mostram.

“Farei entra em vós o espírito e vivereis”, (v.5). Está aqui a promessa vivificadora para Israel, material e espiritual, o retorno à terra significaria a reedificação de suas cidades, o renovo da agricultura e o progresso econômico e político, (Amos 9.14.15; Ezequiel 28.26). Espiritualmente, Israel retornaria ao Senhor e fortaleceria sua fé no Deus de seus pais Abraão, Isaque e Jacó.

“Houve um ruído... e eis que se fez um reboliço” (Ezequiel 37.7). O ruído naquele “vale de ossos secos” simboliza o movimento de vida agitando o vale e provocando um grande barulho de ossos, cada osso procurando o seu osso, se ajuntando para fazer esqueletos viáveis. (Ezequiel 37.9). Este “ruído” O profeta escutou o barulho como de um grande terremoto; simbolizando os gritos dos judeus ao ouvir o decreto de Ciro que os liberou para voltar a Jerusalém; pode ser interpretado como o movimento sionista, agitando os “ossos secos”, ou seja, o Israel que está espalhado em todo o mundo  gerando em si o desejo de voltar a sua terra natal.

“Os ossos se juntaram, cada osso ao seu osso” (Ezequiel 37.7). A partir do sionismo mundial, em 1897, os descendentes de Isaque têm voltado à sua terra, “ou, seja, a Palestina” e, de forma gradual, foram reconquistando sua terra. Uma estatística da época apresenta que em 1917 havia menos de 25 mil judeus na Palestina, e gradualmente. Foi aumentando o número; e quando chegou em 1948, já havia 800 mil israelitas. Tudo isto em apenas 31 anos, de 1917 a 1948. Era Deus juntando os ossos secos, que simboliza Israel, quando Israel foi reconhecido como Estado em 14 de maio de 1948, a 71 anos atrás, quando o mandato britânico de ocupação do que então era chamado de Palestina estava terminando. E as nações Unidas haviam autorizado a criação de um Estado judeu independentes numa parte dos territórios ocupados. Nação essa que conhecemos hoje como Israel. A população dessa nação cresceu tanto que em 1978, segundo a estatística na época, já era uma nação de três milhões, seiscentos e noventa mil habitantes.

“Vieram nervos sobre eles e cresceu a carne, e estendeu-se a pele sobre eles por cima” (Ezequiel 37.8). Depois de reunidos os ossos e formados os esqueletos, o Espírito santo do senhor fez surgir nervos sobre eles. Esses nervos falam das bases sociais e políticas reorganizadas na vida nacional de Israel.

“Ó Espírito, assopra sobre estes mortos para que vivam” (Ezequiel 37.9). A palavra “espírito”, neste texto, refere-se à vida que dinamiza o corpo. Já não são mais “ossos secos” e espalhados, mas corpos mortos e composto que precisam de vida.“Então o espírito entrou neles” (Ezequiel 37.10). Hoje todos sabem que Israel está refeito com todas as estruturas sócias, políticas e religiosa, mas ainda não passa de um “corpo morto”, falta-lhe a vida espiritual. Levará um tempo para trazer o Israel espiritual para a restauração do Reino do Messias, mas isso será realizado. Ele me levou pelo Espírito, (Ezequiel 37.1). A mão de Deus agiu para dar ao profeta Ezequiel á visão dos ossos secos. O Senhor levou o profeta para dentro do vale, em visão, naturalmente conhecido na teologia como o vale de Ezequiel (Ezequiel 3.23). A  Bíblia diz que no “dia da angústia de Jacó” (Jeremias 30.3). O Espírito do Senhor unirá o povo israelita, a fim de se voltar para o Senhor. Nos últimos dias, no Reino do Messias. Israel tornar-se-á um povo realmente distinto entre as nações e todos os admiraram (Deuteronômio 4.4-8). A renovação é completa: Será física, moral e espiritual. O sopro do Espírito será o agente desta revolução de vida. (Ezequiel 36.24-28 e João 5.25-29). Poreis em vós o meu Espírito, e vivereis. (Ezequiel 37.14). O Espírito de Deus é o poder que dá vida, que efetuou a ressurreição nacional de Israel, os vss. 5 e 9 mostra que a renovação foi espiritual, não meramente física. O povo recebeu de volta a sua Terra, mas também foi transformado para ter um andar digno.

A fidelidade de Deus estava vinculada aos pactos por Ele firmados. Sem sua Terra, a nação de Israel não poderia continuar existindo. Ó povo meu. ... Estou com eles e eles são o meu povo, a casa de Israel, diz o Senhor Deus” (Ezequiel 34.30; Ezequiel 11.20; 36.27 e Jeremias 30.22. 37.13). Sabereis que eu sou o Senhor.

Portanto nesse pequeno resumo compreendemos que essa visão do vale de ossos secos teve uma parte literal, e uma parte simbólica sobre Israel, porém o restante dessa profecia só se dará depois do milênio, (cf. Ezequiel 34.11-34; 35.1-28; 37.1.-28). O Criador não abandonou Sua criação, mas estará presente para intervir e realizar obras inesperadas que é Sua especialidade.






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