sábado, 27 de fevereiro de 2021

AQUELE QUE NÃO VIGIA, CAI CONSTANTEMENTE EM TENTAÇÃO.

 

Adilson Francisco dos Santos. Estudos apologéticos

AQUELE QUE NÃO VIGIA, CAI CONSTANTEMENTE EM TENTAÇÃO.

Vigiai e orai, para que não entreis em tentação. Mateus 26.41

Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos. Efésios 6.18.

Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor. Mateus 24.42

Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir. Mateus 25.13

Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã. Marcos 13.35

Vigiai, pois, em todo o tempo, orando, para que sejais havidos por dignos de evitar todas estas coisas que hão de acontecer, e de estar em pé diante do Filho do homem. Lucas 21.36

Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda as suas roupas, para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas. Apocalipse 16.15

Quando o crente está vigilante, facilmente ele percebe a aproximação do perigo e da tentação, podendo, assim, resguardar-se e permanecer pronto para a vinda do Senhor. Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado o que vigia. (Apocalipse 16.15).

A língua grega contém cerca de cinco palavras que têm sido traduzidas para o português com o sentido de vigiar, a saber: “gregoreo”, “tereo”, “paratereo”, “agrupneo” e “nepho”. A primeira e a terceira são as mais frequentemente usadas pelos escritores sacros, a fim de expressar um estado de alerta, quando os sentidos espirituais do cristão se encontram em estado de observação e expectativa.

Gregoréo, “estar vigilante”, “estar desperto”, “vigiar”. Esse verbo grego foi usado por vinte e três vezes: Mateus 24.42,43; 25.13; 26.38,40,41; Marcos 13.34,35,37; 14.34,36,38; Lucas 12.37,39; Atos 20.31; I Coríntios 16.13; Colossenses 1.2; I Tessalonicenses 5.6,10; I Pedro 5.8; Apocalipse 3.2,3; 16.15.

Teréo, “vigiar”, Verbo grego que significa “guardar”, “preservar”. É usado nos textos bíblicos por sessenta e sete vezes: Mateus 19.17; 23.3; 27.36,54; 28.4,20; Marcos 7.9; João 2.10; 8.51,52,55; 9.16; 12.7; 14.15,21,23,24; 15.10,20; 17.6,11,12,15; Atos 12:5,6; 15.5; 16:23; 24.23; 25.4,21; I Coríntios 7.37; II Coríntios 11.9; Efésios 4.3; I Tessalonicenses 5.23; I Timóteo 5.22; 6.14; II Timóteo 4.7; Tia. 1.27; 2.10; I Pedro 1.4; II Pedro 2.4,9,17; 3.7; I João 2.3-5; 3.22,24; 5.3,18; Judas 1.6,13,21; Apocalipse 1.3; 2.26; 3.3,8,10; 12.17; 14.12; 16.15; 22.7,9.

Parateréo, “vigiar juntamente com”. Esse verbo reforçado aparece por seis vezes: Marcos 3.2; Lucas 6.7; 14.1; 20.20; Atos 9.24 e Gálatas 4.10.

Agrupnéo, “vigiar”, “montar guarda”, “estar desperto”. Esse verbo grego é utilizado por quatro vezes no Novo Testamento: Marcos 13.33; Luc. 21.36; Efésios 6.18 e Hebreus 13.17. O substantivo, “agrupnía”, “vigilância”, aparece por duas vezes: II Coríntios 6.5; 11.27.

Népho, “vigiar”, “estar sóbrio”. Verbo grego empregado por seis vezes: I Tessalonicenses 5.6,8; II Timóteo 4.5; I Pedro 1.13; 4.7; 5.8.

Das cinco palavras gregas citadas acima, destacamos o termonépho”, a fim de esclarecer que a melhor tradução seria “manter o autocontrole”. Lemos em I Pedro 1.13: “Por isso, cingindo o vosso entendimento, sede sóbrios e esperai inteiramente na graça que nos está sendo trazida na revelação de Jesus Cristo”. O termo grego “népho” corresponde a “sede sóbrios”, “manter o autocontrole”.

Já a língua hebraica contém quatro palavras “Tsapah”, “Shamar”, “Shaqad”, “Quts”, que traduzidas para o português têm o sentido de vigiar, a saber: Tsapah, “vigiar”, “espiar”, “espião”, etc. Como verbo, a palavra ocorre por cerca de vinte e uma vezes, conforme se vê. por exemplo, em Gênesis 31.49; I Samuel 4.13; II Samuel 13.14; Salmo 37.32; Isaias 21.5; Lamentações 4.17; Naum 2.1 e Habacuque 2.1.

Shamar, “observar”, “cuidar”, “vigiar”. Essa outra palavra hebraica aparece por mais de quatrocentas e quarenta vezes, somente como verbo, conforme se vê, por exemplo, em Juízes 7.19; I Samuel 19.11; Jó 14.16; Salmo 59, no título; 130.6; Jeremias 8.7; 20.10; Gênesis 37.11; Êxodo 12.17,24; Deuteronômio 5.32; 6.3,25; 8:1; Isaias 42.20; Ezequiel 20.18; 37.24; Jonas 2.8.

Shaqad, “despertar”, “vigiar”. Esse termo hebraico é usado por dez vezes com esse sentido, pois também significa “apressar-se”, “permanecer”, e, no plural, “moldar como amêndoas”. Por exemplo: Esdras 8.29; Salmo 102.7; Provérbios 8.34; Isaias 29.20; Jeremias 5.6; 31.28; Daniel 9.14.

Quts, “despertar”, “vigiar”, “levantar-se”. Esse verbo aparece por vinte e uma vezes, conforme se vê, por exemplo, em Ezequiel 7.6; I Samuel 26.12; Jó 14.12; Salmo 3.5; 17.15; Provérbios 23.35; Isa. 26.19; 29.8; Jeremias 31.26; Daniel 12.2; Joel 1.5 e Habacuque 2.19.

Vigiar é uma das três bases estabelecida pelo Senhor Jesus em seu sermão profético: “olhai”, “vigiai” e “orai”. Vigiar não se trata de uma opção, mais sim, um mandamento expresso. Temos que o fazer. O selo da autoridade de Jesus unge esse mandamento, como uma das bases na vida do crente. Já o termo hebraico para torre de vigia é “mitspah”, “migdal”  ou “bahan”. As torres de vigia eram usadas com dois propósitos diferentes nos tempos bíblicos: (1º) Desde os tempos antigos eram erigidas torres (Gênesis 35.21). nos campos  de pasto  para proteger  o  gado  e os  rebanhos  contra  os  animais  ferozes  e  contra as investidas dos  ladrões  (II Crônicas  26.10; Miqueias  4.8). Era erguidas torres de vigia nas vinhas e campos de cereais para proteger os campos contra os ladrões (Isaias 27.3).  (2º) Eram edificadas Torres de vigia de grande estrutura nas obras de defesa das cidades maiores.

Nas torres de vigia eram postados os vigias, aletos para os movimentos de hostilidade contra a cidade. Também ficavam em vigilância a fim de avisar ao rei e a seus súditos sobre qualquer pessoa que se aproximasse dos muros da cidade (II Samuel 18.24-27; II Reis 9.17-20).  Por ocasião de hostilidades, os perigos da noite eram especialmente temidos, e os vigias aguardavam ansiosamente pela romper da alva (Isaias 21.11).  Era certa medida de tempo pela qual ás doze horas da noite eram divididas.  Nos tempos israelitas a divisão era tríplice (Juízes 7.19). Nos dias do NT a divisão romana, em quatro vigílias, passou a ser  usada  (Marcos  6.48). Inúmeras vezes o Antigo Testamento se refere ao vigia da cidade, o vigia cuidava e observar as movimentações estranhas ocorridas durante a noite (II Samuel 13.34). Os vigias tinham por função avisar ao povo da cidade sobre a aproximação de qualquer pessoa, fosse ela amiga ou inimiga. Assim, em I Samuel 14.16: Lemos: “Olharam as sentinelas de Saul em Gibeá de Benjamim...” Os vigiam prevenia a população contra os ataques noturnos e mantendo-a, assim, em segurança, I Samuel 14.16; II Samuel 18.24; II Reis 9.17; Cantares 5.7. Os profetas tinham o dever de vigiar, Isaias 21.6; Jeremias 6.17; Ezequiel 3.17; em Daniel 4.13 lemos que um vigia, um santo, descia do céu. Na longa noite que envolve o mundo e o escraviza cruelmente, é dever de cada cristão vigiar, enquanto aguarda o romper da manhã espiritual, a bendita aurora da vinda do Salvador, (Salmo 130.6). Devemos seguir o exemplo do maior, Vigia, o seja, o próprio Deus: Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela. (Salmos 127.1). As exortações de Jesus aos seus discípulos sempre foi vigiar: Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca. (Mateus 26.41). Os Evangelhos sinóticos reproduzem as exortações do Mestre, dirigidas aqueles que o segue, no contexto do sermão profético (Mateus 24.25; Mc 13 e Lucas 21). Tais exortações refletem a sabedoria, o amor e o zelo de Jesus para com os seus seguidores. Porque Ele, na condição de Filho de Deus, possuía um conhecimento especial da natureza humana (João 2.25). Ele conhece muito bem a nossa estrutura, e somente um estado de vigilância permanente, associado a uma vida de oração, pode nos conduzir à experiência de plena vitória com Deus. Jesus, pelo seu amor. Ele nos exortou a vigiar, a fim de que nunca venhamos a sofrer derrotas como Sansão, o campeão que não vigiou e todos viram qual foi seu fim.

O apóstolo Paulo foi um homem que emprestou grande significação à vigilância. Vejamos algumas de suas solenes admoestações: Portanto, vigiai, lembrando-vos de que durante três anos, não cessei, noite e dia, de admoestar com lágrimas a cada um de vós. (Atos 20.31). Vigiai, estai firmes na fé; portai-vos varonil-mente, e fortalecei-vos, (I Coríntios 16.13). Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espirito, e vigiando nisto com toda a perseverança, (Efésios 6.18). Perseverai em oração, velando nela com ações de graças, (Colossenses 4.2). E não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios, (I Tessalonicenses 5.6). Na vida do apóstolo Pedro houve instantes em que ele experimentou sérios revezes, quando Tiago e João foi juntamente convidado por Jesus a acompanhá-lo até o monte, ao lugar da oração. Foi ali que os três ouviram a triste repreensão do Mestre: Nem uma hora pudeste velar comigo? (Mateus 26.40). Essa lição lhes serviu anos mais tarde, ao escrever suas epístolas, Pedro inseriu o seguinte conselho: E já está próximo o fim de todas as coisas; portanto, sede sóbrios e vigiai em oração, (I Pedro 4.7).

Devemos considerar que Jesus sempre relacionou o ato de vigiar com a esperança de sua volta: Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora em que o Filho do homem há de vir. (Mateus 25.13). Quando a bem-aventurada esperança da Igreja, alinhemos algumas razões para a Igreja se manter em constante estado de vigilância e expectativa. (a). Daquele dia e hora ninguém sabe, (Marcos 13.32; Mateus 25.13). A volta de Jesus é absolutamente certa: E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois homens vestidos de branco. Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir. (Atos 1.10.11). Mas o tempo é desconhecido. E não soubemos a ocasião exata de seu regresso: E disse-lhes: Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder. (Atos 1.7). Ele viria como o dono da casa: Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o senhor da casa; se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã, (Marcos 13.35). Ele voltará como aquele Pai que jamais deixará seus filhos órfãos: Não vos deixarei órfãos; voltarei para vós. (João 14.18). E qual seria a importância dos sinais? Certamente a única geração que se aprontaria seria aquela que estivesse viva nos dias que precedessem imediatamente o retorno do bem-amado Senhor. Todas as outras certamente deixariam de viver nessa maravilhosa expectativa, a de que Ele pode vir a qualquer momento: E as coisas que vos digo, digo-as a todos: Vigiai. (Marcos 13.37). A incerteza da data demanda a perfeita vigilância. Para que não entreis em tentação, (Mateus 26.41). A palavra tentar e seus derivados ocorrem cerca de 72 vezes na Bíblia. Quando o sentinela detecta o inimigo, não luta, sozinho, contra ele. Avisa ao comandante, que investe com segurança e o domina. Quando vigiamos, detectamos o inimigo de nossas almas, auscultamos a presença do tentador. Quando oramos, comunicamos ao Supremo Comando. Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele cuida de vós, I Pedro 5.7. Um famoso escritor britânico escreveu: Eu posso resistir qualquer coisa, exceto a tentação. Paulo escreveu: Aquele pois que cuida estar em pé, olhe não caia, (I Coríntios 10.12.13).  Satanás é o grande tentador dos homens, (Mateus 4.1; I Crônicas 21.1; João 13). Exemplos de pessoas que falharam na hora da tentação: Adão e Eva (Gênesis 3). A mulher de Ló (Gênesis 19.17,26). Esaú (Gênesis 25.34). Acã (Josué 7.21), etc. Exemplos de pessoas que venceram na hora da tentação: José (Gênesis 50.1-26). Daniel (Daniel 1.8), etc. Para que vos não ache dormindo, Marcos 13.36; I Tessalonicenses a. Salomão escreveu que ao homem que dorme em seu trabalho, assim sobrevirá a tua pobreza como um ladrão, e a tua necessidade como um homem armado, (Provérbios 6.11). O que dorme na sega é filho que envergonha, (Provérbios 10.5). Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá, (Efésios 5.14).

A Bíblia se refere explicitamente às consequências trágicas que sobrevirão aos que não vigiarem. Andarão nus e serão vistas as suas vergonhas, (Apocalipse 16.15). O Senhor virá ao tal como um ladrão, (Apocalipse 3.3). E separá-lo-á, e destinará a sua parte com os hipócritas, (Mateus 24.42-51).

Quando olhamos para a parábola das dez virgens, onde vimos cinco delas prudentes em vigilância, e cinco delas não. Para as que não vigiaram, afirma o texto que fechou-se a porta. Quanto às que vigiaram, assim está escrito: entraram com ele para as bodas, (Mateus 25.1-13). Na eternidade, quando participarmos da glória eterna do Ressuscitado, veremos em toda a sua extensão o significado de havermos vigiado. Assentaram-se à mesa e foram servidos pelo Senhor, (Lucas 12.37). Durante séculos os membros da Igreja de Cristo têm vivido como servos, esperando pacientemente o Seu retorno. Com a sua volta, todos seremos levados ao Tribunal de Cristo (II Coríntios 5.10). E em seguida, revestidos da glória celestial, participaremos das Bodas do Cordeiro. (Apocalipse 19.9). E o ingresso que no leva a participar das Bodas do Cordeiro é a “Vigília”. Sejamos vigilantes na proclamação do Evangelho, pois somos despenseiros dos mistérios de Deus, (I Coríntios 4.1).

Portanto Vigiar é a base solida onde o crente deve esta fundado, base essa que foi estabelecida pelo Senhor Jesus em seu sermão profético: Com os disserem “olhai”, “vigiai” e “orai”. Vigiar não se trata de uma opção, mais sim, de um mandamento expresso e perseverante, que nos leva a salvação. (Mateus 24.13).

 

 

 

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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

CRENTE SEM ORAÇÃO É CRENTE SEM COMUNHÃO

 Adilson Francisco dos santos. Estudos apologéticos.

CRENTE SEM ORAÇÃO É CRENTE SEM COMUNHÃO

 

Perseverai em oração, velando nela com ação de graças;  (Colossenses 4.2).

E aconteceu que, naqueles dias, subiu ao monte a orar e passou a noite em oração a Deus. (Lucas 6.12).

Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar. I Tessalonicenses 5.16,17

E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra. (II Crônicas 7.14).

Então, os sacerdotes e os levitas se levantaram e abençoaram o povo; e a sua voz foi ouvida, porque a sua oração chegou até à sua santa habitação, aos céus. (II Crônicas 30.27).

E, acabando Salomão de orar, desceu fogo do céu e consumiu o holocausto e os sacrifícios; e a glória do SENHOR encheu a casa. (II Crônicas 7.1).

A prática da oração está presente em todas as partes do mundo independente da religião. Todavia, entre todas as criaturas do Senhor, somente o homem tem o privilégio de orar. A oração é o elo entre o Criador e a sua principal criação o homem que possuí uma intimidade com o Todo-Poderoso. Até hoje, não foi achada linguagem melhor do que a oração para que nós nos expressemos diante de Deus. Falar com Deus é um grande privilégio para meras criaturas como nós. O valor da oração está na resposta de Deus. Através da oração nos voltamos pra Ele, e cuja comunhão é prazerosa. Por isso, podemos manifestar com ação de graças nossas petições e súplicas sabendo que segundo sua vontade seremos ouvidos. E esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que alcançamos as petições que lhe fizemos. (I João 5.14,15). O Eterno nos convida a cultivarmos um hábito sadio de oração como estilo de vida, a fim de que possamos produzir bons frutos. Os grandes homens da Bíblia foram pessoas de rígidos hábitos de oração porque reconheciam o seu valor. O valor da oração está para o crente, assim como a água sempre esteve a favor das corças. O ensino do Senhor a respeito da oração originou-se da súplica dos discípulos: “Senhor, ensina-nos a orar, como também João ensinou aos seus discípulos” (Lucas 11.1). Não são poucas as pessoas que querem obter uma “fórmula mágica de oração” a fim de obterem respostas rápidas e previsíveis às suas petições. Tais pessoas frequentemente perguntam: “qual a posição correta para orar?” ou “qual o horário ideal?”. Na verdade deveriam fazer os seguintes questionamentos: “Será que nossas petições estão sendo realmente sinceras?”; “Estamos dispostos a pôr em prática a instrução bíblica?”. Para responder a essas perguntas precisamos atentar para cada detalhe da oração-modelo, começando pelo prefácio de Jesus: “Portanto, vós orareis assim:...” (Mateus 6.9). O termo oração, do grego “proseuchē”, significa “invocar, pedir ou suplicar a uma divindade”. No Antigo e Novo Testamento, a oração é o supremo recurso usado pelo povo de Deus para suplicar, agradecer, adorar, pedir, interceder e bendizer ao único e verdadeiro Deus. (Deuteronômio 6.4). Tão variados são os contextos e motivos pelos quais o crente ora, a Bíblia emprega diversos vocábulos para descrever o diálogo da alma da criatura com Deus. A oração (Do lat. Orationem). É o meio que Deus proveu ao homem, a fim de que este viesse a estabelecer um relacionamento de comunhão contínua com Ele. A oração nos leva a conhecer (ginosko). Que significa “conhecimento baseado na experiência pessoal”, e crer (pisteuo). Que nesse caso significa “depositar confiança”, comprometer-se com alguém sabendo que ele suprirá todas as nossas necessidades.

Na Bíblia, a oração é uma adoração que inclui todas as atitudes do espírito humano em sua aproximação de Deus: Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai. O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. (Romanos 8.15,16). O crente presta culto a Deus quando adora, confessa, louva e o suplica  em oração.  Essa, é a mais alta atividade da qual o espírito humano é capaz, também pode ser considerada como comunhão com Deus, se a ênfase devida for posta sobre  a iniciativa  divina. O homem ora porque Deus já tocou em seu espírito. A oração; na Bíblia, não é uma “reação natural” (João 4.24).  “O que é nascido da carne, é  carne”. Por isso a bíblia nos diz, que Deus não “ouve” qualquer oração:  Ora, nós sabemos que Deus não ouve a pecadores; mas, se alguém é temente a Deus, e faz a sua vontade, a esse ouve. (João 9.31). Por isso, quando estendeis as vossas mãos, escondo de vós os meus olhos; e ainda que multipliqueis as vossas orações, não as ouvirei, porque as vossas mãos estão cheias de sangue. (Isaías 1.15; 29.13).  A doutrina  bíblica  da  oração  destaca  o  caráter  de Deus,  a  necessidade  do  indivíduo  achar-se  em relação  de  salvação  ou  de  uma intima aliança  com  Ele,  e a necessidade  de  entrar  plenamente  em  todos  os privilégios  e obrigações  que essa relação nos propulsiona com Deus.

A oração é o vinculo pelo qual o homem fala com Deus e coloca diante D’Ele suas alegrias, tristezas, necessidades, anseios, enfim, tudo o que aflige sua alma: Então chegou Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani, e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto vou além orar. E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito. Então lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até a morte; ficai aqui, e velai comigo. (Mateus 26.36-38).

Oração é o ato pelo qual o crente, através da fé em Cristo Jesus e mediante a ação intercessora do Espírito Santo, aproxima-se de Deus com o propósito de adorá-lo, render-lhe ações de graça, interceder pelos salvos e pelos não salvos, como era na igreja primitiva: Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria mãe de Jesus, e com seus irmãos. (Atos 1.14). A oração leva o crente apresentar as petições de acordo com a sua suprema e inquestionável vontade de Deus, (João 15.16; Romanos 8.26; I Tessalonicenses 5.18; I João 5.14; I Samuel 12.23). Oração é o ato reverente e piedoso através do qual o crente adora e se aproxima de Deus, mediante a intercessão de nosso Senhor Jesus Cristo. E do Espirito Santo (Romanos 8.26).

Devemos orar dia a, pois dia, orar continuamente, Daniel orava três vezes ao dia: “Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa (ora, havia no seu quarto janelas abertas da banda de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como também antes costumava fazer” (Daniel 6.10).

Sem oração, jamais o crente mover a mão de Deus para que haja o sobrenatural, na oração buscarmos, ainda mais, a presença de Deus (Isaías 55.6). A oração é o oxigênio da alma que mantém o vigor da vida espiritual. É óbvio que orar exige disciplina: Quero, pois, que os homens orem em todo o lugar, levantando mãos santas, sem ira nem contenda. (I Timóteo 2.8).

Jesus como o Filho moderno de Deus perseverou em oração. Por isso devemos seguir seu exemplo. Jesus orava constantemente. Ele durante todo o seu ministério terreno perseverou em oração. Lucas em seu evangelho descreve que Jesus orava mais do que os outros, observe. Antes de escolher os 12 apóstolos, Ele “passou a noite em oração” (Lucas 6.12). Quando interrogou os discípulos acerca de sua identidade, Jesus estava “orando em particular” (Lucas 9.18). Antes de ensinar a oração do “Pai nosso”, Jesus estava “orando num certo lugar” (Lucas 11.1). E, no Getsêmani, quando sua alma está cheia de tristeza (Mateus 26.38). Ele orou com mais intensidade, (Lucas 22.44). Em todo seu ministério terreno Jesus, estava em constante comunhão com o Pai através da oração. Devemos orar em todo o lugar, levantando mãos santas, sem ira nem contenda. (I Timóteo 2.8). Mais pra ter uma comunhão com Deus mais intima, assim como Jesus que orava num certo lugar (Lucas 11.1). Precisamos de um lugar particular Aliás, esta é a recomendação que nos fez Jesus: É necessidade o crente ter um lugar próprio e adequado para fazer as suas orações devocionais diárias: “Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará” (Mateus 6.6; Marcos 1.35; Atos 10.9). O homem que assim faz é tido como bem-aventurado (Provérbios 8.34,35). O crente também precisa sempre estar na casa do Pai para a oração congregacional, considerando o que disse o próprio Deus a respeito (quando da consagração do Templo construído por Salomão): “Agora, estarão abertos os meus olhos e atentos os meus ouvidos à oração deste lugar” (II Crônicas 7.15). Próximo do momento de sua crucificação, Jesus entrou no Templo e, repreendendo os vendilhões que ali estavam, referiu-se ao texto de Isaías 56.7: Que diz: “A minha casa será chamada casa de oração” (Mateus 21.13). O Espírito Santo desceu no cenáculo onde estavam os discípulos em oração há dias. Foi assim que a Igreja teve o seu início (Atos 1.12-14). Os crentes do primeiro século oravam juntos regularmente no Templo (Atos 3.1). No altar da oração devemos ter em mente ao menos três propósitos: adorar a Deus, agradecer-lhe e pedir algo para nós ou para outrem. Devemos sempre ter um lugar e uma hora para a oração. Quando estiver falando com o Pai Celeste, e quando estevemos não podemos admitir nenhuma interferência: Como celular, computador; enfim, desligar-se do mundo que está em nossa volta. Nada é mais importante do que a audiência que a oração nos proporciona com Pai Celeste. A bíblia nos diz que em um certo momento que Jesus estava orando em um determinado lugar com seus discípulos. Ao acabar a oração, os seus discípulos pediram-lhe que Jesus ensinasse eles a orar, como também João ensinou aos seus discípulos (Lucas 11.1). O Senhor Jesus deu início a sua aula sobre oração, declarando: “Portanto, orareis assim, Pai Nosso”. (Mateus 6.9). Todavia, Jesus não estava dizendo que os discípulos “deviam” repetir mecanicamente esse modelo de oração toda vez que buscassem a face de Deus.

Os discípulos já conheciam a respeito da oração, eles já tinham conhecimento da importância da oração, pois os judeus devotos e os gentios que criam em Deus tinham como costume orar. De acordo com Atos 3.1, os judeus tinham um horário determinado para as orações: de manhã (as 9h), à tarde (as 15h) e à noite (no pôr do sol). Todavia, os discípulos nunca viram alguém orar como Jesus orava.

Jesus no Sermão da Montanha ensinou a respeito de como devemos orar: “E, quando orares, não sejas como os hipócritas, pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará” (Mateus 6.5,6). Jesus ensinou acerca disso, porque os líderes religiosos de sua época gostavam das orações em lugares públicos para chamarem a atenção (Mateus 6.5,6). Na oração Jesus ensinou que os filhos de Deus devem ter um momento intimo com o Pai (Mateus 6.3).

Na vida de Jesus e de seus discípulos, a oração era algo habitual. Entre eles a oração era uma prática habitual (Lucas 5.16; Atos 3.1). Na oração diária nos faz buscar a face de Deus.

É de fundamental importância que o suplicante conheça profundamente a quem Ele está recorrendo e dirigindo suas orações, e como está sua vida diante de Deus a fim de que possa ser atendido: Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça. (Isaías 59.1.2). A Bíblia nos revela que Deus é amor, misericórdia, longanimidade, bondade, fidelidade e justiça. Portanto, o conhecimento de tais atributos divinos é imprescindível para orarmos a Deus com entendimento e sermos respondidos por Ele quando lhe suplicamos em oração. Quanto mais conhecermos a Deus, melhor compreenderemos e aceitaremos a sua vontade para nós. Quando oramos devemos em primeiro lugar saber se tanto nós como nossa vida de oração está na vontade de Deus, porque segundo a bíblia tem muitas orações que não são respondidas por Deus. Como a Orações dos egoístas (Tiago 4.3). O apóstolo Tiago afirma que pedidos egoístas, que visam interesses próprios, não são respondidas por Deus. Eles estão fora da vontade divina, pois contrariam o desejo D’Ele de que seus filhos sejam altruístas. Na verdade, tais pedidos refletem uma natureza ainda não regenerada, pois o coração daquele que foi transformado por Deus pensa primeiro no próximo. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros. (João 13.35). O patriarca Jó após conhecer Deus com mais intimidade, intercedeu por seus amigos (Jó 42.10).

Muitos oram a Deus buscando o reconhecimento humano, isso a bíblia chama de orações por posição social (Mateus 20.17-28). Honras, glórias, poder, dinheiro, enfim, coisas que satisfaçam seu ego humano. Um exemplo disso foi á mãe dos filhos de Zebedeu quando pediu a Jesus um lugar de destaque para seus filhos, porém Jesus respondeu que não competia a Ele outorgar essa posição, mas ao Pai (Mateus 20.21,22).

Orações hipócritas (Mateus 6.5,6). Algumas pessoas pensam que podem enganar a Deus com uma aparência de piedade, fingindo ser espiritual, um “homem” ou “mulher de oração”. Esquecem-se de que Deus é o maior conhecedor das motivações humanas: Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração. (I Samuel 16.7). Jesus por diversas vezes reprovou o comportamento hipócrita e mentiroso. O Senhor ama a verdade e a sinceridade. É melhor ser sincero como aquele publicano foi em sua oração, do que aquele fariseu, cheio de si mesmo pelos os atos que fazia, pois aquele teve sua oração atendida é atendida é aquele que rasga o peito com grande explosão de sinceridade como aquela do publicano: O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado. (Lucas 18.13,14). Portanto se o crente ora com egoísmos, hipocrisias e visando status social, fique ciente que ele não será atendido por Deus.

Não há limite para o crente quando ele viver em oração, na bíblia  há uma grande alerta para todos nós sobre a oração temos em I Pedro 4.7. A Palavra de Deus admoesta-nos a orar sem cessar (I Tessalonicenses 5.17), sem prejuízo de nossas atividades diárias, tendo em vista que são muitas as formas de orar. Vejamos. Orar por si próprio. Ninguém melhor do que nós próprio para conhecer as nossas necessidades espirituais, sociais, afetivas, familiares, econômicas e físicas. Há necessidades que, por sua natureza e estratégias espirituais, não podem ser do conhecimento de mais ninguém, devendo orar ao Senhor no nosso próprio íntimo.

Orar pelos amigos. Nem todo crente se comporta como o patriarca Jó, que estando sob severo sofrimento e com necessidades múltiplas, dedicava um tempo em suas orações para orar pelos seus amigos (Jó 42.10).

Orar pelos inimigos. Essa é uma tarefa muito difícil que demanda muito amor, é renunciar a si mesmo, para viver o propósito de agradar a Deus, obedecer a sua Palavra e dominar seu próprio coração (Mateus 5.44; Romanos 12.14). Nesse propósito de agradar a Deus, Jesus deixou o seu exemplo (Lucas 23.34; I Pedro 2.23).

Orar pela igreja de Deus. O profeta Samuel orou pelo povo de Deus (I Samuel 7.5-14). O apóstolo Paulo em suas orações foi um intercessor exemplar à medida que orava pelas diferentes igrejas, apresentando as suas necessidades específicas (Filipenses 1.1-7,9; Romanos 1.8-12; Efésios 1.16).

Orar por todos os homens e pelas autoridades constituídas. A Igreja de nosso Senhor Jesus Cristo, por meio de seus lideres, sempre se dedicou à oração. Todo crente se sente confortado e confiante, tendo a certeza das orações intercessórias de seus lideres, inclusive nas reuniões congregacionais, dedicadas à oração. O apóstolo Paulo recomendou ao obreiro Timóteo: “Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens” (I Timóteo 2.1,2). A oração na vida do crente o torna sensível às necessidades dos que lhe rodeiam e dos que estão distantes, sejam eles conhecidos ou não e em qualquer esfera social, como, por exemplo, o profeta Eliseu (II Reis 4.12-36).

Quando o apóstolo Paulo recomendou a Timóteo: que se façam deprecações, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens, (I Timóteo 2.1,2). Era que Paulo foi um líder que estava em contínua e constante oração, dia e noite (I Tessalonicenses 3.10). Ele exortou os crentes de Tessalônica a “orar sem cessar” (I Tessalonicenses 5.17). Paulo gostava de estar com os irmãos em oração: Ele orou com muitas irmãs (Atos 16.13). Com os anciãos (At 20.36). E com um grupo de discípulos em Tiro (Atos 21.5). Não temos dúvidas de que Paulo foi um grande intercessor! Todavia, ele não somente orava, mas também rogava que outros irmãos orassem por ele. Repetidas vezes ele rogava as orações dos irmãos: “Ajudando-nos também vós, com orações, por nós...” (II Coríntios 1.11). “Orando também juntamente por nós...” (Colossenses 4.3).

As epístolas paulinas jogo de imediato mostra depois  que Cristo se revelou a Paulo, na estrada  de Damasco,  diz-se  sobre  Paulo:  “...ele  está  orando” (At  9.11).  Depois desse encontro, pela  primeira  vez  em sua vida,  descobriu  o  que a oração  realmente  significa, tão  profunda  foi  a transformação  de seu coração,  efetuada  pela  conversão. Que desse momento em diante Paulo foi um homem dedicado à oração.  Na oração o Senhor  lhe falava  (Atos 22.17).  Para Paulo, a oração significava ação de graças,  intercessão, o sensor  da  presença de  Deus (I Tessalonicenses 1.2; Efésios 1.16).  Ele descobriu  que  o  Espírito  Santo  o  ajudava  em  oração,  quando constantemente ele o  procurar  pra saber  e  fazer  a  vontade  de Deus  (Romanos 8.14.26).  Em  sua  experiência  havia uma  íntima  ligação entre a oração e a inteligência  cristã  (I Coríntios  14.14-19).  A  oração,  no  conceito  do apóstolo,  é  algo  absolutamente  essencial para  o crente  (Romanos  12.12). A  armadura  do  crente  (Efésios 6.13-18)  inclui  a  oração  que  Paulo  descreve  como  “toda  oração”,  em  “todo  tempo”, com  “toda  perseverança”  a favor  de  “todos  os santos”  (v. 18).  Paulo  sempre praticou  aquilo  que ele pregava  (Romanos  1.9;  Efésios  1.16;  I Tessalonicenses 1.2);  isso  explica sua  insistência  sobre  a oração  quando  escrevi; para  seus  irmãos  na    (Filipenses 4.6;  Colossenses 4.2). Em  suas  epístolas,  Paulo  aparece  constantemente a referir-se  à oração, e é instrutivo examinar algumas de suas orações,  por causa do  conteúdo  das  mesmas.  Quando Paulo escreveu aos Romanos (Romanos 1.8-12). 

Ao nosso entendimento sobre a oração cristã Paulo contribuiu no  fato  que  ele  estabeleceu  a  conexão entre a oração e o Espírito Santo. A oração é de fato um dom  do  Espírito  (I Coríntios  14.14-16). 

Paulo era um líder que cultivava a prática da oração. Por meio da oração ele obteve revelações do Senhor e desenvolveu um piedoso zelo pela ordem na igreja. E não somente Paulo que cultivava a prática da oração. No livro de Atos, encontramos vários outros exemplos de líderes que oravam: Pedro e João (Atos 3.1; 8.14-17). Os Doze (Atos 6.2,4). Pedro (Atos 9.40; 10.9-11). Paulo e Barnabé (Atos 14.23). Paulo e Silas (Atos 16.16,25). Paulo (Atos 20.36; 21.5; 22.17). A bíblia sempre mostrou a dedicação integral de oração de seus líderes.

Ao examinar Atos dos apóstolos escrito por Lucas, vemos nesse livro um  excelente  elo entre  os  evangelhos e as epístolas, visto que, em Atos, a igreja apostólica  tinha  posto  em  efeito  o ensinamento  de nosso Senhor  acerca da oração. A igreja nasceu na atmosfera  de  oração  (Atos 1.4).  Em  resposta  à oração,  o  Espírito  foi  derramado  sobre  ela (Atos 1.4; 2.4).  A  oração  continuou  sendo  a  atmosfera nativa  da  igreja  (Atos 2.42;  6.4,6).  Permanecia no pensamento da igreja  uma  íntima  conexão  entre  a oração  e a presença  e o poder  do  Espírito (Atos 4.31). Lucas nos mostra que a Igreja Primitiva era uma comunidade de oração. Os discípulos oravam enquanto esperam pelo Espírito Santo (Lucas 24.53; Atos 1.14). E depois da vinda Espírito Santo as principais práticas da igreja eram resumidas entre “ensinar”, “dividir os bens”, “distribuir o pão” e principalmente a “oração” (2.42-45). Na igreja as orações eram perseverantes e dotada de uma concordância (Atos 1.14; 2.42,46). Nos tempos de crise a igreja lançava mão  do  recurso  da  oração  (Atos4.23s;  12.5,12). Por todo o livro de Atos os líderes da igreja aparecem  como  Homens de oração (Atos 9.40;  10.9; 16.25;  28.8).  Os quais exortam aos crentes que orem consigo (Atos 20.28,36; 21.5). Eram decisivas nas decisões (Atos 1.24). Na libertação (Atos 4.24; 12.5; 16.25). Na confiança (Atos 7.60).  A oração também está associada à prática da imposição de mãos, sobre indivíduos ou grupos (Atos 6.6; 8.14-17).

A oração é a chave que abre os céus, ela é ouvida e atendida pelo Senhor nosso Deus. Ele responde às orações daqueles que o temem (Salmo 145.19). Para esses, o seu ouvido não está agravado, mas aberto (II Crônicas 7.15; Isaias 59.1). Jesus ensinou a respeito de um Pai amoroso que está sempre pronto a dar boas dádivas a seus filhos e incentivou seus discípulos a pedir e buscara Deus, incessantemente, sem desfalecer (Lucas 11.9; 18.1-7), porque Deus ouve e vê até o que está em secreto (Mateus 6.6; João 9.31). Portanto, se somos um filho obediente ao nosso Pai, estejamos certo de que nossas orações estão subindo diante D’ele: E, havendo tomado o livro, os quatro animais e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles harpas e salvas de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos. (Apocalipse 5.8). E logo serão respondidas. Aguarde e confie!. E esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que alcançamos as petições que lhe fizemos. (I João 5.14,15).

Na oração devemos sempre interceder. A palavra “intercessão” vem do termo grego “entugchano” que significa “apelar”, “pleitear”, “fazer intercessão”, “orar”. A intercessão foi um fator nos tempos patriarcais (Gênesis 18.22s.). A intercessão se fez especialmente proeminente nas orações de Moisés (Êxodo 32.11-13,31; 33.12-16; 34.9; Números  11.11-15;  14.13-19;  21.7;  Deuteronômio  9.18-21; 10.10; Deuteronômio 30 ). Nas orações de Arão (Números 6.22-27). De Samuel (I Samuel 7.5-13; 12.19,23).  De Salomão (I Reis 8.22-53). E de Ezequias (II Reis 19.14-19).  Também acompanhou as intercescessões de Ló (Gênesis 19.17-23). De Abraão (Gênesis 20.17). De Moisés (Êxodo 9.27-33; Números 12.9s.). E de Jó (Jó 42.8,10). A intercessão era forte relação pessoal com Deus, em que se encontravam aqueles mediadores.

Quando olhamos para Antigo Testamento. Observamos que entre o povo de Israel havia muitos homens fiéis, amorosos e dedicados, na perseverança em oração a Deus por seus irmãos e pela nação inteira como já falamos, homens como Samuel. (I Samuel 7.8,9; 12.19-25), Moisés (Êxodo 32.11-14, 30-32; Deuteronômios 9.13-19), Jeremias (14.19-22), Esdras (Esdras 9.6-15), Daniel (Daniel 9.3-19) e tantos outros que nos servem como exemplo. O próprio Deus menciona nominalmente homens como Samuel e Moisés como intercessores (Jeremias 15.1). Estes homens santos se afligiam com o pecado do povo, sentiam a necessidade do perdão divino e choravam diante de Deus, suplicando-lhe uma solução. Por isso Deus nos ensina em sua palavra: Lembrai-vos dos presos, como se estivésseis presos com eles, e dos maltratados, como sendo-o vós mesmos também no corpo. (Hebreus 13.3)

A intercessão sempre fez parte de toda bíblia, o Novo Testamento mostra que Deus continuou o ministério da intercessão perante, e como cabeça de ministério Jesus é o primeiro exemplo (João 17). Porque vinham gente de toda parte ao encontro de Jesus pedindo por seus parentes, amigos e servos (Marcos 5.22-43; 10.13; João 4.46-53). Jesus demonstrou a prática da intercessão muitas vezes orando pelos perdidos (Lucas 19.10), por Jerusalém e seus discípulos (João 17.6-26). Na igreja, a partir do livro de Atos e das Epístolas há muitos e variados exemplos de intercessões em oração, nos quais há grandes lições para a nossa vida cristã. A igreja é incentivada a orar uns pelos outros (Tiago 5.16; Efésios 6.18). Ela deve habituar-se a interceder pelas necessidades dos irmãos (Atos 12.5; 13.3). Na igreja, às vezes há grupos que se organizam e se intitulam “Os Intercessores”, mas não perduram. O verdadeiro intercessor não gosta de aparecer. Ele em si mesmo se compraz em ver, mediante sua intercessão, o nome de Deus ser glorificado pelas bênçãos concedidas. A intercessão pressupõe sofrer com os que sofrem; chorar com os que choram. Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram; (Romanos 12.15)

O amor é o primeiro fruto do Espirito Santo (Gálatas 5.22). E esse fruto “amor” deve ser demonstrado em todo o seu viver, inclusive em suas orações intercessórias. Intercessão quer dizer orar a Deus em favor de outra pessoa. A ordem de Deus aos seus filhos é orar por seus irmãos (Efésios 6.18,19), pela obra de Deus (Mateus 9.38), pelas autoridades constituídas (I Timóteo 2.1.2) e até mesmo pelos inimigos (Mateus 5.44). Nos dias atuais. A Bíblia nos ensina que é dever do crente orar pelos outros (I João 5.16; I Timóteo 2.1,8; Efésios 6.18; Tiago 5.16). Contudo, não é só um dever, mas principalmente um privilégio e um canal de bênção. Aquele que persevera em orar pelos outros, Deus levanta intercessores para orar por ele e, assim, todos são abençoados. A oração intercessória enquadra-se na verdade bíblica: “Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber” (Atos 20.35). Quem ora, se coloca diante de Deus, entra em sua presença e nunca sai deste encontro da mesma forma que entrou. Ser alvo de uma oração é gratificante; orar é glorioso. A prática de estar com Deus em oração, muda o homem (Gênesis 32.22-32). As pessoas conseguem perceber a diferença daquele que cultiva a comunhão com Deus. Moisés que Deus falava com ele face a face (Êxodo 34.29-35; Números 12.1-7). Abraão que Deus lhe chamava de amigo (Isaías 41.8). Dentre os discípulos de Jesus, três conviveram mais com Ele; e dentre os três, um era-lhe ainda mais chegado, tão chegado que reclinado á cabeça no seio de Jesus. (João 13.23.25). O Senhor falou em acabar com o povo de Israel e através de Moisés da iniciar a outro povo (Êxodo 32.7-14). O amor que Moisés tinha por aquelas pessoas, que com tanto zelo e devoção eram conduzidas por ele, dominava o seu ser. Esse amor o levou a rejeitar a proposta de Deus, e interceder pelo povo que havia desprezado a Deus e ao próprio Moisés (Êxodo 32.1,4). Na mesma ocasião, esse servo de Deus pediu para ser riscado do livro divino, caso o Senhor não perdoasse seus povo (Êxodo 32.30-32). Um fato semelhante é o de Jó, que em meio as provações, necessidade e graves problemas de saúde, intercedia diante de Deus por seus “amigos” (Jó 42.10). O apóstolo Paulo, com profundo amor pelo seu povo e anseio por sua salvação, afirmou que abriria mão de sua própria salvação em favor deles (Romanos 9.3). Jesus, cravado na cruz, sofrendo as mais terríveis dores, intercedeu por seus algozes (Lucas 23.33,34), e pelo ladrão arrependido que estava crucificado ao seu lado (vv. 40-43).

 Devemos orar a Deus. São muitos os textos bíblicos que lembram, ensinam, advertem e estimulam o homem a buscar a Deus, em oração em todo o tempo (Deuteronômio 4.29,30; I Crônicas 16.4; Salmo 119.2; Jeremias 29.1 3; Efésios 6.18). A Bíblia ensina que devemos orar somente a Deus e a mais nenhum outro ser além D’ele, pois não há nenhum outro deus além do nosso, que possa ouvir e responder às nossas orações: Porque, quando Deus fez a promessa a Abraão, como não tinha outro maior por quem jurasse, jurou por si mesmo, (Hebreus 6.13). Vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor, e meu servo, a quem escolhi; para que o saibais, e me creiais, e entendais que eu sou o mesmo, e que antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá. Eu, eu sou o Senhor, e fora de mim não há Salvador. (Isaías 43.10,11). Aliás, a Palavra de Deus condena a adoração e a oração a qualquer outro ser que não seja o Deus Eterno, Criador, Sustentador do universo e Redentor da humanidade (Êxodo 20.3; Deuteronômio 6.4; Isaías 44.8-20). Tudo isso, já representa um bom e grande motivo para o crente orar (Filemom v.4; Lucas 2.37,38). Quando tudo está bem. Não há dúvida de que devemos orar em todo tempo e em qualquer circunstância (Efésios 6.18; I Timóteo 2.1-3; Salmo 118.5). Jesus ensinou essa verdade dando seu exemplo aos discípulos (Marcos 6.45-48; Lucas 22.39-46).

 

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