Adilson
Francisco dos santos. Estudos apologéticos.
CRENTE SEM ORAÇÃO É CRENTE SEM COMUNHÃO
Perseverai
em oração, velando nela com ação de graças; (Colossenses
4.2).
E aconteceu que, naqueles dias, subiu ao monte a orar e
passou a noite em oração a Deus. (Lucas 6.12).
Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar. I Tessalonicenses 5.16,17
E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e
orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então, eu
ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra. (II Crônicas 7.14).
Então, os sacerdotes e os levitas se levantaram e abençoaram
o povo; e a sua voz foi ouvida, porque a sua oração chegou até à sua santa
habitação, aos céus.
(II Crônicas 30.27).
E, acabando Salomão de orar, desceu fogo do céu e consumiu o
holocausto e os sacrifícios; e a glória do SENHOR encheu a casa. (II Crônicas 7.1).
A prática da oração está presente em todas as partes do mundo
independente da religião. Todavia, entre todas as criaturas do Senhor, somente
o homem tem o privilégio de orar. A oração é o elo entre o Criador e a sua
principal criação o homem que possuí uma intimidade com o Todo-Poderoso. Até
hoje, não foi achada linguagem melhor do que a oração para que nós nos
expressemos diante de Deus. Falar com Deus é um grande privilégio para meras criaturas
como nós. O valor da oração está na resposta de Deus. Através da oração nos
voltamos pra Ele, e cuja comunhão é prazerosa. Por isso, podemos manifestar com
ação de graças nossas petições e súplicas sabendo que segundo sua vontade
seremos ouvidos. E esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma
coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que nos ouve em tudo
o que pedimos, sabemos que alcançamos as petições que lhe fizemos. (I João
5.14,15). O Eterno nos convida a cultivarmos um hábito sadio de oração como
estilo de vida, a fim de que possamos produzir bons frutos. Os grandes homens
da Bíblia foram pessoas de rígidos hábitos de oração porque reconheciam o seu
valor. O valor da oração está para o crente, assim como a água sempre esteve a
favor das corças. O ensino do Senhor a respeito da oração originou-se da
súplica dos discípulos: “Senhor, ensina-nos a orar, como também João ensinou
aos seus discípulos” (Lucas 11.1). Não são poucas as pessoas que querem obter
uma “fórmula mágica de oração” a fim de obterem respostas rápidas e previsíveis
às suas petições. Tais pessoas frequentemente perguntam: “qual a posição
correta para orar?” ou “qual o horário ideal?”. Na verdade deveriam fazer os
seguintes questionamentos: “Será que nossas petições estão sendo realmente
sinceras?”; “Estamos dispostos a pôr em prática a instrução bíblica?”. Para
responder a essas perguntas precisamos atentar para cada detalhe da
oração-modelo, começando pelo prefácio de Jesus: “Portanto, vós orareis assim:...”
(Mateus 6.9). O termo oração, do grego “proseuchē”, significa “invocar, pedir
ou suplicar a uma divindade”. No Antigo e Novo Testamento, a oração é o supremo
recurso usado pelo povo de Deus para suplicar, agradecer, adorar, pedir,
interceder e bendizer ao único e verdadeiro Deus. (Deuteronômio 6.4). Tão
variados são os contextos e motivos pelos quais o crente ora, a Bíblia emprega
diversos vocábulos para descrever o diálogo da alma da criatura com Deus. A
oração (Do lat. Orationem). É o meio que Deus proveu ao homem, a fim de que
este viesse a estabelecer um relacionamento de comunhão contínua com Ele. A
oração nos leva a conhecer (ginosko). Que significa “conhecimento baseado na
experiência pessoal”, e crer (pisteuo). Que nesse caso significa “depositar
confiança”, comprometer-se com alguém sabendo que ele suprirá todas as nossas
necessidades.
Na Bíblia, a oração é uma adoração que inclui todas as
atitudes do espírito humano em sua aproximação de Deus: Porque não recebestes o
espírito de escravidão, para outra vez estardes em temor, mas recebestes o
Espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai. O mesmo Espírito
testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. (Romanos 8.15,16). O
crente presta culto a Deus quando adora, confessa, louva e o suplica em oração.
Essa, é a mais alta atividade da qual o espírito humano é capaz, também
pode ser considerada como comunhão com Deus, se a ênfase devida for posta
sobre a iniciativa divina. O homem ora porque Deus já tocou em
seu espírito. A oração; na Bíblia, não é uma “reação natural” (João 4.24). “O que é nascido da carne, é carne”. Por isso a bíblia nos diz, que Deus
não “ouve” qualquer oração: Ora, nós
sabemos que Deus não ouve a pecadores; mas, se alguém é temente a Deus, e faz a
sua vontade, a esse ouve. (João 9.31). Por isso, quando estendeis as vossas
mãos, escondo de vós os meus olhos; e ainda que multipliqueis as vossas
orações, não as ouvirei, porque as vossas mãos estão cheias de sangue. (Isaías
1.15; 29.13). A doutrina bíblica
da oração destaca
o caráter de Deus,
a necessidade do
indivíduo achar-se em relação
de salvação ou
de uma intima aliança com
Ele, e a necessidade de
entrar plenamente em
todos os privilégios e obrigações
que essa relação nos propulsiona com Deus.
A oração é o vinculo pelo qual o homem fala com Deus e coloca
diante D’Ele suas alegrias, tristezas, necessidades, anseios, enfim, tudo o que
aflige sua alma: Então chegou Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani, e
disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto vou além orar. E, levando
consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a
angustiar-se muito. Então lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até a
morte; ficai aqui, e velai comigo. (Mateus 26.36-38).
Oração é o ato pelo qual o crente, através da fé em Cristo
Jesus e mediante a ação intercessora do Espírito Santo, aproxima-se de Deus com
o propósito de adorá-lo, render-lhe ações de graça, interceder pelos salvos e
pelos não salvos, como era na igreja primitiva: Todos estes perseveravam
unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria mãe de Jesus, e com
seus irmãos. (Atos 1.14). A oração leva o crente apresentar as petições de
acordo com a sua suprema e inquestionável vontade de Deus, (João 15.16; Romanos
8.26; I Tessalonicenses 5.18; I João 5.14; I Samuel 12.23). Oração é o ato
reverente e piedoso através do qual o crente adora e se aproxima de Deus,
mediante a intercessão de nosso Senhor Jesus Cristo. E do Espirito Santo
(Romanos 8.26).
Devemos orar dia a, pois dia, orar continuamente, Daniel
orava três vezes ao dia: “Daniel, pois, quando soube que a escritura estava
assinada, entrou em sua casa (ora, havia no seu quarto janelas abertas da banda
de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças,
diante do seu Deus, como também antes costumava fazer” (Daniel 6.10).
Sem oração, jamais o crente mover a mão de Deus para que haja
o sobrenatural, na oração buscarmos, ainda mais, a presença de Deus (Isaías
55.6). A oração é o oxigênio da alma que mantém o vigor da vida espiritual. É
óbvio que orar exige disciplina: Quero, pois, que os homens orem em todo o lugar,
levantando mãos santas, sem ira nem contenda. (I Timóteo 2.8).
Jesus como o Filho moderno de Deus perseverou em oração. Por
isso devemos seguir seu exemplo. Jesus orava constantemente. Ele durante todo o
seu ministério terreno perseverou em oração. Lucas em seu evangelho descreve
que Jesus orava mais do que os outros, observe. Antes de escolher os 12 apóstolos,
Ele “passou a noite em oração” (Lucas 6.12). Quando interrogou os discípulos
acerca de sua identidade, Jesus estava “orando em particular” (Lucas 9.18). Antes
de ensinar a oração do “Pai nosso”, Jesus estava “orando num certo lugar” (Lucas
11.1). E, no Getsêmani, quando sua alma está cheia de tristeza (Mateus 26.38).
Ele orou com mais intensidade, (Lucas 22.44). Em todo seu ministério terreno Jesus,
estava em constante comunhão com o Pai através da oração. Devemos orar em todo
o lugar, levantando mãos santas, sem ira nem contenda. (I Timóteo 2.8). Mais
pra ter uma comunhão com Deus mais intima, assim como Jesus que orava num certo
lugar (Lucas 11.1). Precisamos de um lugar particular Aliás, esta é a recomendação
que nos fez Jesus: É necessidade o crente ter um lugar próprio e adequado para
fazer as suas orações devocionais diárias: “Mas tu, quando orares, entra no teu
aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê o que está oculto; e
teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará” (Mateus 6.6; Marcos 1.35;
Atos 10.9). O homem que assim faz é tido como bem-aventurado (Provérbios
8.34,35). O crente também precisa sempre estar na casa do Pai para a oração
congregacional, considerando o que disse o próprio Deus a respeito (quando da
consagração do Templo construído por Salomão): “Agora, estarão abertos os meus
olhos e atentos os meus ouvidos à oração deste lugar” (II Crônicas 7.15). Próximo
do momento de sua crucificação, Jesus entrou no Templo e, repreendendo os
vendilhões que ali estavam, referiu-se ao texto de Isaías 56.7: Que diz: “A
minha casa será chamada casa de oração” (Mateus 21.13). O Espírito Santo desceu
no cenáculo onde estavam os discípulos em oração há dias. Foi assim que a
Igreja teve o seu início (Atos 1.12-14). Os crentes do primeiro século oravam
juntos regularmente no Templo (Atos 3.1). No altar da oração devemos ter em
mente ao menos três propósitos: adorar a Deus, agradecer-lhe e pedir algo para
nós ou para outrem. Devemos sempre ter um lugar e uma hora para a oração.
Quando estiver falando com o Pai Celeste, e quando estevemos não podemos
admitir nenhuma interferência: Como celular, computador; enfim, desligar-se do
mundo que está em nossa volta. Nada é mais importante do que a audiência que a
oração nos proporciona com Pai Celeste. A bíblia nos diz que em um certo
momento que Jesus estava orando em um determinado lugar com seus discípulos. Ao
acabar a oração, os seus discípulos pediram-lhe que Jesus ensinasse eles a
orar, como também João ensinou aos seus discípulos (Lucas 11.1). O Senhor Jesus
deu início a sua aula sobre oração, declarando: “Portanto, orareis assim, Pai
Nosso”. (Mateus 6.9). Todavia, Jesus não estava dizendo que os discípulos
“deviam” repetir mecanicamente esse modelo de oração toda vez que buscassem a
face de Deus.
Os discípulos já conheciam a respeito da oração, eles já
tinham conhecimento da importância da oração, pois os judeus devotos e os
gentios que criam em Deus tinham como costume orar. De acordo com Atos 3.1, os
judeus tinham um horário determinado para as orações: de manhã (as 9h), à tarde
(as 15h) e à noite (no pôr do sol). Todavia, os discípulos nunca viram alguém
orar como Jesus orava.
Jesus no Sermão da Montanha ensinou a respeito de como
devemos orar: “E, quando orares, não sejas como os hipócritas, pois se
comprazem em orar em pé nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem
vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão. Mas
tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu
Pai, que vê o que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te
recompensará” (Mateus 6.5,6). Jesus ensinou acerca disso, porque os líderes religiosos
de sua época gostavam das orações em lugares públicos para chamarem a atenção
(Mateus 6.5,6). Na oração Jesus ensinou que os filhos de Deus devem ter um momento
intimo com o Pai (Mateus 6.3).
Na vida de Jesus e de seus discípulos, a oração era algo
habitual. Entre eles a oração era uma prática habitual (Lucas 5.16; Atos 3.1). Na
oração diária nos faz buscar a face de Deus.
É de fundamental importância que o suplicante conheça
profundamente a quem Ele está recorrendo e dirigindo suas orações, e como está
sua vida diante de Deus a fim de que possa ser atendido: Eis que a mão do
SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado o seu
ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem separação entre
vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que
não vos ouça. (Isaías 59.1.2). A Bíblia nos revela que Deus é amor,
misericórdia, longanimidade, bondade, fidelidade e justiça. Portanto, o
conhecimento de tais atributos divinos é imprescindível para orarmos a Deus com
entendimento e sermos respondidos por Ele quando lhe suplicamos em oração.
Quanto mais conhecermos a Deus, melhor compreenderemos e aceitaremos a sua
vontade para nós. Quando oramos devemos em primeiro lugar saber se tanto nós como
nossa vida de oração está na vontade de Deus, porque segundo a bíblia tem
muitas orações que não são respondidas por Deus. Como a Orações dos egoístas (Tiago
4.3). O apóstolo Tiago afirma que pedidos egoístas, que visam interesses
próprios, não são respondidas por Deus. Eles estão fora da vontade divina, pois
contrariam o desejo D’Ele de que seus filhos sejam altruístas. Na verdade, tais
pedidos refletem uma natureza ainda não regenerada, pois o coração daquele que
foi transformado por Deus pensa primeiro no próximo. Nisto todos conhecerão que
sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros. (João 13.35). O patriarca
Jó após conhecer Deus com mais intimidade, intercedeu por seus amigos (Jó
42.10).
Muitos oram a Deus buscando o reconhecimento humano, isso a
bíblia chama de orações por posição social (Mateus 20.17-28). Honras, glórias,
poder, dinheiro, enfim, coisas que satisfaçam seu ego humano. Um exemplo disso
foi á mãe dos filhos de Zebedeu quando pediu a Jesus um lugar de destaque para
seus filhos, porém Jesus respondeu que não competia a Ele outorgar essa
posição, mas ao Pai (Mateus 20.21,22).
Orações hipócritas (Mateus 6.5,6). Algumas pessoas pensam que
podem enganar a Deus com uma aparência de piedade, fingindo ser espiritual, um
“homem” ou “mulher de oração”. Esquecem-se de que Deus é o maior conhecedor das
motivações humanas: Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua
aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque o tenho rejeitado;
porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos
olhos, porém o Senhor olha para o coração. (I Samuel 16.7). Jesus por diversas
vezes reprovou o comportamento hipócrita e mentiroso. O Senhor ama a verdade e
a sinceridade. É melhor ser sincero como aquele publicano foi em sua oração, do
que aquele fariseu, cheio de si mesmo pelos os atos que fazia, pois aquele teve
sua oração atendida é atendida é aquele que rasga o peito com grande explosão
de sinceridade como aquela do publicano: O publicano, porém, estando em pé, de
longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo:
Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado
para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será
humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado. (Lucas
18.13,14). Portanto se o crente ora com egoísmos, hipocrisias e visando status social,
fique ciente que ele não será atendido por Deus.
Não há limite para o crente quando ele viver em oração, na
bíblia há uma grande alerta para todos
nós sobre a oração temos em I Pedro 4.7. A Palavra de Deus admoesta-nos a orar
sem cessar (I Tessalonicenses 5.17), sem prejuízo de nossas atividades diárias,
tendo em vista que são muitas as formas de orar. Vejamos. Orar por si próprio.
Ninguém melhor do que nós próprio para conhecer as nossas necessidades
espirituais, sociais, afetivas, familiares, econômicas e físicas. Há
necessidades que, por sua natureza e estratégias espirituais, não podem ser do
conhecimento de mais ninguém, devendo orar ao Senhor no nosso próprio íntimo.
Orar pelos amigos. Nem todo crente se comporta como o
patriarca Jó, que estando sob severo sofrimento e com necessidades múltiplas,
dedicava um tempo em suas orações para orar pelos seus amigos (Jó 42.10).
Orar pelos inimigos. Essa é uma tarefa muito difícil que
demanda muito amor, é renunciar a si mesmo, para viver o propósito de agradar a
Deus, obedecer a sua Palavra e dominar seu próprio coração (Mateus 5.44; Romanos
12.14). Nesse propósito de agradar a Deus, Jesus deixou o seu exemplo (Lucas
23.34; I Pedro 2.23).
Orar pela igreja de Deus. O profeta Samuel orou pelo povo de
Deus (I Samuel 7.5-14). O apóstolo Paulo em suas orações foi um intercessor
exemplar à medida que orava pelas diferentes igrejas, apresentando as suas
necessidades específicas (Filipenses 1.1-7,9; Romanos 1.8-12; Efésios 1.16).
Orar por todos os homens e pelas autoridades constituídas. A
Igreja de nosso Senhor Jesus Cristo, por meio de seus lideres, sempre se
dedicou à oração. Todo crente se sente confortado e confiante, tendo a certeza
das orações intercessórias de seus lideres, inclusive nas reuniões
congregacionais, dedicadas à oração. O apóstolo Paulo recomendou ao obreiro
Timóteo: “Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações,
intercessões e ações de graças por todos os homens” (I Timóteo 2.1,2). A oração
na vida do crente o torna sensível às necessidades dos que lhe rodeiam e dos
que estão distantes, sejam eles conhecidos ou não e em qualquer esfera social,
como, por exemplo, o profeta Eliseu (II Reis 4.12-36).
Quando o apóstolo Paulo recomendou a Timóteo: que se façam
deprecações, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens, (I
Timóteo 2.1,2). Era que Paulo foi um líder que estava em contínua e constante
oração, dia e noite (I Tessalonicenses 3.10). Ele exortou os crentes de
Tessalônica a “orar sem cessar” (I Tessalonicenses 5.17). Paulo gostava de
estar com os irmãos em oração: Ele orou com muitas irmãs (Atos 16.13). Com os
anciãos (At 20.36). E com um grupo de discípulos em Tiro (Atos 21.5). Não temos
dúvidas de que Paulo foi um grande intercessor! Todavia, ele não somente orava,
mas também rogava que outros irmãos orassem por ele. Repetidas vezes ele rogava
as orações dos irmãos: “Ajudando-nos também vós, com orações, por nós...” (II
Coríntios 1.11). “Orando também juntamente por nós...” (Colossenses 4.3).
As epístolas paulinas jogo de imediato mostra depois que Cristo se revelou a Paulo, na
estrada de Damasco, diz-se
sobre Paulo: “...ele
está orando” (At 9.11).
Depois desse encontro, pela
primeira vez em sua vida,
descobriu o que a oração
realmente significa, tão profunda
foi a transformação de seu coração, efetuada
pela conversão. Que desse momento
em diante Paulo foi um homem dedicado à oração.
Na oração o Senhor lhe
falava (Atos 22.17). Para Paulo, a oração significava ação de
graças, intercessão, o sensor da
presença de Deus (I
Tessalonicenses 1.2; Efésios 1.16). Ele
descobriu que o
Espírito Santo o
ajudava em oração,
quando constantemente ele o
procurar pra saber e
fazer a vontade
de Deus (Romanos 8.14.26). Em
sua experiência havia uma
íntima ligação entre a oração e a
inteligência cristã (I Coríntios
14.14-19). A oração,
no conceito do apóstolo,
é algo absolutamente
essencial para o crente (Romanos
12.12). A armadura do
crente (Efésios 6.13-18) inclui
a oração que
Paulo descreve como
“toda oração”, em
“todo tempo”, com “toda
perseverança” a favor de
“todos os santos” (v. 18).
Paulo sempre praticou aquilo
que ele pregava (Romanos 1.9;
Efésios 1.16; I Tessalonicenses 1.2); isso
explica sua insistência sobre
a oração quando escrevi; para
seus irmãos na
fé (Filipenses 4.6; Colossenses 4.2). Em suas
epístolas, Paulo aparece
constantemente a referir-se à
oração, e é instrutivo examinar algumas de suas orações, por causa do
conteúdo das mesmas.
Quando Paulo escreveu aos Romanos (Romanos 1.8-12).
Ao nosso entendimento sobre a oração cristã Paulo contribuiu no fato
que ele estabeleceu
a conexão entre a oração e o
Espírito Santo. A oração é de fato um dom
do Espírito (I Coríntios
14.14-16).
Paulo era um líder que cultivava a prática da oração. Por
meio da oração ele obteve revelações do Senhor e desenvolveu um piedoso zelo
pela ordem na igreja. E não somente Paulo que cultivava a prática da oração. No
livro de Atos, encontramos vários outros exemplos de líderes que oravam: Pedro
e João (Atos 3.1; 8.14-17). Os Doze (Atos 6.2,4). Pedro (Atos 9.40; 10.9-11).
Paulo e Barnabé (Atos 14.23). Paulo e Silas (Atos 16.16,25). Paulo (Atos 20.36;
21.5; 22.17). A bíblia sempre mostrou a dedicação integral de oração de seus
líderes.
Ao examinar Atos dos apóstolos escrito por Lucas, vemos nesse
livro um excelente elo entre
os evangelhos e as epístolas,
visto que, em Atos, a igreja apostólica
tinha posto em
efeito o ensinamento de nosso Senhor acerca da oração. A igreja nasceu na
atmosfera de oração
(Atos 1.4). Em resposta
à oração, o Espírito
foi derramado sobre
ela (Atos 1.4; 2.4). A oração
continuou sendo a
atmosfera nativa da igreja
(Atos 2.42; 6.4,6). Permanecia no pensamento da igreja uma
íntima conexão entre
a oração e a presença e o poder
do Espírito (Atos 4.31). Lucas nos
mostra que a Igreja Primitiva era uma comunidade de oração. Os discípulos
oravam enquanto esperam pelo Espírito Santo (Lucas 24.53; Atos 1.14). E depois da
vinda Espírito Santo as principais práticas da igreja eram resumidas entre
“ensinar”, “dividir os bens”, “distribuir o pão” e principalmente a “oração”
(2.42-45). Na igreja as orações eram perseverantes e dotada de uma concordância
(Atos 1.14; 2.42,46). Nos tempos de crise a igreja lançava mão do
recurso da oração
(Atos4.23s; 12.5,12). Por todo o
livro de Atos os líderes da igreja aparecem
como Homens de oração (Atos
9.40; 10.9; 16.25; 28.8).
Os quais exortam aos crentes que orem consigo (Atos 20.28,36; 21.5).
Eram decisivas nas decisões (Atos 1.24). Na libertação (Atos 4.24; 12.5; 16.25).
Na confiança (Atos 7.60). A oração também
está associada à prática da imposição de mãos, sobre indivíduos ou grupos (Atos
6.6; 8.14-17).
A oração é a chave que abre os céus, ela é ouvida e atendida
pelo Senhor nosso Deus. Ele responde às orações daqueles que o temem (Salmo
145.19). Para esses, o seu ouvido não está agravado, mas aberto (II Crônicas
7.15; Isaias 59.1). Jesus ensinou a respeito de um Pai amoroso que está sempre
pronto a dar boas dádivas a seus filhos e incentivou seus discípulos a pedir e
buscara Deus, incessantemente, sem desfalecer (Lucas 11.9; 18.1-7), porque Deus
ouve e vê até o que está em secreto (Mateus 6.6; João 9.31). Portanto, se somos
um filho obediente ao nosso Pai, estejamos certo de que nossas orações estão
subindo diante D’ele: E, havendo tomado o livro, os quatro animais e os vinte e
quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles harpas e
salvas de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos. (Apocalipse 5.8).
E logo serão respondidas. Aguarde e confie!. E esta é a confiança que temos
nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se
sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que alcançamos as petições
que lhe fizemos. (I João 5.14,15).
Na oração devemos sempre interceder. A palavra “intercessão”
vem do termo grego “entugchano” que significa “apelar”, “pleitear”, “fazer
intercessão”, “orar”. A intercessão foi um fator nos tempos patriarcais (Gênesis
18.22s.). A intercessão se fez especialmente proeminente nas orações de Moisés
(Êxodo 32.11-13,31; 33.12-16; 34.9; Números
11.11-15; 14.13-19; 21.7; Deuteronômio 9.18-21; 10.10; Deuteronômio 30 ). Nas orações
de Arão (Números 6.22-27). De Samuel (I Samuel 7.5-13; 12.19,23). De Salomão (I Reis 8.22-53). E de Ezequias
(II Reis 19.14-19). Também acompanhou as
intercescessões de Ló (Gênesis 19.17-23). De Abraão (Gênesis 20.17). De Moisés
(Êxodo 9.27-33; Números 12.9s.). E de Jó (Jó 42.8,10). A intercessão era forte
relação pessoal com Deus, em que se encontravam aqueles mediadores.
Quando olhamos para Antigo Testamento. Observamos que entre o
povo de Israel havia muitos homens fiéis, amorosos e dedicados, na perseverança
em oração a Deus por seus irmãos e pela nação inteira como já falamos, homens
como Samuel. (I Samuel 7.8,9; 12.19-25), Moisés (Êxodo 32.11-14, 30-32; Deuteronômios
9.13-19), Jeremias (14.19-22), Esdras (Esdras 9.6-15), Daniel (Daniel 9.3-19) e
tantos outros que nos servem como exemplo. O próprio Deus menciona nominalmente
homens como Samuel e Moisés como intercessores (Jeremias 15.1). Estes homens
santos se afligiam com o pecado do povo, sentiam a necessidade do perdão divino
e choravam diante de Deus, suplicando-lhe uma solução. Por isso Deus nos ensina
em sua palavra: Lembrai-vos dos presos, como se estivésseis presos com eles, e
dos maltratados, como sendo-o vós mesmos também no corpo. (Hebreus 13.3)
A intercessão sempre fez parte de toda bíblia, o Novo
Testamento mostra que Deus continuou o ministério da intercessão perante, e
como cabeça de ministério Jesus é o primeiro exemplo (João 17). Porque vinham gente
de toda parte ao encontro de Jesus pedindo por seus parentes, amigos e servos
(Marcos 5.22-43; 10.13; João 4.46-53). Jesus demonstrou a prática da
intercessão muitas vezes orando pelos perdidos (Lucas 19.10), por Jerusalém e
seus discípulos (João 17.6-26). Na igreja, a partir do livro de Atos e das
Epístolas há muitos e variados exemplos de intercessões em oração, nos quais há
grandes lições para a nossa vida cristã. A igreja é incentivada a orar uns
pelos outros (Tiago 5.16; Efésios 6.18). Ela deve habituar-se a interceder
pelas necessidades dos irmãos (Atos 12.5; 13.3). Na igreja, às vezes há grupos
que se organizam e se intitulam “Os Intercessores”, mas não perduram. O
verdadeiro intercessor não gosta de aparecer. Ele em si mesmo se compraz em
ver, mediante sua intercessão, o nome de Deus ser glorificado pelas bênçãos
concedidas. A intercessão pressupõe sofrer com os que sofrem; chorar com os que
choram. Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram; (Romanos
12.15)
O amor é o primeiro fruto do Espirito Santo (Gálatas 5.22). E
esse fruto “amor” deve ser demonstrado em todo o seu viver, inclusive em suas
orações intercessórias. Intercessão quer dizer orar a Deus em favor de outra
pessoa. A ordem de Deus aos seus filhos é orar por seus irmãos (Efésios
6.18,19), pela obra de Deus (Mateus 9.38), pelas autoridades constituídas (I Timóteo
2.1.2) e até mesmo pelos inimigos (Mateus 5.44). Nos dias atuais. A Bíblia nos
ensina que é dever do crente orar pelos outros (I João 5.16; I Timóteo 2.1,8;
Efésios 6.18; Tiago 5.16). Contudo, não é só um dever, mas principalmente um
privilégio e um canal de bênção. Aquele que persevera em orar pelos outros,
Deus levanta intercessores para orar por ele e, assim, todos são abençoados. A
oração intercessória enquadra-se na verdade bíblica: “Mais bem-aventurada coisa
é dar do que receber” (Atos 20.35). Quem ora, se coloca diante de Deus, entra
em sua presença e nunca sai deste encontro da mesma forma que entrou. Ser alvo
de uma oração é gratificante; orar é glorioso. A prática de estar com Deus em
oração, muda o homem (Gênesis 32.22-32). As pessoas conseguem perceber a
diferença daquele que cultiva a comunhão com Deus. Moisés que Deus falava com
ele face a face (Êxodo 34.29-35; Números 12.1-7). Abraão que Deus lhe chamava
de amigo (Isaías 41.8). Dentre os discípulos de Jesus, três conviveram mais com
Ele; e dentre os três, um era-lhe ainda mais chegado, tão chegado que reclinado
á cabeça no seio de Jesus. (João 13.23.25). O Senhor falou em acabar com o povo
de Israel e através de Moisés da iniciar a outro povo (Êxodo 32.7-14). O amor
que Moisés tinha por aquelas pessoas, que com tanto zelo e devoção eram
conduzidas por ele, dominava o seu ser. Esse amor o levou a rejeitar a proposta
de Deus, e interceder pelo povo que havia desprezado a Deus e ao próprio Moisés
(Êxodo 32.1,4). Na mesma ocasião, esse servo de Deus pediu para ser riscado do
livro divino, caso o Senhor não perdoasse seus povo (Êxodo 32.30-32). Um fato
semelhante é o de Jó, que em meio as provações, necessidade e graves problemas
de saúde, intercedia diante de Deus por seus “amigos” (Jó 42.10). O apóstolo
Paulo, com profundo amor pelo seu povo e anseio por sua salvação, afirmou que
abriria mão de sua própria salvação em favor deles (Romanos 9.3). Jesus,
cravado na cruz, sofrendo as mais terríveis dores, intercedeu por seus algozes
(Lucas 23.33,34), e pelo ladrão arrependido que estava crucificado ao seu lado
(vv. 40-43).
Devemos orar a Deus.
São muitos os textos bíblicos que lembram, ensinam, advertem e estimulam o
homem a buscar a Deus, em oração em todo o tempo (Deuteronômio 4.29,30; I Crônicas
16.4; Salmo 119.2; Jeremias 29.1 3; Efésios 6.18). A Bíblia ensina que devemos orar
somente a Deus e a mais nenhum outro ser além D’ele, pois não há nenhum outro
deus além do nosso, que possa ouvir e responder às nossas orações: Porque,
quando Deus fez a promessa a Abraão, como não tinha outro maior por quem
jurasse, jurou por si mesmo, (Hebreus 6.13). Vós sois as minhas testemunhas,
diz o Senhor, e meu servo, a quem escolhi; para que o saibais, e me creiais, e
entendais que eu sou o mesmo, e que antes de mim deus nenhum se formou, e
depois de mim nenhum haverá. Eu, eu sou o Senhor, e fora de mim não há
Salvador. (Isaías 43.10,11). Aliás, a Palavra de Deus condena a adoração e a
oração a qualquer outro ser que não seja o Deus Eterno, Criador, Sustentador do
universo e Redentor da humanidade (Êxodo 20.3; Deuteronômio 6.4; Isaías
44.8-20). Tudo isso, já representa um bom e grande motivo para o crente orar (Filemom
v.4; Lucas 2.37,38). Quando tudo está bem. Não há dúvida de que devemos orar em
todo tempo e em qualquer circunstância (Efésios 6.18; I Timóteo 2.1-3; Salmo
118.5). Jesus ensinou essa verdade dando seu exemplo aos discípulos (Marcos
6.45-48; Lucas 22.39-46).
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