Adilson Francisco dos santos. Estudos Apologéticos
O QUE A BÍBLIA NOS DIZ SOBRE O SEIO
DE ABRAÃO?
E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos
para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado. Lucas 16,22
Quanto ao Seio de Abraão esse é um tema bem complexo para
muitos, pois há uma serie de interpretações, crenças e descrenças sobre tal
assunto, há aqueles que acreditam no “Céu e Inferno” de uma forma Literal e
outros que acreditam apenas que tanto um como o outro seja figurativo, ou seja,
nem a Alma do Justo vai para os Céus e nem a Alma do ímpio vai para o Inferno.
A Igreja Católica por ver uma falta de crendice tanto para o
“Céu como para o Inferno” pronunciou como dogma de fé, pois assim evitam
qualquer tipo de heresia dentro do próprio Catolicismo, a respeito dessa
crença, e incredulidade de alguns, Santa Faustina diz, “A maioria das Almas que
estão no inferno são daqueles que não acreditavam na existência dele”.
Quando estudamos a palavra de Deus observamos, que alguns textos
bíblicos causam muita confusão na mente de alguns cristãos. Um desses textos é
o de Lucas 16,22, sobre a expressão, “Seio de Abraão”.
Sabemos que essa expressão é mencionada apenas uma vez no
Novo Testamento, que é em Lucas 16.22: Vejamos: “Aconteceu que morrer o mendigo
e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico e foi
sepultado.”. Nesse contexto Jesus está contando uma história sobre dois
individuo um rico e outro pobre, onde os dois morrem e um deles foi levado
pelos anjos para o, “seio de Abraão” e o outro para o inferno. Sobre o seio de
Abraão a muitas interpretações, muitos crer que no céu a uma espécie de
antessala. Mais tal interpretação é absurda. Segundo a bíblia Sabemos que não
existem lugares intermediários para os que morrem, ou estão no inferno ou no
céu. Porque quanto a isso Jesus foi bem claro ao afirmar: “Quem crer nele
não é condenado; mas quem não cré já está condenado, por quanto não crê no nome
do unigênito Filho de Deus” (João 3,18).
A expressão seio de Abraão na história do rico e Lázaro
designa o céu. Observe o rico que estava no inferno (Lucas 16.23). E Lázaro, o
mendigo, no seio de Abraão, ou seja, no céu. O rico aparece no inferno e não em
um lugar intermediário, como muitos crê, porque se assim force, nós era
obrigados a crer que existe, “purgatório e Limbo”, como um lugar intermediário,
um lugar de espera, lugar de solução, onde o individuo tem uma segunda chance
algo que não acontece segundo a palavra de Deus, por isso que Lucas nos mostra
que Abraão e Lázaro, o mendigo, não estavam em um lugar intermediário? Mais
sim, num lugar definitivo, ou, seja, seio de Abraão, expressão essa que designa
o céu, lugar de gozo, “Disse-lhe o seu senhor: Bem esta, bom e fiel servo!
Sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu
senhor!” (Mateus 25,23). Local esse onde Abraão e os servos de Cristo se
encontram.
Nos tempos antigos, em Israel era comum as pessoas fazerem
suas refeições reclinadas uma na outra. No tempo de Jesus não foi diferente, na
última ceia junto aos discípulos, quando eles se sentavam em volta à mesa, eles
não se sentavam em cadeiras, eles se colocavam sobre travesseiros (uma espécie
de almofadas da época). E essa posição permita que eles pudessem se inclinar e
descansar sua cabeça sobre o ombro ou o peito da pessoa que estava ao seu lado.
Um exemplo disso está no evangelho de João, onde por ocasião da ceia com Jesus,
João aparece reclinado em seu seio, ou, seja, peito (João 21.20). Assim, quando
Lázaro foi levado pelos anjos ao seio de Abraão, significa que ele tomou parte
do banquete celestial no céu, onde Abraão e outros servos de Deus estão. Ele
estava reclinado no “peito” de Abraão, ou, seja, no gozo de seu Senhor,
colhendo as bênçãos de estar no céu.
Quando o cristão experimenta a “morte física”, parte para as
moradas celestiais, (João 14,1-3). Sua alma não fica vagando de um lugar para
outro, pelo contrário, ele é conduzido ao lugar de descanso, de gozo, em
profunda segurança diante de Deus, para assim receber seu galardão: Bom e fiel
servo! Sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do
teu senhor!” (Mateus 25,23). Seio de
Abraão é a morada eterna que está preparada, nos céus, para o que vencer,
(Apocalipse 21,7)..
O termo “adormecer no Senhor”, é usado como uma metáfora a
“morte do cristão” e está baseado na colocação do apóstolo Paulo na primeira
carta aos Tessalonicenses 4.13:
“Não desejamos, no entanto, irmãos, que sejais ignorantes em
relação aos que já dormem no Senhor, para que não vos entristeçais como os
outros que não possuem a mesma esperança”.
A morte física não é o fim, mas o começo de uma nova vida. “Preciosa
é a vista do Senhor a morte dos seus santos,” (Salmos). Ela apernas leva os
salvos em Jesus ao goza de Deus: "Deus não é injusto; ele não se esquecerá da
vossa obra, e do trabalho e do amor que para com o seu nome mostraste" (Hebreus
6,10). A morte eterna não alcança aqueles que estão salvos em Jesus, que um dia,
em vida na terra, receberam e reconheceram a Cristo como Senhor e Salvador, a
partir desse momento eles passaram a ser habitados pelo Espírito Santo em uma
nova vida, selados: “Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da
verdade, o evangelho da vossa salvação; e tendo
nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa”
(Efésios 1,13)..
Quando Lucas em seu evangelho narrou á história do Rico e
Lázaro, e sobre o “Seio de Abraão”
Lucas 16.19-31. Ele nos conta que havia dois homens, um rico que usufruía de
todas as regalias que as riquezas terrenas podem oferecer e o outro era um
mendigo, doente, que dependia das migalhas que porventura viessem a cair da
mesa do Rico.
Nessa história narrada por Lucas observamos que salvação ou
condenação não estavam nas condições da vida social de cada um deles, mas no
estado que se encontrava o coração de ambos. “O homem bom tira boas coisas do
bom tesouro do seu coração, e o homem mau do seu mau tesouro tira coisas más”.
(Mateus 12,24). Ali os dois homens experimentaram a morte, o rico foi para o
“Hades” – onde em seguida aparece em tormento, e Lázaro foi conduzido pelo o
anjo ao “Seio de Abraão”. Ou, seja, ao gozo eterno.
Nessa história Jesus não estava entrando em um assunto
complexos e muito menos Ele tinha a intensão de confundir aos seus ouvintes,
sobre Reino de Deus, e o reino das trevas, no momento a mensagem estava sendo
anunciada: salvação, condenação, galardão, esperança e consolo. Fazia parte da
mensagem. “Porque Deus não é Deus de confusão.” (I Coríntios 14,33).
Estar no “Seio de Abraão” significa a condição de “estar junto
a alguém”, "Ao vencedor darei o direito de sentar-se comigo em meu trono”,
(Apocalipse 3,21). Essa frase aparece mais de uma vez no Novo Testamento é uma
colocação costumeiramente usada no restante da Bíblia.
Estar no “Seio de Abraão” é estar no lugar de repouso.
“Porque nós os que temos crido, entramos no repouso” (Hebreus 4,3). No descanso
e refrigério de Deus, é ali para onde vão todos os justos após a morte na terra.
“Seio de Abraão”. É mais do que um lugar. É esta no gozo de seu senhor!”,
(Mateus 25,23). E esse gozo que trás um refrigério para os salvos é tão bom que
Paulo diz: “Porque pra mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho”. “Mas de ambo os lados estou em aperto, tendo
desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor”:
(Filipenses 1,21,23).
Lázaro na condição de justo estava no seio de Abraão, porque junto significando está no lugar de gozo na
presença de Deus.
Na mente dos rabinos as
imagens que Jesus usou na história do Rico e Lázaro, são paralelas pra eles o
Sheol tinha duas partes, uma para as almas dos justos e outra para as almas dos
ímpios separadas por um grande abismo. Mas não há razão para supor, como eles
pensam, que a expressão "seio de Abraão" falava de uma prisão
temporária, para as almas dos santos do Antigo Testamento, que foram levadas ao
céu somente depois de Cristo ter realmente expiado os pecados deles. A presença
de Moisés e Elias no monte da transfiguração falando com Jesus (Mateus 17.3)
contradiz os pensamentos dos rabinos de que eles estavam confinados a um
compartimento do Sheol, onde permaneceriam até que Cristo completasse a sua
obra.
A Escritura ensina de maneira clara e consistente que o espírito
dos justos mortos vai diretamente para a presença de Deus (Lucas 23.43; II Coríntios
5.8; Filipenses 1.23). Já o dos ímpios para o tormento eterno (Lucas 16.24).
Cristo retratou o inferno (Hades) como um lugar onde o.
indescritível tormento já havia começado.
Entre as misérias relatadas, de fogo inextinguível (Mateus 25.46). Onde o
condenado clama por misericórdia (Lucas 16.24). Onde a consciência acusadora é alimentada
por lembranças eternas de oportunidade perdida aqui na terra (v.25). E
separação permanente e irreversível de Deus e de tudo o que é bom (Lucas
16.27).
Portanto, o Seio de Abraão é o lugar para onde se reúnem as
almas dos justos, considerados salvos, porque levaram uma vida segundo os
ensinamentos de Deus. O seio de Abraão, também é chamado de Seio do Pai, é um
lugar celestial. Portanto, o Seio de Abraão é igual ao regaço do Pai: um lugar
de repouso celestial, e um local de descanso do labor desta vida (Isaías
40,10-11).
A morte física do ímpio é desesperadora porque a sua alma vai
para o inferno (Hades ou Seol). Só a alma do salvo é que vai para o seio de
Abraão (Jó 21.13). O Seio de Abraão está reservado para os filhos de Deus,
também chamados de “filhos da Luz do Evangelho de Cristo” – (I Tessalonicenses
5.5). Uma das mensagens de Jesus foi não investir nas coisas do mundo, pois os
tesouros aqui juntados não poderão ser levados para o Seio de Abraão (pelos
salvos), e nem para o inferno (Hades ou Seol) pelos ímpios (Mateus 6.19). Jesus
recomenda ajuntar tesouros nos Céus (isto é, investir no Reino de Deus). Pois
isso terá galardões, quando estivemos
diante de Jesus (Mateus 6.20).
Sabemos que aqueles que aqui na terra vivem e morreram emproo
do Reino de Deus, sua participação será no Céu e o seu galardão estará
reservado pelo próprio Jesus Cristo. (Mateus 5,12). O lugar de sua alma será o
Seio de Abraão, até o arrebatamento da Igreja (Mateus 6.21). Mais com isso não
podemos crê que o seio de Abraão é uma morada intermediária, uma espécie de
antessala no céu, onde aqueles que serviram a Jesus, esperarão. Porque se assim
force, também tínhamos por obrigação de crer que o inferno pra onde o rico foi
era uma espécie de antessala do inferno, onde ele estava aguardando uma segunda
chance. Entre o céu e a terra só há um lugar intermediário, ou, seja, a própria
terra, (I Timóteo 2,4). Jesus foi bem claro quando afirmou aquele malfeitor que
estava ao seu lado na cruz: “Em verdade de digo que hoje estarás comigo no
paraíso” (Lucas 23,43). Ele pela fé entrou no seio de Abraão, ou seja, no gozo
de seu Senhor e Rei.
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