segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

O QUE A BÍBLIA NOS DIZ SOBRE O SEIO DE ABRAÃO?

 

Adilson Francisco dos santos. Estudos Apologéticos

O QUE A BÍBLIA NOS DIZ SOBRE O SEIO DE ABRAÃO?

 

E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado. Lucas 16,22

Quanto ao Seio de Abraão esse é um tema bem complexo para muitos, pois há uma serie de interpretações, crenças e descrenças sobre tal assunto, há aqueles que acreditam no “Céu e Inferno” de uma forma Literal e outros que acreditam apenas que tanto um como o outro seja figurativo, ou seja, nem a Alma do Justo vai para os Céus e nem a Alma do ímpio vai para o Inferno.

A Igreja Católica por ver uma falta de crendice tanto para o “Céu como para o Inferno” pronunciou como dogma de fé, pois assim evitam qualquer tipo de heresia dentro do próprio Catolicismo, a respeito dessa crença, e incredulidade de alguns, Santa Faustina diz, “A maioria das Almas que estão no inferno são daqueles que não acreditavam na existência dele”.

Quando estudamos a palavra de Deus observamos, que alguns textos bíblicos causam muita confusão na mente de alguns cristãos. Um desses textos é o de Lucas 16,22, sobre a expressão, “Seio de Abraão”.

Sabemos que essa expressão é mencionada apenas uma vez no Novo Testamento, que é em Lucas 16.22: Vejamos: “Aconteceu que morrer o mendigo e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico e foi sepultado.”. Nesse contexto Jesus está contando uma história sobre dois individuo um rico e outro pobre, onde os dois morrem e um deles foi levado pelos anjos para o, “seio de Abraão” e o outro para o inferno. Sobre o seio de Abraão a muitas interpretações, muitos crer que no céu a uma espécie de antessala. Mais tal interpretação é absurda. Segundo a bíblia Sabemos que não existem lugares intermediários para os que morrem, ou estão no inferno ou no céu. Porque quanto a isso Jesus foi bem claro ao afirmar: “Quem crer nele não é condenado; mas quem não cré já está condenado, por quanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus” (João 3,18).

A expressão seio de Abraão na história do rico e Lázaro designa o céu. Observe o rico que estava no inferno (Lucas 16.23). E Lázaro, o mendigo, no seio de Abraão, ou seja, no céu. O rico aparece no inferno e não em um lugar intermediário, como muitos crê, porque se assim force, nós era obrigados a crer que existe, “purgatório e Limbo”, como um lugar intermediário, um lugar de espera, lugar de solução, onde o individuo tem uma segunda chance algo que não acontece segundo a palavra de Deus, por isso que Lucas nos mostra que Abraão e Lázaro, o mendigo, não estavam em um lugar intermediário? Mais sim, num lugar definitivo, ou, seja, seio de Abraão, expressão essa que designa o céu, lugar de gozo, “Disse-lhe o seu senhor: Bem esta, bom e fiel servo! Sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor!” (Mateus 25,23). Local esse onde Abraão e os servos de Cristo se encontram.

Nos tempos antigos, em Israel era comum as pessoas fazerem suas refeições reclinadas uma na outra. No tempo de Jesus não foi diferente, na última ceia junto aos discípulos, quando eles se sentavam em volta à mesa, eles não se sentavam em cadeiras, eles se colocavam sobre travesseiros (uma espécie de almofadas da época). E essa posição permita que eles pudessem se inclinar e descansar sua cabeça sobre o ombro ou o peito da pessoa que estava ao seu lado. Um exemplo disso está no evangelho de João, onde por ocasião da ceia com Jesus, João aparece reclinado em seu seio, ou, seja, peito (João 21.20). Assim, quando Lázaro foi levado pelos anjos ao seio de Abraão, significa que ele tomou parte do banquete celestial no céu, onde Abraão e outros servos de Deus estão. Ele estava reclinado no “peito” de Abraão, ou, seja, no gozo de seu Senhor, colhendo as bênçãos de estar no céu.

Quando o cristão experimenta a “morte física”, parte para as moradas celestiais, (João 14,1-3). Sua alma não fica vagando de um lugar para outro, pelo contrário, ele é conduzido ao lugar de descanso, de gozo, em profunda segurança diante de Deus, para assim receber seu galardão: Bom e fiel servo! Sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor!” (Mateus 25,23).  Seio de Abraão é a morada eterna que está preparada, nos céus, para o que vencer, (Apocalipse 21,7)..

O termo “adormecer no Senhor”, é usado como uma metáfora a “morte do cristão” e está baseado na colocação do apóstolo Paulo na primeira carta aos Tessalonicenses 4.13:

“Não desejamos, no entanto, irmãos, que sejais ignorantes em relação aos que já dormem no Senhor, para que não vos entristeçais como os outros que não possuem a mesma esperança”.

A morte física não é o fim, mas o começo de uma nova vida. “Preciosa é a vista do Senhor a morte dos seus santos,” (Salmos). Ela apernas leva os salvos em Jesus ao goza de Deus: "Deus não é injusto; ele não se esquecerá da vossa obra, e do trabalho e do amor que para com o seu nome mostraste" (Hebreus 6,10). A morte eterna não alcança aqueles que estão salvos em Jesus, que um dia, em vida na terra, receberam e reconheceram a Cristo como Senhor e Salvador, a partir desse momento eles passaram a ser habitados pelo Espírito Santo em uma nova vida, selados: “Em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e tendo  nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa” (Efésios 1,13)..

Quando Lucas em seu evangelho narrou á história do Rico e Lázaro, e sobre o   “Seio de Abraão” Lucas 16.19-31. Ele nos conta que havia dois homens, um rico que usufruía de todas as regalias que as riquezas terrenas podem oferecer e o outro era um mendigo, doente, que dependia das migalhas que porventura viessem a cair da mesa do Rico.

Nessa história narrada por Lucas observamos que salvação ou condenação não estavam nas condições da vida social de cada um deles, mas no estado que se encontrava o coração de ambos. “O homem bom tira boas coisas do bom tesouro do seu coração, e o homem mau do seu mau tesouro tira coisas más”. (Mateus 12,24). Ali os dois homens experimentaram a morte, o rico foi para o “Hades” – onde em seguida aparece em tormento, e Lázaro foi conduzido pelo o anjo ao “Seio de Abraão”. Ou, seja, ao gozo eterno.

Nessa história Jesus não estava entrando em um assunto complexos e muito menos Ele tinha a intensão de confundir aos seus ouvintes, sobre Reino de Deus, e o reino das trevas, no momento a mensagem estava sendo anunciada: salvação, condenação, galardão, esperança e consolo. Fazia parte da mensagem. “Porque Deus não é Deus de confusão.” (I Coríntios 14,33).

Estar no “Seio de Abraão” significa a condição de “estar junto a alguém”, "Ao vencedor darei o direito de sentar-se comigo em meu trono”, (Apocalipse 3,21). Essa frase aparece mais de uma vez no Novo Testamento é uma colocação costumeiramente usada no restante da Bíblia.

Estar no “Seio de Abraão” é estar no lugar de repouso. “Porque nós os que temos crido, entramos no repouso” (Hebreus 4,3). No descanso e refrigério de Deus, é ali para onde vão todos os justos após a morte na terra. “Seio de Abraão”. É mais do que um lugar. É esta no gozo de seu senhor!”, (Mateus 25,23). E esse gozo que trás um refrigério para os salvos é tão bom que Paulo diz: “Porque pra mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho”.  “Mas de ambo os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor”: (Filipenses 1,21,23).

Lázaro na condição de justo estava no seio de Abraão, porque  junto significando está no lugar de gozo na presença de Deus.

 Na mente dos rabinos as imagens que Jesus usou na história do Rico e Lázaro, são paralelas pra eles o Sheol tinha duas partes, uma para as almas dos justos e outra para as almas dos ímpios separadas por um grande abismo. Mas não há razão para supor, como eles pensam, que a expressão "seio de Abraão" falava de uma prisão temporária, para as almas dos santos do Antigo Testamento, que foram levadas ao céu somente depois de Cristo ter realmente expiado os pecados deles. A presença de Moisés e Elias no monte da transfiguração falando com Jesus (Mateus 17.3) contradiz os pensamentos dos rabinos de que eles estavam confinados a um compartimento do Sheol, onde permaneceriam até que Cristo completasse a sua obra.

A Escritura ensina de maneira clara e consistente que o espírito dos justos mortos vai diretamente para a presença de Deus (Lucas 23.43; II Coríntios 5.8; Filipenses 1.23). Já o dos ímpios para o tormento eterno (Lucas 16.24).

Cristo retratou o inferno (Hades) como um lugar onde o. indescritível  tormento já havia começado. Entre as misérias relatadas, de fogo inextinguível (Mateus 25.46). Onde o condenado clama por misericórdia (Lucas 16.24). Onde a consciência acusadora é alimentada por lembranças eternas de oportunidade perdida aqui na terra (v.25). E separação permanente e irreversível de Deus e de tudo o que é bom (Lucas 16.27).

Portanto, o Seio de Abraão é o lugar para onde se reúnem as almas dos justos, considerados salvos, porque levaram uma vida segundo os ensinamentos de Deus. O seio de Abraão, também é chamado de Seio do Pai, é um lugar celestial. Portanto, o Seio de Abraão é igual ao regaço do Pai: um lugar de repouso celestial, e um local de descanso do labor desta vida (Isaías 40,10-11).

A morte física do ímpio é desesperadora porque a sua alma vai para o inferno (Hades ou Seol). Só a alma do salvo é que vai para o seio de Abraão (Jó 21.13). O Seio de Abraão está reservado para os filhos de Deus, também chamados de “filhos da Luz do Evangelho de Cristo” – (I Tessalonicenses 5.5). Uma das mensagens de Jesus foi não investir nas coisas do mundo, pois os tesouros aqui juntados não poderão ser levados para o Seio de Abraão (pelos salvos), e nem para o inferno (Hades ou Seol) pelos ímpios (Mateus 6.19). Jesus recomenda ajuntar tesouros nos Céus (isto é, investir no Reino de Deus). Pois isso terá  galardões, quando estivemos diante de Jesus (Mateus 6.20).

Sabemos que aqueles que aqui na terra vivem e morreram emproo do Reino de Deus, sua participação será no Céu e o seu galardão estará reservado pelo próprio Jesus Cristo. (Mateus 5,12). O lugar de sua alma será o Seio de Abraão, até o arrebatamento da Igreja (Mateus 6.21). Mais com isso não podemos crê que o seio de Abraão é uma morada intermediária, uma espécie de antessala no céu, onde aqueles que serviram a Jesus, esperarão. Porque se assim force, também tínhamos por obrigação de crer que o inferno pra onde o rico foi era uma espécie de antessala do inferno, onde ele estava aguardando uma segunda chance. Entre o céu e a terra só há um lugar intermediário, ou, seja, a própria terra, (I Timóteo 2,4). Jesus foi bem claro quando afirmou aquele malfeitor que estava ao seu lado na cruz: “Em verdade de digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23,43). Ele pela fé entrou no seio de Abraão, ou seja, no gozo de seu Senhor e Rei.

 

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