sexta-feira, 25 de outubro de 2019

PRA QUEM REALMENTE JESUS PREGOU LA NO HADES? PARA OS HOMENS REBELDES DOS DIAS DE NOÉ ENQUANTO SE PREPARAVA A ARCA? (I PEDRO 3.18-20; 4.6). OU PARA OS ANJOS CAÍDOS, OU SEJA, OS DEMÔNIOS? QUE ESTÃO CONFINADOS NO TÁRTARO? (II PEDRO 2.4; JUDAS V.6)


Adilson Francisco dos santos. Estudos Apologéticos.

PRA QUEM REALMENTE JESUS PREGOU LA NO HADES? PARA OS HOMENS REBELDES DOS DIAS DE NOÉ ENQUANTO SE PREPARAVA A ARCA? (I PEDRO 3.18-20; 4.6). OU PARA OS ANJOS CAÍDOS, OU SEJA, OS DEMÔNIOS? QUE ESTÃO CONFINADOS NO TÁRTARO? (II PEDRO 2.4; JUDAS V.6)

“Porque também Cristo morreu uma só vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; sendo, na verdade, morto na carne, mas vivificado no espírito; no qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão; os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava, nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas, isto é, oito almas se salvaram através da água.”

Muitos me perguntam sobre o texto de I Pedro 3.18-20; 4.6, será que Jesus foi pregar para os homens rebeldes dos dias de Noé? O foi pregar para os anjos caídos, ou seja, os demônios? Será que esses textos tem haver com os mesmos textos de II Pedro 2.4 e Judas v.6? Quanto a isso vamos analisar com mais cautela.

 “Porque também Cristo morreu uma só vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; sendo, na verdade, morto na carne, mas vivificado no espírito; no qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão; os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava, nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas, isto é, oito almas se salvaram através da água.” (I Pedro 3.18-20).

Quem são estes “espíritos em prisão”? Muitos estudiosos interpretam a palavra “espíritos” na passagem de I Pedro 3.19.20; 4.6, como sendo aqueles espíritos em prisão de II Pedro 2.4 e Judas v.6. No entanto, esta interpretação não tem nenhum fundamento na palavra de Deus, pela seguinte razão: a palavra de Deus não usa a graça e a misericórdia de Cristo para salvar ou pregar as boas novas, para anjos caídos, ou seja, para os demônios.

A palavra “espírito” que aparece em I Pedro 3.19.20; 4.6, é para designar pessoas mortas, num estado “desincorporado”. Para compreender o que significa “espíritos em prisão” temos de olhar à palavra de Deus para ver como é usada ou para quem é endereçada, e além disso, devemos considerando outras referências bíblicas relacionadas com o mesmo tema dos versículos de I Pedro. De fato a palavra de Deus não se refere apenas uma vez, mas duas vezes em I Pedro 3.19.20; 4.6. Mas o que significar “espírito em prisão”. Como já dissemos, não podem ser os anjos caídos, ou seja, os demônios, que aparece em (II Pedro 2.4 e Judas v.6). Mais sim pessoas mortas, num estado “desincorporado”, dos dias de Noé (I Pedro 3.19.20). Pessoas mortas, apesar de hoje em dia ser comum o uso no sentido de “homens mortos”, e não para designar seres angelicais, como diz em (II Pedro 2.4 e Judas v.6). 

Vamos dar uma analisada com mais detalhe no que diz Pedro: “Porque também Cristo morreu uma só vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; sendo, na verdade, morto na carne, mas vivificado no espírito; no qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão; os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava, nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas, isto é, oito almas se salvaram através da água.” (I Pedro 3:18-20). Primeiro, devemos observar, “Que Cristo morreu uma só vez pelos pecados” pecados de quem? Dos homens? Ou dos demônios? É obvio que dos homens, aqueles espíritos que estavam num estado “desencorporado”, dos dias de Noé, e não dos anjos caídos, ou seja, dos demônios, como alguns ensinam, porque quanto a eles diz Pedro na sua segunda carta: Porque, se Deus na perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno, os entregou as cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo (II Pedro 2.4). lançou no inferno, entregou as cadeias da escuridão, reservou para o juízo, então esta descartada que a decida de Cristo ao Hades não foi emproo deles. Segundo, o justo morre pelos injustos, para levar-nos a Deus; que tipo de anjos caídos, ou seja, de demônios Jesus sacrificaria sua vida para salvá-lo? Será que Jesus sendo justo morreria em seu lugar? E ainda mais, para levar-los a Deus? Onde Judas diz: “aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, Deus os tem reservado em prisões eternas na escuridão para o juízo do grande dia, (Judas v. 6-7). Terceiro, Jesus foi, e pregou aos espíritos em prisão; raciocine comigo, será que Jesus foi ao Hades para pregar o Evangelho para os anjos caídos, ou seja, para os demônios, pregar, quer dizer levar a mensagem das boas novas da salvação, que salvação pode ter um demônio? Jesus na sua missão terrena afirmou que eles não tinham nada com Ele (João 14.30). E da mesma forma os demônios afirmaram que não tinha nada com com Jesus (Mateus 8.29; Marcos 5.6.7). Diz a bíblia que Jesus não morreu em favor dos anjos e nem veio para salvar eles, mais sim,  a favor   da descendência de Abraão (Hebreus 2.16). Quarto: os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava, nos dias de Noé. Quem foi rebelde no dias de Noé? E obvio que os homens daquele tempo, algo que não tem nada haver com os anjos caídos, ou seja, com os demônios, porque o texto finaliza com a palavra alma, qual é o anjo caído ou demônio que tem alma? Ou esperava nos dias de Noé, ou na longanimidade de Deus, enquanto se preparava a arca; na qual poucas (isto é, oito) almas se salvaram pela águas; o texto deixa bem claro que a decida de Cristo ao Hades e pregou o Evangelho foram para os rebeldes dos dias de Noé, que morreram pelas águas (I Pedro 3.18-20). E não para os anjos caídos, ou demônios, Que estão no Tártaro, em confinamento eterno para o dia de juízo (II Pedro 2.4 e Judas v.6).  Que tipo de anjo ou demônios morreria afogado em um dilúvio? A referência a Cristo Em (I Pedro 3.19.20; 4.6). Não foi a, de proclamar a Sua vitória aos anjos caídos, ou seja, aos demônios, após a Sua ressurreição,  mais sim, a de evangelizar os rebeldes dos dias de Noé, que foram mortos pelas águas. Conseqüentemente chegamos á conclusão que, quando em I Pedro lemos que Jesus foi pregar aos espíritos em prisão, não devemos entender, anjos caídos, ou seja, demônios, que estão em prisão eterna ate o juízo do grande dia.

O que a palavra de Deus nos fala em I Pedro 3.19.20; 4.6, não é de anjos caídos, ou seja, de demônios, seres angelicais aprisionados, no Tártaro, eternamente acorrentados e na escuridão. Porquê? Por causa das coisas que fizeram no céu (Apocalipse 12.7-12). Eles deixaram a sua própria habitação (Judas v.6). Pra eles não há pregação e nem remição de pecados. Eles  estão “reservados em prisões eternas na escuridão para o juízo do grande dia”. Esses anjos estão no “ταρταρόω ” (tartaroo). Que significa “lançados ao Tartarus”. Como explica Bullinger: “a palavra grega “Tartarus” não é aplicada em mais lado nenhum ou de forma alguma na Septuaginta. Homero descreveu o Tártaro como sendo um submundo. O Tartarus em Homero significa a prisão dos Titãs, ou gigantes que se revoltaram contra Zeus”. (The Companion Bible, Appendix 131). E tal como Vine também explica: “o verbo tartaroo traduzindo “cast down to hell” em II. Pedro 2:4, significa: ligar-se ao Tartarus, que nem é Sheol nem Hades nem o inferno, mais o lugar onde os anjos, cujo pecado particular é referido na mesma passagem, estão confinados até ao julgamento. A região é descrita como abismo de escuridão.” (Vine’s dictionary pág.553). Por conseguinte, Tartarus deve ser entendido como uma prisão e nesta prisão, como diz Pedro, encontram-se os anjos que pecaram, e estão à espera do seu julgamento. Eles estão nesta prisão de escuridão à espera do grande dia do julgamento. Então é como diz, Vine que o verbo tartaroo traduzindo “cast down to hell” em II. Pedro 2:4, significa: ligar-se ao Tartarus, que nem é Sheol nem Hades nem o inferno, mais sim, o lugar onde os anjos, cujo pecado particular, estão confinados até ao julgamento. Então mais uma vez está descartada a teologia que ensina que Jesus foi a tal lugar e Lá pregou para esses anjos rebeldes.

O texto de I Pedro 3.18-20, e 4.6, faz a mensagem ser pregada àqueles que estão “em prisão”, num estado “desincorporado”. Não podemos ignorar essa verdade bíblica sobre a realidade da descida de Cristo ao Hades, esse fato a bíblia trata como uma tão grande realidade. Visto que negar esta ocorrência de I Pedro, seria também preciso negá-la em cada ocorrência sua no N.T. Também deve ignorar a história de Atos 2.27,31, onde Lucas fala sobre Cristo e não Davi. Paulo também falava sobre isso em Efésios 4.8-10 e Romanos 10.6-8. Se Cristo não desceu ao Hades, também se deve ignorar a antecipação profética do fato, nos Salmos (Salmos 16.10; 68.18).

Alguns grupos religiosos supõem que a pregação não foi feita por Cristo, o qual desceu pessoalmente ao Hades, mais sim por meio dele, isto é, “através do seu Espírito”, o qual teria inspirado os apóstolos em sua missão evangelizadora, após sua ressurreição. Com essa interpretação muitos eruditos de renome se tem atraído por ela, homens como Socino, Grotius, Schottgen, Schlochting e Hensler. Mas só que se levantam muitas objeções contra tal interpretação. E ela fica sujeita a várias criticas, mais quando olhamos para tal interpretação vimos que ela è arbitrária, porque quem está no sujeito é Cristo, e não os apóstolos. Porque neste texto nada é dito, sobre a missão da igreja, neste texto o sujeito que ele nos revela é Cristo, em seu estado “desincorporado”, o objeto da pregação que esse texto nos mostra são os espíritos “desincorporados dos homens mortos pelas águas do dilúvio nos dias de Noé”, e não a missão evangelizadora, da igreja em busca de homens de toda parte do mundo (Atos 2.6-11). Que os apóstolos foram designados para pregar o evangelho, os quais faziam parta da missão da igreja primitiva.

Fazendo o pêndulo da interpretação em I Pedro I Pedro 3.18-20; 4.6, os universalistas vêem evidências, na história da descida de Cristo ao Hades, de que em algum lugar, de algum modo, em algum tempo, a graça divina, por meio de Cristo, atrairá todos os homens aos lugares celestiais: E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim (João 12.32). Tu subiste ao alto, levaste cativo o cativeiro, recebeste dons para os homens, e até para os rebeldes, para que o Senhor Deus habitasse entre eles. (Salmo 58.18). Por isso diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens. Ora, isto— - ele subiu— - que é, senão que também antes tinha descido às partes mais baixas da terra?Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas. (Efésios 4.8-10). Observe que o texto diz:Tu subiste ao alto, levaste cativo o cativeiro, recebeste dons para os homens, e até para os rebeldes”, Por isso que Pedro afirmou tal declaração, que Jesus desceu ao Hades, e de Lá subiu com os cativos e os rebeldes, que Lá estavam: No qual também foi, e pregou aos espíritos em prisão; Os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé (I Pedro 3.19.20). Ai os universalistas ver o poder total das mãos de Cristo.

O Evangelho de Cristo não é uma minúscula porcentagem que apenas alcança poucos homens, enquanto vivem em corpos mortais, mas o amor de Cristo não permitirá que se vão devido á ignorância. Somente se chegarem a rejeitá-lo é que perderão a salvação por ele oferecida. Sabemos que o apostolo Paulo em Romanos deixa claro que Deus seria “justo” se condenasse homens ao inferno, sem importar, se eles ouviram o Evangelho ou não. Porém, não existe tal coisa como justiça nua, aparte do amor e da misericórdia. Uma justiça temperada, na qual os atributos de Deus não estejam divididos e nem se choquem uns contra os outros, alia-se á razoável posição que diz que ninguém poderá perder-se finalmente sem antes ter chegado frente a frente com a verdade, conforme ela se acha em Cristo. A graça oferecida por Cristo dará todo o espaço e iodo tempo o qual garante esse encontro. O que as almas fizeram com isso, dependerá delas, entretanto. Por isso. Bigg. in loc., defende a ideia que a graça de Deus, por meio de Cristo, trará finalmente a todos os homens o conhecimento do Evangelho. Todos os homens deverão saber disso, para então se voltarem para Cristo ou rejeitar-lo. Negar isso é perder as imensas dimensões da missão de Cristo, que são subentendidas na história da “descida ao Hades”, bem como em outras passagens, como, Efésios 4.8-10 e Colossenses 1.16. O Evangelho foi pregado aos mortos com o propósito de moldar a condição deles, de tal modo que por um lado sendo julgados segundo a carne (estado dos mortos visto como um juízo continuo segundo a carne), por outro lado, fossem capazes de através ao juiz atingir, à maneira de Deus, a vida imortal do espírito. wiesinger. Comentando sobre (I Pedro 4.6). Deus nos considerará responsáveis!

Isso não significa que o espírito de Cristo estava morto, e que precisou ser reavivado, e, sim, que embora ele estivesse morto quanto a seu corpo, Ele estava bem vivo em sua natureza espiritual, em sua alma. Portanto, era como se ele tivesse morrido como uma entidade, mas continuava vivo, visto que ele vive, também vivemos. O seu Espírito foi imbuído de novos e maiores poderes de vida.

As Santas Escrituras em parte alguma ensinam a condenação eterna daqueles que morreram como pagãos antes de Cristo, ou não cristãos, em muitas passagens, deixam entendidos que o perdão pode ser possível além do sepulcro, porquanto estabelecem a decisão não por ocasião da morte (física), mas por ocasião do dia de Cristo. (Atos 17.31; II Timóteo 1.12; 4.8; I João 4.17). Porém, em nossa passagem, como também em I Pedro 3.19,20, Pedro, por iluminação divina, afirma claramente que os caminhos da salvação de Deus não terminam juntamente com a vida terrena, e que em I Pedro 4.6: Foi pregado o Evangelho até os mortos. O primeiro capitulo da epístola aos Romanos ensina que Deus seria justo se condenasse a todos os homens em seus pecados, sem lhes oferecer qualquer mensagem de salvação. Isso, entretanto, seria justiça, mas o evangelho nos assegura que a justiça não será feita sem o revestimento da misericórdia e do amor de Deus. É isso que Paulo passa a demonstrar, a partir do terceiro capitulo de Romanos. Este texto, desde os primeiros pais da igreja, tem sido correto e usado para indicar a oportunidade de se ouvir falar de Cristo, para que se possa aceitá-lo ou rejeitá-lo, em um âmbito que, finalmente, tomar-se-á absolutamente universal. Eis a razão pela qual Cristo desceu ao Hades. O evangelho foi pregado aos mortos rebeldes. E eles tiveram a sua oportunidade. O texto que alude à descida de Cristo ao Hades (I Pedro 3.18.19; 4.6). Não indica quantos se aproveitaram da oportunidade. Mas há outras passagens bíblicas que mostram que os eleitos serão finalmente poucos.

A interpretação da descida de Cristo ao Hades em I Pedro 3.18. Ninguém, de mente despreocupada, poderia duvidar, aceitando esta cláusula por si mesma, que as pessoas a quem a prédica foi feita estavam mortas por ocasião do anúncio. No tocante aos mortos. Cristo desceu ao Hades a fim de ali pregar, e isso foi seguido pelos apóstolos. E o objetivo disso foi que embora os mortos tenham sido julgados como homens, no tocante à carne, vivessem como Deus vivo, no tocante ao espírito.

Portanto a ideia que temos em I Pedro 3.19.20, é que nosso Senhor Jesus Cristo pregou a uma classe particular, a saber, os ímpios contemporâneos do dias de Noé, e não dos anjos caídos, ou seja, dos demônios, a descida de Cristo ao Hades, indica à natureza do julgamento, Cristo foi conduzido ao subterrâneo de aprisionamento; mas um meio de salvação vos foi agora oferecido, para que vivais no espírito, como Deus, de acordo com a vontade de Deus, ao modo de Deus, a vida imortal do espírito. Tendes merecido a morte, tanto no tocante ao corpo como no tocante à alma, e por causa de vossa desobediência perecestes no dilúvio e fostes vivendo em face do fim de tudo. (I Pedro 3.19.20). Então aqueles  grupos religiosos que supõem que a pregação feita por Cristo, o qual desceu pessoalmente ao Hades, foi pra aos anjos caídos, ou seja, os demônios, pode reaver seus estudos, e melhora sua hermenêutica. De acordo com Koehler, esses anjos foram condenados para sempre, sendo guardados sobre trevas, em algemas eternas, para o juízo do Grande Dia (Jd v.6). “Não há redenção para eles”. Nenhuma promessa de graça a eles se aplica. Nenhum evangelho é pregado a eles. Jamais retornarão à comunhão com Deus, pois ‘fogo eterno foi preparado para o diabo e seus anjos (Mateus 25.41). Como diz o escritor aos hebreus, que Jesus não veio socorrer os anjos. Hebreus 2.16.



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