Adilson Francisco
dos santos. Estudos Apologéticos.
SERÁ QUE MELQUISEDEQUE É UM PONTO DE APOIO PARA OS MERCENÁRIOS PRATICAREM O DIZIMO NOS DIAS DE HOJE?
Quanto á questão do dizimo todo homem com o mínimo de inteligência
percebe perfeitamente que ele não está na doutrina de Cristo, somente os
fanáticos cegos e religiosos é que a vêm desta forma. Como você pode notar, é teólogos
ditando ali de uma maneira, e mais além, de outra forma. É até bobagem d’eles
ficarem como crianças trocando figurinhas, do tipo Abraão disse isso, Malaquias
disse aquilo. Estão fazendo isso unicamente para mostrar aos irmãos que não têm
base na doutrina Bíblica de Cristo, suas articulações contra os não dizimistas. O dizimo
hoje é colhido de acordo com as palavras dos homens mercenários, mas não de
acordo com as Escrituras do Novo Testamento, que é de acordo com Jesus.
Essas Igrejas não se dão por
vencida, e diz que na tipologia Abraão entregou os dízimos a Cristo, já que
Melquisedeque era dá mesma ordem, e diz, “Hebreus tipifica Cristo, na pessoa de
Melquisedeque, Abraão pagou dizimo a este de todos os despojos”, (Hebreus 7.4).
“E isso muito antes da lei do Antigo Testamento, portanto, sendo Melquisedeque
figura de Cristo e como Abraão lhe pagou o dizimo, assim nós, na graça devemos
pagar dizimo a Cristo” vemos isso no Mensageiro da paz (Mensageiro da paz,
dezembro de 2007. P.27). E com essa declaração eles tentam inculcar tal ideia nos seus membros, mais tal teoria não passa de um subterfúgio teológico. Vamos aos fatos.
Hebreus 7.4 diz: “...O patriarca Abraão deu os dízimos dos
despojos”. O escritor disse que foi dos “Despojos”. Despojos – Nesse caso de Abraão,
significa. Recompensas por uma batalha vencida ou sobras de guerra ou bens de
conquista adquiridos após o guerreiro ter vencidos seu adversário na guerra,
algo tomado ou saqueado de seu adversário, que na maioria das vezes está morto
ou feito prisioneiro. Um exemplo disso está em, II Samuel. "Este se levantou,
e feriu os filisteus, até lhe cansar a mão e ficar a mão pegada à espada; e
naquele dia o Senhor efetuou um grande livramento; e o povo voltou junto dele,
somente a tomar o despojo." Despojo este que pertencia a Dodo, filho de Aoí,
um dos valentes de Davi. (II Samuel 23.10). Ou seja, Abraão deu um dízimo
que nem dele era e continuou com todos seus bens. “E era Abraão muito rico em
gado, em prata e em ouro.” (Gênesis 13.2). Assim; logo você também fica sabendo
que esse dízimo atual “Nada tem a ver” com o que deu Abraão. Muitas vezes a
Bíblia fala “tudo” e “todos”, mas é uma maneira de falar como em Mateus 10.22 “E odiados de todos sereis...”,
esses “todos” é claro que há exceções. Veja também que Abraão deu os dízimos à
Melquisedeque, este representava Jesus Cristo (Hebreus 7.3 “Sem pai, sem mãe, sem genealogia, (Meuquisedeque) não tendo princípio de dias nem fim de
vida, mas sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para
sempre”. Se você fizer uma analogia, verá que pode simbolizar uma
dívida do homem a Deus, só vindo acabar quando Jesus disse: João 19.30. “...Está consumado...”, a palavra grega
usada é “TELEO”, que se traduz perfeitamente
por “pago” ou “esta pago”, pago o que? Uma dívida do homem a Deus, (não se
esqueça que usei de analogia). Agora quero que você analise o versículo de Hebreus 7.5, o escritor da carta cita o dízimo, certo? Um pouquinho mais à
frente ele diz: Hebreus 7.2 “... Necessariamente se faz também mudança da lei.”, mais um pouquinho
adiante volta a dizer: Hebreus 7.16 “Que
não foi feito segundo a lei do mandamento carnal...”, mais três
versículos depois ele diz: Hebreus 7.19 “Pois
a lei nenhuma coisa aperfeiçoou...”, mais um pouquinho adiante volta a
dizer: Hebreus 7.28 “Porque a lei
constitui sumos sacerdotes a homens fracos...”, e completa a explicação
citando a lei e apresentando Cristo: Hebreus 7.28 “...Mas a palavra do juramento, que veio depois da lei, constitui ao
Filho, perfeito para sempre.”. Acho que não precisa nem de explicação!
Qualquer um que olhar o versículo sabe que o escritor pegou um mandamento da
lei, ou seja, (dízimo) para mostrar a inutilidade da lei, e apresentar a
perfeição que é Jesus Cristo. Vamos ainda analisar mais profundo. Em Hebreus
7.12, que diz, “Porque mudando-se o sacerdote, necessariamente se faz também
mudança da lei”, porque se aquele primeiro fora irrepreensível, nunca se teria
buscado lugar para o segundo” (v.7). Isso que dizer que houve mudança de
sacerdócio, por isso também houve mudança da lei, a lei era ineficaz, seu precedente
mandamento foi, “ab-rogado”, por causa de sua fraqueza e inutilidade (Hebreus
7.18). Porque foi “ab-rogado?”, porque o Sacerdócio de Cristo não é da ordem de
Arão, ou de Levi. Jesus não pertencia á tribo dos Levitas, como está escrito,
(Hebreus 7.13). Mais sim da tribo de
Judá, tribo essa que Moisés nunca falou de sacerdócio (Hebreus 7.14). Assim
como Melquisedeque não era, por isso depois que ele cumpriu a lei. Ele o ab-rogou (2 Coríntios
3.14). Por isso os pastores
religiosos de hoje que recolhem o dizimo, não são da tribo de Levi, não são
Judeus e não fazem parte da Lei de Moisés. Este costume existiu
de Abraão, até Levi (Hebreus
7.9). Nessa
passagem o autor da carta aos hebreus explica que, o dizimo termina em Levi
e por ser Cristo sacerdote segundo a Ordem de
Melquisedeque, este ab-rogou (ou, seja, aboliu) o sacerdócio levítico com todas
as suas leis, dízimos e costumes, conforme narra a carta aos
Hebreus (Hebreus 7.1 - 28). Ele dá o arremate final: "Com
efeito, mudado que seja o sacerdócio, é necessário que se mude também a
lei" (Hebreus 7.12). E ainda: "O mandamento
precedente é, na verdade, ab-rogado pela sua fraqueza e
inutilidade" (Hebreus 7.18). Assim
fica descartado os pastores dizerem que são Levitas porque Jesus não pertencia
á essa tribo e nem tão pouco Melquisedeque. Os rudimentos dar lei fora chamados
de fracos e pobres (Gálatas 4.9). Jamais ele foi pregado, porque o dizimo só
pertencia aos rituais Levíticos da Antiga Dispensação (Hebreus 7.5). É como a editora CPAD em uma de suas revistas escreveram. Nas lições Bíblicas jovens e adultos 2º trimestre de
2008. As disciplinas da vida Cristã P.36. “Os filhos de Israel tinham por
obrigação trazer os dízimos aos Levitas, a fim de manter em perfeito
funcionamento o serviço do Santuário: “Aos filhos de Levi dei todos os dízimos
em Israel por herança, pelo serviço que prestam, serviço da tenda da
congregação”, (Neemias 18.21-ARA). Era para essa tribo que era destinado o
dizimo, e não para os dias de hoje, como alguns ensinam, que está em vigor para
seu bel prazer.
Eles dizem que por
Melquisedeque ser maior que Abraão. Abraão pagou dizimo a ele, assim somos nós
na Dispensação da graça, daremos dízimos a Cristo, porém o texto diz ao contrário, que Cristo
por ser superior a Melquisedeque, ele “ab-rogou a lei” (Hebreus 7.18.19). Isso
está tão claro que até o escritor da Bíblia Dake na P. 1968, diz, a ordem de Melquisedeque, isto gerou a necessidade de mudança na lei e a conseqüente
abolição de todos seus sacrifícios, e não que ele recebia dizimo, o quer pregou
dizimo durante seu ministério terreno, como algumas Igrejas ensinam. E ainda
mais não está escrito em. Hebreus 7.7. “Ora, sem contradição alguma, o menor é
abençoado pelo maior”, hoje você ver por ai um menor abençoado pelo “MAIOR”, ou
seja, um Pastor abençoando suas ovelhas?
Se hoje usarmos essa lei que
fora direcionada especificamente aos filhos de Levi, aos que receberam o
sacerdócio do Senhor Deus e aplicasse ao povo, ela torna-se ilegítima,
porque os “Pastores” de hoje não são sacerdotes levitas, e Jesus afirmou que a
lei e os profetas duraram só até João (Lucas 16.16). Porque mudo-se o
sacerdócio, e foi necessário faz mudança da lei (Hebreus 7.12). Portanto, esses
versículos do capítulo 7 da carta aos Hebreus, é suficiente para entendermos a
abolição de toda lei, e não falarmos mais em obras mortas como dízimo na era da
Graça do Senhor Jesus.
A nossa maior
preocupação em relação aos pregadores que tomam o dízimo dos fieis, vem incidir
sobre o versículo oito do Capítulo 7 da Carta aos Hebreus, observem o
porquê: Hebreus 7.8: “Aqui certamente tomam dízimos homens
que morrem; ali, porém, aquele de quem se testifica que vive“.
Observe com Toda cautela no
que diz a palavra: Aqui tomam dízimos homens que “MORREM”.
No Evangelho de Mateus 22.32,
disse Jesus que Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos. O
Senhor Jesus Cristo afirma que Deus, é Deus dos vivos e não é Deus dos mortos,
e a palavra diz que aqui tomam dízimo homens que morrem, no que está legitimado
no Evangelho de João 11.26, onde Jesus disse: Todo aquele que
vive, e crê em mim, nunca morrerá. Essa afirmativa do Senhor é mais uma
evidência que nos faz entender que, os que tomam o dízimo não creem em Jesus,
porque a palavra está dizendo que morrem os que assim procedem, tomar o dízimo
é voltam a viver as ordenanças da lei de Moisés que fora por Cristo abolida.
CONCLUSÃO- A carta aos Hebreus apenas está comentando algo que aconteceu
no passado como prática de fé, isso não significa que temos que dá o dízimo
simplesmente porque o livro de Hebreus comentou que Abraão deu. A carta aos Hebreus também fala de sacrifícios de fé feito no passado como por exemplo o
sacrifício de fé que Abel fez, mas nem por isso nós temos que fazer um sacrifício
igual ao de Abel. (Hebreus 11.4) Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício
do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus
testemunho dos seus dons, e por ela, depois de morto, ainda fala. Hebreus fala
que Abraão deu o dízimo dos despojos, mas também fala que Abraão sacrificava,
se pelo fato de comentar sobre o dízimo que Abraão deu é motivo para dizimar,
então também devemos sacrificar já que o mesmo livro comenta ambos os eventos.
(Hebreus 11.17) Pela fé ofereceu Abraão a Isaque, quando foi provado; sim,
aquele que recebera as promessas ofereceu o seu unigênito. (Hebreus 11.28).
Pela fé celebrou a páscoa e a aspersão do sangue, para que o destruidor dos
primogênitos lhes não tocasse. (Tiago 2.21). Porventura o nosso pai Abraão não
foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque?
O fato de um evento do Antigo Testamento ser comentado no Novo Testamento isso não significa que
temos que praticar-lo hoje. (Hebreus 7.1) Porque este Melquisedeque, que era rei de
Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, e que saiu ao encontro de Abraão quando ele
regressava da matança dos reis, e o abençoou; Hebreus aqui está falando que
Melquisedeque foi abençoar Abraão quando ficou sabendo que este regressava
vitorioso da matança dos reis, é claro que nós não seremos abençoado se sairmos
por ai matando qualquer um que julguemos inimigo do evangelho. Isso foi apenas
uma prática de fé feita por Abraão naquela época onde se era permitido por Deus
estas práticas, que o autor aos Hebreus está comentando ela para que assim como
Abraão teve fé e obedeceu aquelas ordens dadas por Deus, assim nós também
tenhamos a mesma fé em obedecer ao estabelecido por Jesus através do seu
evangelho.
Portanto ficou descartada quem tem esse livro para apoiar sua
prática do dizimo.
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