Adilson Francisco
dos santos. Estudos Apologéticos.
SERÁ QUE O “IDE” DE JESUS É
PARA TODOS?
Porém, Jonas se levantou para fugir da presença do SENHOR
para Társis. E descendo a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois,
a sua passagem, e desceu para dentro dele, para ir com eles para Társis, para
longe da presença do SENHOR. (Jonas 1.3).
“E disse-lhes, Ide por todo o mundo. Pregai o evangelho a
toda a criatura” (Marcos
16.15).
Muitos hoje que vivem no seio da Igreja questionam sobre esse
“Ide”, eles dizem que Jesus deu essa
ordem exclusivamente para os seus discípulos. Isto é, ao ministério, não para
toda a Igreja, como entende.
Muitos pastores usam o texto do profeta Jonas 1.3, para
mandar qualquer um de seus membros evangelizar, e diz que é para seus membros
deixarem de ser preguiçosos, e não ser um fujão como Jonas, e daí manda seus
membro sem nenhum preparo evangelístico para as praças públicas sem nenhuma
experiência e conhecimento, daí quando aparece o primeiro a fazer uma pergunta
ele por não saber responder passa vergonha.
Não pense porque o texto de primeiro Coríntios diz. Ora, vós
sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular. Ou por todos cristãos fazerem
parte desse corpo estão incumbidos nessa obra.
Vamos analisar o texto do profeta Jonas e ver o porque ele
fugiu. E veio a palavra
do SENHOR a Jonas, filho de Amitai, dizendo: Levanta-te, vai à grande cidade de
Nínive, e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até à minha presença.
Porém, Jonas se levantou para fugir da presença do SENHOR para Társis. E
descendo a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua
passagem, e desceu para dentro dele, para ir com eles para Társis, para longe
da presença do SENHOR. (Jonas 1.1-3). Nesse texto observamos que Jonas se
levantou para fugir para Társis, será que era porque ele não queria pregar o
evangelho aos Ninivitas? Será que ele tinha medo daquele povo? Será que ele era
um covarde? Ou será que ele era um preguiçoso? Como muitos pastores ensinam
para mandar seus membros trabalhar em seu lugar. É obvio que não, o próprio
Jonas declara com todas as letras o porque de sua fuga , vejamos. E orou ao
SENHOR, e disse: Ah! SENHOR! Não foi esta minha palavra, estando ainda na minha
terra? Por isso é que me preveni, fugindo para Társis, pois sabia que és Deus
compassivo e misericordioso, longânime e grande em benignidade, e que te
arrependes do mal. (Jonas 4.2). Esse foi o motivo do profeta Jonas fugir,
porque ele sábia que Deus era compassivo, misericordioso, longânime, grande em
benignidade, e que se arrependes do mal. E não que ele fosse um covarde com
medo de evangelizar como muitos pastores ensinam. Nínive em tempos pesados era
inimiga de Israel, seus reis deixaram muitas mulheres viúvas e muitos filhos
órfãos, essa nação massacrou muito o povo Israelitas e o prazer do profeta
Jonas era ver essa cidade sucumbida como foi Jericó, nos tempos de Josué. Mais só
que Deus não podia perder cento e vinte mil almas que não sabia discernir entre
a sua mão direita e a sua mão esquerda? Para satisfazer um desejo de ódio de um profeta. Porque diz a bíblia. Dize-lhes: Vivo eu, diz o Senhor Jeová, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva; convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois por que razão morrereis. (Ezequiel 33.11). Portanto o que eu vejo em alguns, não é ser um fujão como Jonas, mais sim ter o desejo de ódio como o profeta Jonas.
É importante observarmos que esse “IDE” de Jesus em toda
bíblia não é para todos os membros, vamos analisar. E os onze discípulos partiram para a Galiléia, para o monte que
Jesus lhes tinha designado. E, quando o viram, o adoraram; mas alguns
duvidaram. E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no
céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os
em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas
as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias,
até a consumação dos séculos. Amém. (Mateus 28.17-20). Observe que Jesus deu
essa ordem aos onze discípulos e não a todos. Veja que ele próprio foi
quem fez a escolha daqueles que ia assumir posição no seu ministério.
E, Chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os
espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem toda a enfermidade e todo
o mal. (Mateus 10.1).
E subiu ao monte, e chamou para si os que ele
quis; e vieram a ele. E nomeou doze para que estivessem com ele e os mandasse a
pregar, (Marcos 3.13.14).
E aconteceu que naqueles dias subiu ao monte a
orar, e passou a noite em oração a Deus. E, quando já era dia, chamou a si os
seus discípulos, e escolheu doze deles, a quem também deu o nome de apóstolos:
(Lucas 6.12.13).
A igreja de Cristo é constituída de apóstolos,
profetas, evangelistas, pastores bispo, diácono, ancião e doutores, como está
escrito. “Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo
vos constituiu bispos, para apresentardes a igreja de Deus, que ele resgatou
com seu próprio sangue.” (Atos 20.28). E quanto ele separa para o ministério
quem preenche o cargo é pessoas qualificadas e não todos. “E, servindo eles ao
Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para
a obra a que os tenho chamado.” (Atos 13.2). Na eleição para assumir o lugar de
Judas foi Matias que assumiu (Atos 123-26). E não todos que ali estavam. “Cada um fique no
lugar em que foi chamado.” (I Coríntios
7.24).
Devemos notar que esse “Ide”
de Cristo não é para todos que faz parte da igreja de Cristo. Mais sim cabe
ao ministério, porque todos os homens precisam ouvir a mensagem do evangelho,
esse é o grande desafio que se impõe a Igreja de Cristo, é alcançar o mundo
atualmente que é um conglomerado de quase
7 bilhões de pessoas e mais de 220
nações. Deus quer que a Igreja atinja todas as nações do globo terrestre,
pois com o sangue de Cristo, seu cordeiro imaculado, ele pode e quer resgatar
pecadores “De toda tribo e língua e
povo, e nação” (Apocalipse 5.9).
A Bíblia mostra que os primeiros discípulos de Jesus
transformaram-se em apóstolos ao iniciar sua tarefa, a qual missão é ir “Até os
confins da terra antes que as portas se fechem para o evangelho”. Sabemos que a
missão principal do ministério da Igreja é evangelizar, quando abrimos nossa
Bíblia no livro dos Atos dos Apóstolos ficamos surpresos com o crescimento da
Igreja ali, descrito nesse livro, encontramos dois tipos de evangelismo, o
evangelismo em massa e o evangelismo pessoal. A Bíblia mostra que a Igreja
primitiva pôs em prática os dois métodos, mais os melhores resultados foram
alcançados pelo evangelismo pessoal com testemunhos e poder do evangelho (Atos
8.26-40). A Bíblia mostra que para pregar o evangelho o ministério não deve
escolher dia e hora (I Tessalonicenses 2.9). Visto que se aproxima a escura
noite quando ninguém mais poderá trabalhar (João 9.4).
Segundo a Bíblia evangelizar é o fruto natural da vida daqueles
que compõem o ministério, como no caso de Paulo, que rogou por Onésimo. Peço-te por
meu filho Onésimo, que gerei nas minhas prisões; (Filemom V.10). É através do
exercício desta tarefa que a Igreja cresce e se expande, qualquer outro método
é apenas relativo (Atos 2.47). Sabemos que segundo a Bíblia existe o ministério
clássico, cujo exemplo deve sempre ser seguido pela Igreja contemporânea, o
exemplo maior é Cristo o modelo supremo (Lucas 19.8.10). Depois o apóstolo
Paulo, o evangelista Felipe, o discípulo André e a também aqueles que não são
clássicos, como a mulher samaritana (João 4.39). E outros (Atos 11.20). A
Bíblia ensina que a tarefa de evangelizar é a de um semeador (Salmos 123.6: Lucas
8.11). De um servo (Romanos 6.22). De um vaso (II Coríntios 4.7). De uma luz
(Efésios 5.8). De um pescador (Mateus 4.19). Por isso é aconselhável a leitura
efetiva dos evangelhos, e de atos dos apóstolos, porque nessas escrituras se
descobre o cuidado de Jesus e de seus apóstolos para com a tarefa de
evangelizar, nessa vitalidade a igreja primitiva crescia e via a unção do
Espírito Santo na vida dos cristãos, portanto a santidade pessoal de cada um é
a tarefa diuturna do evangelismo, assim os frutos são abundantes e a colheita é
preciosa. Devemos imitar aqueles servos de Deus (Eclesiastes 11.1). Agora
quanto a evangelização dos membros não é ministerial, a evangelização deles é
com bom testemunhos, como aquela mulher samaritana. Vejamos. E muitos
dos samaritanos daquela cidade creram nele, pela palavra “Testemunho” da
mulher, que testificou: Disse-me tudo quanto tenho feito. (João 4.39).
A mensagem do evangelho deve ser dirigida a todos os homens
em todas as estruturas sociais e culturais em qualquer direção em que ele se
ache, este é portanto o conceito geral do evangelho quando visto e pregado em
sua plenitude. Observem a expressão: “Mas
Deus não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os
homens e em todo o lugar que se arrependam (Atos 17.30). Por isso que Jesus
antes de sua ascensão aos céus chamou seus discípulos e disse. Mas
recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis
testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos
confins da terra. (Atos 1.8). Por isso o ministério está incumbido de ir as diferentes
raças transpassando as fronteiras nacionais e também as diversas classes e
grupos sociais. Sabemos que a humanidade está mergulhada num verdadeiro caos, a
inflação assola a terra, e a fome é uma grande ameaça, e outras calamidades têm
ceifado vidas na África, nas Filipinas, etc. em todas as partes do globo
terrestre estão patentes aos nossos olhos a ausência do temor de Deus, a perda
de princípios morais, a aceitação e a glorificação do pecado, o fracasso nos
lares, o desrespeito pela autoridade, a ilegalidade, a ansiedade, o ódio, o
desespero, milhares de pessoas entregam-se ao ocultismo com o culto, satânico,
o controle da mente a astrologia e outros meios que o diabo se utiliza para
induzir os homens a se desviarem da verdade, encontramo-nos num momento em que
a humanidade deseja paz e segurança, sabemos que nem todo mundo se curvará
diante da mensagem do evangelho, mas o Senhor Jesus assegura “E este evangelho do reino será pregado em
todo o mundo em testemunho a todas as nações, e então virá o fim (Mateus
24.14).
Há dezenas de milhões de pessoas que nunca ouviram a mensagem
do evangelho, por isso o ministério que foi constituído por Cristo tem que seguir
o exemplo de Paulo. Ir e anunciar o evangelho onde Cristo não foi nomeado
(Romanos 15.20; II Coríntios 10.16). E ainda mais com a mesma ousadia que ele
se expressou. “Não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus
para a salvação de todo aquele que crê (Romanos 1.16). E ai de mim se não
anunciar o evangelho (I Coríntios 9.16). Essa missão cabe ao ministério e não a
todos”. Quando lemos a respeito de Paulo em Atos e examinamos as suas
epístolas. Deparamo-nos com seu exemplo eficaz como nada que útil seja deixei
de vos anunciar e ensinar publicamente e pelas casas (Atos 20.20). Paulo sempre
tinha esse método de anunciar e ensinar de casa em casa, nota-se que do
capítulo 2, até o capítulo 20 de Atos, foram mais ou menos 30 anos a obra de
evangelizar as almas de porta em porta. Foi uma operação intensiva. Será que você
que foi constituído para o ministério de Cristo não pode também seguir o mesmo
exemplo.
Observando a parábola do trigo e do joio, Jesus foi bem categórico especificando a área de evangelização dizendo: “O que semeia a boa semente é o filho do homem, o campo é o mundo (Mateus 13.37.38). Pouco antes de sua ascensão. Ele disse explicitamente aos seus discípulos, “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo que há de vir sobre vós, ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra” (Atos 1.8). Essa é a primeira tarefa que deve ser feita por aqueles que se tornam ministro do evangelho de Cristo Jesus, para cumprirem a obrigação de ir e pregar o evangelho.
Eles não devem escolher onde evangelizar. Jesus disse: “Ide a
todas as nações começando por Jerusalém (Lucas 24.47). Jerusalém hoje para esses
ministros significa sua cidade de residência. A expressão “Toda a Judéia” aplica-se
também por extensão ao seu estado ou a sua nação. Esta chegando a última hora,
as portas estão se abrindo rapidamente para a obra evangelística, com isso os
ministros de Deus deve ter uma visão verdadeira, uma paixão verdadeira, para
executar essa obra a visão da Igreja deve ser uma visão global (Mateus.
28.18-20). Aqueles que foram chamado para executar a obra de Deus nunca deve esquecer
dos que ainda não receberam a fé, os ministros devem cada dia dedicar-se com
fervor a evangelização porque a Bíblia mostra que cada alma é particularmente
interessante e preciosa para Jesus, portanto os ministros devem pregar e
ensinar, e a igreja dá belicismos testemunhos, esta é a tarefa diária do povo
de Deus, devemos ir muito além-mar. Esta sempre foi a preocupação de Jesus por
todos os povos, esta preocupação é vista desde o começo de seu ministério.
Jesus entendia que sua missão era salvar a todos e não apenas uma minoria
seleta, seu conceito nessa missão é visto nas pregações nas sinagogas por onde
Ele percorria (Lucas 4.14-30). No evangelho de (João 4.35). Jesus exortou a
seus discípulos dizendo. Levantai os vossos olhos e vede as terras que já estão
brancas para a ceifa, com essas palavras entendemos que Jesus queria e quer
dizer aos seus discípulos que é necessário tirar proveito imediato da semeadura como foi visto em Samaria que por
causa do belicismo testemunho da mulher samaritana, que lhes tinha falado de
Jesus aproveitando os campos, “Muitos foram ter com Ele” (João 4.30).
Hoje no mundo natural mais ou menos quatro meses é tempo que
decorre entre a semeadura e a colheita (João 4.35). Porém a colheita natural
pode ocorrer imediatamente após a semeadura da palavra, a metáfora de um campo
que branqueja para a ceifa usada para representar a colheita de almas humanas
para o reino de Deus é muito comum nas escrituras e é também muito usada para
representar a semeadura final da Igreja. Antes do arrebatamento muitas vezes
perguntamos a nós mesmos porque Cristo ainda não voltou. A Bíblia contudo nos
fornece a resposta por causa da longaminidade de Deus. Há portanto uma razão
pessoal de Deus para justificar porque Cristo ainda não voltou, vejamos o que
diz o apóstolo Pedro em sua segunda carta no capítulo 3.8.9. “Mas, amados não ignoreis uma coisa: que um
dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia, o Senhor não retarda
a sua promessa ainda que alguns a tem por tardia, mais é longânimo para
convosco, não queremos que alguns se percam senão que todos venham a
arrepender-se”. Eis aí a resposta à nossa pergunta, um Deus compassivo e longânime
continua esperando que todos ouçam o evangelho se arrependam dos pecados e se
voltem para Ele. Contudo: “Como ouvirão
se não tem quem pregue” (Romanos 10.14).
A quem cabe pregar o evangelho aos
ministros de Cristo, e a Igreja de Cristo cabe obedecer e a dá bons testemunhos
(João 4.39). Portanto cada um fique no lugar em que foi chamado. (I Coríntios 7.24). Cumpramos pois a
ordem de nosso Senhor e salvador Jesus Cristo.
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