domingo, 24 de agosto de 2014

SERÁ QUE O “IDE” DE JESUS É PARA TODOS?



Adilson Francisco dos santos. Estudos Apologéticos.

SERÁ QUE O “IDE” DE JESUS É PARA TODOS?

Porém, Jonas se levantou para fugir da presença do SENHOR para Társis. E descendo a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem, e desceu para dentro dele, para ir com eles para Társis, para longe da presença do SENHOR. (Jonas 1.3).

“E disse-lhes, Ide por todo o mundo. Pregai o evangelho a toda a criatura” (Marcos 16.15).

Muitos hoje que vivem no seio da Igreja questionam sobre esse “Ide”, eles dizem que Jesus deu essa ordem exclusivamente para os seus discípulos. Isto é, ao ministério, não para toda a Igreja, como entende.

Muitos pastores usam o texto do profeta Jonas 1.3, para mandar qualquer um de seus membros evangelizar, e diz que é para seus membros deixarem de ser preguiçosos, e não ser um fujão como Jonas, e daí manda seus membro sem nenhum preparo evangelístico para as praças públicas sem nenhuma experiência e conhecimento, daí quando aparece o primeiro a fazer uma pergunta ele por não saber responder passa vergonha.

Não pense porque o texto de primeiro Coríntios diz. Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular. Ou por todos cristãos fazerem parte desse corpo estão incumbidos nessa obra.

Vamos analisar o texto do profeta Jonas e ver o porque ele fugiu. E veio a palavra do SENHOR a Jonas, filho de Amitai, dizendo: Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até à minha presença. Porém, Jonas se levantou para fugir da presença do SENHOR para Társis. E descendo a Jope, achou um navio que ia para Társis; pagou, pois, a sua passagem, e desceu para dentro dele, para ir com eles para Társis, para longe da presença do SENHOR. (Jonas 1.1-3). Nesse texto observamos que Jonas se levantou para fugir para Társis, será que era porque ele não queria pregar o evangelho aos Ninivitas? Será que ele tinha medo daquele povo? Será que ele era um covarde? Ou será que ele era um preguiçoso? Como muitos pastores ensinam para mandar seus membros trabalhar em seu lugar. É obvio que não, o próprio Jonas declara com todas as letras o porque de sua fuga , vejamos. E orou ao SENHOR, e disse: Ah! SENHOR! Não foi esta minha palavra, estando ainda na minha terra? Por isso é que me preveni, fugindo para Társis, pois sabia que és Deus compassivo e misericordioso, longânime e grande em benignidade, e que te arrependes do mal. (Jonas 4.2). Esse foi o motivo do profeta Jonas fugir, porque ele sábia que Deus era compassivo, misericordioso, longânime, grande em benignidade, e que se arrependes do mal. E não que ele fosse um covarde com medo de evangelizar como muitos pastores ensinam. Nínive em tempos pesados era inimiga de Israel, seus reis deixaram muitas mulheres viúvas e muitos filhos órfãos, essa nação massacrou muito o povo Israelitas e o prazer do profeta Jonas era ver essa cidade sucumbida como foi Jericó, nos tempos de Josué. Mais só que Deus não podia perder cento e vinte mil almas que não sabia discernir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda? Para satisfazer um desejo de ódio de um profeta. Porque diz a bíblia. Dize-lhes: Vivo eu, diz o Senhor Jeová, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva; convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois por que razão morrereis. (Ezequiel 33.11). Portanto o que eu vejo em alguns, não é ser um fujão como Jonas, mais sim ter o desejo de ódio como o profeta Jonas.

É importante observarmos que esse “IDE” de Jesus em toda bíblia não é para todos os membros, vamos analisar. E os onze discípulos partiram para a Galiléia, para o monte que Jesus lhes tinha designado. E, quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram. E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém. (Mateus 28.17-20). Observe que Jesus deu essa ordem aos onze discípulos e não a todos. Veja que ele próprio foi quem fez a escolha daqueles que ia assumir posição no seu ministério.   

E, Chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem toda a enfermidade e todo o mal. (Mateus 10.1).

E subiu ao monte, e chamou para si os que ele quis; e vieram a ele. E nomeou doze para que estivessem com ele e os mandasse a pregar, (Marcos 3.13.14).

E aconteceu que naqueles dias subiu ao monte a orar, e passou a noite em oração a Deus. E, quando já era dia, chamou a si os seus discípulos, e escolheu doze deles, a quem também deu o nome de apóstolos: (Lucas 6.12.13).

A igreja de Cristo é constituída de apóstolos, profetas, evangelistas, pastores bispo, diácono, ancião e doutores, como está escrito. “Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apresentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.” (Atos 20.28). E quanto ele separa para o ministério quem preenche o cargo é pessoas qualificadas e não todos. “E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.” (Atos 13.2). Na eleição para assumir o lugar de Judas foi Matias que assumiu (Atos 123-26). E não todos que ali estavam. “Cada um fique no lugar em que foi chamado.” (I Coríntios 7.24).

Devemos notar que esse “Ide” de Cristo não é para todos que faz parte da igreja de Cristo. Mais sim cabe ao ministério, porque todos os homens precisam ouvir a mensagem do evangelho, esse é o grande desafio que se impõe a Igreja de Cristo, é alcançar o mundo atualmente que é um conglomerado de quase 7 bilhões de pessoas e mais de 220 nações. Deus quer que a Igreja atinja todas as nações do globo terrestre, pois com o sangue de Cristo, seu cordeiro imaculado, ele pode e quer resgatar pecadores “De toda tribo e língua e povo, e nação” (Apocalipse 5.9).

A Bíblia mostra que os primeiros discípulos de Jesus transformaram-se em apóstolos ao iniciar sua tarefa, a qual missão é ir “Até os confins da terra antes que as portas se fechem para o evangelho”. Sabemos que a missão principal do ministério da Igreja é evangelizar, quando abrimos nossa Bíblia no livro dos Atos dos Apóstolos ficamos surpresos com o crescimento da Igreja ali, descrito nesse livro, encontramos dois tipos de evangelismo, o evangelismo em massa e o evangelismo pessoal. A Bíblia mostra que a Igreja primitiva pôs em prática os dois métodos, mais os melhores resultados foram alcançados pelo evangelismo pessoal com testemunhos e poder do evangelho (Atos 8.26-40). A Bíblia mostra que para pregar o evangelho o ministério não deve escolher dia e hora (I Tessalonicenses 2.9). Visto que se aproxima a escura noite quando ninguém mais poderá trabalhar (João 9.4).

Segundo a Bíblia evangelizar é o fruto natural da vida daqueles que compõem o ministério, como no caso de Paulo, que rogou por Onésimo. Peço-te por meu filho Onésimo, que gerei nas minhas prisões; (Filemom V.10). É através do exercício desta tarefa que a Igreja cresce e se expande, qualquer outro método é apenas relativo (Atos 2.47). Sabemos que segundo a Bíblia existe o ministério clássico, cujo exemplo deve sempre ser seguido pela Igreja contemporânea, o exemplo maior é Cristo o modelo supremo (Lucas 19.8.10). Depois o apóstolo Paulo, o evangelista Felipe, o discípulo André e a também aqueles que não são clássicos, como a mulher samaritana (João 4.39). E outros (Atos 11.20). A Bíblia ensina que a tarefa de evangelizar é a de um semeador (Salmos 123.6: Lucas 8.11). De um servo (Romanos 6.22). De um vaso (II Coríntios 4.7). De uma luz (Efésios 5.8). De um pescador (Mateus 4.19). Por isso é aconselhável a leitura efetiva dos evangelhos, e de atos dos apóstolos, porque nessas escrituras se descobre o cuidado de Jesus e de seus apóstolos para com a tarefa de evangelizar, nessa vitalidade a igreja primitiva crescia e via a unção do Espírito Santo na vida dos cristãos, portanto a santidade pessoal de cada um é a tarefa diuturna do evangelismo, assim os frutos são abundantes e a colheita é preciosa. Devemos imitar aqueles servos de Deus (Eclesiastes 11.1). Agora quanto a evangelização dos membros não é ministerial, a evangelização deles é com bom testemunhos, como aquela mulher samaritana. Vejamos. E muitos dos samaritanos daquela cidade creram nele, pela palavra “Testemunho” da mulher, que testificou: Disse-me tudo quanto tenho feito. (João 4.39).

A mensagem do evangelho deve ser dirigida a todos os homens em todas as estruturas sociais e culturais em qualquer direção em que ele se ache, este é portanto o conceito geral do evangelho quando visto e pregado em sua plenitude. Observem a expressão: “Mas Deus não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens e em todo o lugar que se arrependam (Atos 17.30). Por isso que Jesus antes de sua ascensão aos céus chamou seus discípulos e disse. Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra. (Atos 1.8). Por isso o ministério está incumbido de ir as diferentes raças transpassando as fronteiras nacionais e também as diversas classes e grupos sociais. Sabemos que a humanidade está mergulhada num verdadeiro caos, a inflação assola a terra, e a fome é uma grande ameaça, e outras calamidades têm ceifado vidas na África, nas Filipinas, etc. em todas as partes do globo terrestre estão patentes aos nossos olhos a ausência do temor de Deus, a perda de princípios morais, a aceitação e a glorificação do pecado, o fracasso nos lares, o desrespeito pela autoridade, a ilegalidade, a ansiedade, o ódio, o desespero, milhares de pessoas entregam-se ao ocultismo com o culto, satânico, o controle da mente a astrologia e outros meios que o diabo se utiliza para induzir os homens a se desviarem da verdade, encontramo-nos num momento em que a humanidade deseja paz e segurança, sabemos que nem todo mundo se curvará diante da mensagem do evangelho, mas o Senhor Jesus assegura “E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo em testemunho a todas as nações, e então virá o fim (Mateus 24.14).

Há dezenas de milhões de pessoas que nunca ouviram a mensagem do evangelho, por isso o ministério que foi constituído por Cristo tem que seguir o exemplo de Paulo. Ir e anunciar o evangelho onde Cristo não foi nomeado (Romanos 15.20; II Coríntios 10.16). E ainda mais com a mesma ousadia que ele se expressou. “Não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Romanos 1.16). E ai de mim se não anunciar o evangelho (I Coríntios 9.16). Essa missão cabe ao ministério e não a todos”. Quando lemos a respeito de Paulo em Atos e examinamos as suas epístolas. Deparamo-nos com seu exemplo eficaz como nada que útil seja deixei de vos anunciar e ensinar publicamente e pelas casas (Atos 20.20). Paulo sempre tinha esse método de anunciar e ensinar de casa em casa, nota-se que do capítulo 2, até o capítulo 20 de Atos, foram mais ou menos 30 anos a obra de evangelizar as almas de porta em porta. Foi uma operação intensiva. Será que você que foi constituído para o ministério de Cristo não pode também seguir o mesmo exemplo.

Observando a parábola do trigo e do joio, Jesus foi bem categórico especificando a área de evangelização dizendo: “O que semeia a boa semente é o filho do homem, o campo é o mundo (Mateus 13.37.38). Pouco antes de sua ascensão. Ele disse explicitamente aos seus discípulos, “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo que há de vir sobre vós, ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra” (Atos 1.8). Essa é a primeira tarefa que deve ser feita por aqueles que se tornam ministro do evangelho de Cristo Jesus, para cumprirem a obrigação de ir e pregar o evangelho.

Eles não devem escolher onde evangelizar. Jesus disse: “Ide a todas as nações começando por Jerusalém (Lucas 24.47). Jerusalém hoje para esses ministros significa sua cidade de residência. A expressão “Toda a Judéia” aplica-se também por extensão ao seu estado ou a sua nação. Esta chegando a última hora, as portas estão se abrindo rapidamente para a obra evangelística, com isso os ministros de Deus deve ter uma visão verdadeira, uma paixão verdadeira, para executar essa obra a visão da Igreja deve ser uma visão global (Mateus. 28.18-20). Aqueles que foram chamado para executar a obra de Deus nunca deve esquecer dos que ainda não receberam a fé, os ministros devem cada dia dedicar-se com fervor a evangelização porque a Bíblia mostra que cada alma é particularmente interessante e preciosa para Jesus, portanto os ministros devem pregar e ensinar, e a igreja dá belicismos testemunhos, esta é a tarefa diária do povo de Deus, devemos ir muito além-mar. Esta sempre foi a preocupação de Jesus por todos os povos, esta preocupação é vista desde o começo de seu ministério. Jesus entendia que sua missão era salvar a todos e não apenas uma minoria seleta, seu conceito nessa missão é visto nas pregações nas sinagogas por onde Ele percorria (Lucas 4.14-30). No evangelho de (João 4.35). Jesus exortou a seus discípulos dizendo. Levantai os vossos olhos e vede as terras que já estão brancas para a ceifa, com essas palavras entendemos que Jesus queria e quer dizer aos seus discípulos que é necessário tirar proveito imediato  da semeadura como foi visto em Samaria que por causa do belicismo testemunho da mulher samaritana, que lhes tinha falado de Jesus aproveitando os campos, “Muitos foram ter com Ele” (João 4.30).

Hoje no mundo natural mais ou menos quatro meses é tempo que decorre entre a semeadura e a colheita (João 4.35). Porém a colheita natural pode ocorrer imediatamente após a semeadura da palavra, a metáfora de um campo que branqueja para a ceifa usada para representar a colheita de almas humanas para o reino de Deus é muito comum nas escrituras e é também muito usada para representar a semeadura final da Igreja. Antes do arrebatamento muitas vezes perguntamos a nós mesmos porque Cristo ainda não voltou. A Bíblia contudo nos fornece a resposta por causa da longaminidade de Deus. Há portanto uma razão pessoal de Deus para justificar porque Cristo ainda não voltou, vejamos o que diz o apóstolo Pedro em sua segunda carta no capítulo 3.8.9. “Mas, amados não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia, o Senhor não retarda a sua promessa ainda que alguns a tem por tardia, mais é longânimo para convosco, não queremos que alguns se percam senão que todos venham a arrepender-se”. Eis aí a resposta à nossa pergunta, um Deus compassivo e longânime continua esperando que todos ouçam o evangelho se arrependam dos pecados e se voltem para Ele. Contudo: “Como ouvirão se não tem quem pregue” (Romanos 10.14). 

A quem cabe pregar o evangelho aos ministros de Cristo, e a Igreja de Cristo cabe obedecer e a dá bons testemunhos (João 4.39). Portanto cada um fique no lugar em que foi chamado. (I Coríntios 7.24). Cumpramos pois a ordem de nosso Senhor e salvador Jesus Cristo.




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