sexta-feira, 13 de novembro de 2015

SERÁ QUE A MULHER VESTIDA DE SOL, DO CAPÍTULO 12, DO APOCALIPSE É MARIA?

 Adilson Francisco dos santos. Estudos Apologéticos.

SERÁ QUE A MULHER VESTIDA DE SOL, DO CAPÍTULO 12, DO APOCALIPSE É MARIA?

Todo bom apologista sabe que a ultima referencia que é feita a Maria foi no dia de pentecostes no capitulo 1.14, do livro de atos dos apóstolos quando ela recebeu o Espírito Santo juntamente com as demais, cento e vinte pessoas que estavam reunidas no cenáculo, como está escrito, Todos estes perseveravam unânimes em oração, com as mulheres, com Maria mãe de Jesus e com os irmãos Dele”. (Atos 1.14). Esta foi a ultima referencia feita a ela, e nada mais nos é referido a seu respeito, embora que, depois de Atos dos apóstolos foram escrito mais vinte e dois livros inspirados, isto é, “vinte e uma epístola e o livro do Apocalipse”, em nenhum destes escritos encontramos qualquer recomendação especial e nem sequer alguma citação ao nome de Maria. Porem, como vimos não há vestígio algum de mariolatria no Novo Testamento, e muito menos ela ser a mulher do capitulo 12 do apocalipse.

Não adianta buscar subterfúgio teológico para colocar Maria no centro dá bíblia, todos sabem que Maria não aparece em absolutamente lugar nenhum da Bíblia a partir das epístolas apostólicas doutrinárias (de Romanos ao Apocalipse), porque quando a Bíblia aborda doutrinas Maria não tem qualquer papel relevante, simplesmente desaparece completamente. Já no catolicismo o que ocorre é exatamente o inverso: quando a questão envolve doutrina, é onde Maria mais aparece. Ela é a onipotente suplicante no Céu, é a co-redentora, é a medianeira das graças, é a Rainha dos Céus, é a adjutora e intercessora, a mais poderosa que todos os santos e anjos, a imaculada mãe de Deus. Ou para ser mais claro: Maria é uma deusa para os católicos, ela é a mulher do capitulo 12 do apocalipse para eles.

Mas, se é assim, por que a Bíblia omite completamente o nome de Maria em todas as epístolas apostólicas doutrinárias? Estariam os apóstolos omitindo informações de tamanha importância para a doutrinação da Igreja ou os “atributos de Maria” não eram tão importantes para serem revelados? De qualquer forma, os católicos, sabendo desse problema, inventaram uma solução, usaram a “EISEGESES”, para o texto do apocalipse 12, forçando-o ele falar o que não está escrito,  para eles, esse é o capítulo que a Bíblia fala de Maria. Hilário, para dizer pouco. Parece que a descrição claramente alegórica do texto, que fala de uma mulher que está vestida do sol e com uma lua em seus pés e doze estrelas na cabeça, de um dragão que tinha sete cabeças e dez chifres, da mulher criando duas asas de águia e da serpente lançando água pela boca, não é suficiente para mostrar a eles que o relato não está em sentido literal. Essa mulher não é literalmente aquela que deu à luz a Jesus (Maria), mas está em sentido alegórico, representando outra coisa, menos Maria.

Nesse livro devemos observar que atenção de João tem-se voltado, até agora, aos eventos que se deram em volta do trono. Mas com a sétima trombeta, introduzindo as sete taças de severos julgamentos. E o sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso SENHOR e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre. E os vinte e quatro anciãos, que estão assentados em seus tronos diante de Deus, prostraram-se sobre seus rostos e adoraram a Deus, Dizendo: Graças te damos, Senhor Deus Todo-Poderoso, que és, e que eras, e que hás de vir, que tomaste o teu grande poder, e reinaste. (Apocalipse 11.15-17), verifica-se um interlúdio, onde sete personagens, e quatro conflitos com Satanás, passam a ser mostrados ao evangelista.

A MULHER VESTIDA DE SOL (Apocalipse 12.1,2) "E viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça. E estava grávida, e com dores de parto, e gritava com ânsias de dar à luz." Todos teólogo e apologista, seguem neste capítulo, a mesma linha de pensamentos, a saber: A mulher representa Nação Israelita. Jeremias 4.31; (em figura de retórica ver Oséias 1.2, 3). A posição em que foi colocada, recebendo proteção, amor e a iluminação divina, faz-nos pensar em um vulto visto no “céu”. Isto é, nesse caso significa no firmamento. A mulher teria de estar no firmamento, se é que está sobre a lua. Mas a cena é imediatamente transferida para aterra, assim que o filho varão da mulher é dado à luz). Vestida do sol. Estar vestida do sol equivale a estar revestida de luz. Bem perto de Deus, pois “...Deus é sol” (Salmo 84.11), e “cobre-se de luz como de um vestido” ( Salmo 104.2). A luz é a vestimenta de Deus. Ele é luz. Jesus Cristo é também: “...O sol da justiça” (Malaquias 4.2). O Dr. J. A. Seiss declara: “Assim como o sol é o rei do dia, assim a lua é a rainha da noite; e assim como estar vestido do sol significa ser glorioso facho de luz para o mundo...”. A grande glória de Israel (vestido de luz) fala de como Deus elevou aquela nação para trazer o Messias (a Luz do mundo), o Redentor Universal. Tendo a lua debaixo dos seus pés. O simbolismo do sol, lua e estrelas sugere um resumo da história de Israel, como se depreende de Gênesis 37.9. “Assim como a lua está subordinada ao sol e recebe dele sua luz, toda a glória de Israel e sua influência provêm daquele que o comprou, dando-lhe vida. A lua brilha de noite; assim Israel deve brilhar, dar seu brilhante testemunho, em meio às trevas sombrias que se avolumam na era da Grande Tribulação”. Dado a posição da mulher vestida do sol, evidentemente este, estava posicionado acima desta e esta tendo por pedestal a lua; nesse caso, o sol e a lua estavam em relação um ao outro em posição vertical. Dando a entender que, a lua estava em fase minguante em (“forma de aliança”). Após o terremoto e a chuva de saraivas, aparece a visão de "um grande sinal", mostrando, em retrospectiva, uma importante verdade. A descrição deste sinal é simbólico, mas, à semelhança dos outros símbolos do Apocalipse, representa uma realidade. O que João vê é uma mulher vestida de sol, com a lua debaixo dos pés e com uma coroa de doze estrelas na cabeça. No Salmo 104.1,2, Deus é mostrado como alguém vestido de honra e majestade, coberto de luz como se fora um manto. Cristo também é descrito como o Sol da Justiça, "a luz do mundo" (Malaquias 4.2; João 8.12). "Os que forem sábios, pois, resplandecerão, como o fulgor do firmamento; e os que a muitos conduzirem a justiça, brilharão como as estrelas" (Daniel 12.3). Na simbologia profética das Escrituras Sagradas, isso aponta também para “a aliança eterna” (a lei) que por desobediência Israel colocou “debaixo dos seus pés” (cf. Mateus 15.6). Uma coroa de doze estrelas. Em razão da Igreja não estar em foco na presente época (a da Tribulação), as doze estrelas representam os doze patriarcas, que são o princípio da formação da Nação Israelita. O simbolismo inteiro faz-nos lembrar, de qualquer modo, do sonho de José, (Gênesis 37.9). Sonho esse onde José viu o Sol que era seu pai Jacó, a Lua, a esposa, e as doze estrelas, os seus doze filhos (Gênesis 37.9). “...Eis que ainda sonhei um sonho: e eis que o sol, e a lua, e onze estrelas se inclinavam a mim”. Assim o sol, a lua e as estrelas lhe prestavam honrarias. Isso certamente fala da nação de Israel. Não devemos pensar na Igreja nesta secção, pois a mesma se encontra ao lado de Cristo nas “bodas do Cordeiro” Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra. (Apocalipse 3.10). E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus. (Apocalipse 19.9). Assim, a mulher represente Israel (o remanescente fiel), mostrada como uma mãe real (compare com. Canta alegremente, ó estéril, que não deste à luz; rompe em cântico, e exclama com alegria, tu que não tiveste dores de parto; porque mais são os filhos da mulher solitária, do que os filhos da casada, diz o SENHOR. (Isaías 54.1). Mas a Jerusalém que é de cima é livre; a qual é mãe de todos nós. (Gálatas 4.26). Tendo domínio sobre algumas coisas (isto é, "a lua sobre seus pés"), e junto aos fiéis das doze tribos, que é a coroa de doze estrelas na cabeça. A mulher está prestes a dar à luz, e grita com as dores de parto. Essa mulher é um sacrifício vivo, que sofre qualquer coisa para trazer o Messias ao mundo. A agonia da nação de Israel, afim de que Jesus viesse ao mundo. Esse simbolismo é usado acerca de Israel, nas páginas do Antigo Testamento (cf. Isaías 66.7.8) e ilustrado em (Isaías 9.6; Miquéias 5.2.3). Israel, isto é, o remanescente fiel que aguarda a vinda do Messias, descobre que esperar o Messias leva-o através de uma história de experiências dolorosas como falou o profeta Isaías. Como a mulher grávida, quando está próxima a sua hora, tem dores de parto, e dá gritos nas suas dores, assim fomos nós diante de ti, ó SENHOR! Bem concebemos nós e tivemos dores de parto, porém demos à luz o vento; livramento não trouxemos à terra, nem caíram os moradores do mundo.(Isaías 26.17,18). A preparação à vinda do Messias (isto é, Jesus). Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João. Este veio para testemunho, para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele. Não era ele a luz, mas para que testificasse da luz. Ali estava a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo. Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu. (João 1.6-10). Iniciou- se muito antes de Maria ter sido visitada por um anjo.

Portanto o texto (Apocalipse 12.2). Focaliza o caso de Israel (ainda que seja a nação toda), que foi usado como instrumento para trazer o Cristo, o Messias, ao mundo, o que ilustra novamente a doação da vida a um mundo morto. Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisas semelhantes? Poder-se-ia fazer nascer uma terra num só dia? Nasceria uma nação de uma só vez? Mas Sião esteve de parto e já deu à luz seus filhos. (Isaías 66.8). Ilustra um novo surgimento na vida de Israel: “...Poder-se-ia fazer nascer uma terra num só dia? nasceria uma nação de uma só vez? mas Sião esteve de parto e já deu à luz seus filhos”. Os profetas descreveram a nação de Israel como quem sofria as dores de parto com o objetivo de traze Cristo a fim de que regesse todas as nações, foi uma longa agonia. Porém, mesmo diante desta grande “ânsia” que durante séculos tem passado a nação, as Escrituras falam como Deus a elevou; primeiro, para trazer ao mundo o Messias, o Redentor Universal; segundo, na glória futura de Israel, como cabeça das nações; e esperando essa manifestação de Israel e da Igreja, há uma ardente expectação de toda a criação que geme, como está escrito. Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus. Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, Na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora. E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos. (Romanos 8.19-23).
  
A Aparição do Dragão Vermelho (Apocalipse 12.3) "E viu-se outro sinal no céu; e eis que era um grande dragão vermelho, que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as suas cabeças sete diademas." Outro sinal aparece no céu, também cheio de significados simbólicos. Um gigantesco dragão de muitas cabeças e muitos chifres. Este dragão é identificado, no versículo 10, como Satanás. No presente texto, está em foco “A antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo”. Ela é a serpente sedutora, mãe das trevas, que é um cão de fogo horroroso. Foi esse terrível ser que personificado uma serpente enganou a pobre mulher (Gênesis 3.1-13; II Coríntios 11.3). É afirmado por Matthew Pool eminente comentador da Antiguidade, que o artigo definido em Gênesis 3.1, é enfático, e por isso se refere a uma serpente especial. E, no hebraico é: “hannachast”, isto é, esta serpente ou essa serpente, significando que não era uma serpente qualquer, ou um simples animal, mas uma personificação do próprio Satanás (Apocalipse 12.9). Em sete livros do Antigo Testamento e em dezenove do Novo, encontramos a figura sombria desta serpente “veloz” chamada “o Diabo”. Ocorre uma vez no plural. Deuteronômio 32.17. Seu nome é a transliteração do vocábulo grego “diábolos”, expressão sempre usada no singular, que significa “acusador”; é aplicado nas Escrituras exclusivamente a Satanás. “Ele é assim chamado, em virtude de suas disposições hostis opondo-se a Deus e aos homens”. No sentido profundo da palavra, significa também “caluniador”, porque tanto calunia a Deus (Gênesis 3.2), como aos homens (Jó 1.9; Apocalipse 12.10). Em João 6.70, tem o sentido de uma “traidor”. Assim como o cavalo vermelho, em 6.3, significa sangue e morte, também o vermelho deste dragão é uma referência ao fato de Satanás ser um assassino desde o princípio, como está escrito.  Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira. (João 8.44). Pois o conflito entre Satanás e o povo de Deus iniciou-se no Jardim do Éden. Foi lá que a promessa de vitória sobre a serpente foi-nos dada. E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. (Gênesis 3.15). As "sete cabeças" simbolizam a pretensão de sabedoria, mas na realidade não se trata de sabedoria e, sim, de astúcia diabólica. Os dez chifres mostram que ele alega ter plenitude de poder; uma afirmação falsa: foi-lhe concedido tão-somente algum poder sobre a terra. Depois disto eu continuei olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso, e muito forte, o qual tinha dentes grandes de ferro; ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele, e tinha dez chifres. E, quanto aos dez chifres, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; e depois deles se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis. (Daniel 7.7,24). Alguns vêem tal poder operando através dos dez reis. As sete coroas significam a plena autoridade divina sobre os reinos da terra, pois ele falsamente reivindica ser "o deus deste mundo" (II Coríntios 4.4). A Intenção do Dragão (Apocalipse 12.4) "E a sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou diante da mulher que havia de dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe tragasse o filho." Com a sua cauda, o dragão arrasta a terça parte das estrelas do céu, e as lança por terra ("arrastar" tem o sentido de puxar com força; o mesmo verbo grego (suro) aparece em João 21.8: "arrastando a rede", e, em Atos 14.19, onde se diz que Paulo foi arrastado para fora da cidade, após ter sido apedrejado). Sua ação é idêntica ao do pequeno chifre em Daniel 8.9,10 (Antíodo Epifânio). Alguns creem ser isto uma descrição da rebelião original do anjo Lúcifer (que se tornou Satanás), e dos anjos que ele levou consigo (II Pedro 2.4; Judas 6). Outros simplesmente utilizam-se desta passagem para demonstrar o poder satânico. Tendo demonstrado toda a sua força, Satanás, como um animal de rapina, coloca-se em frente à mulher que está prestes a dar à luz.

Sua intenção de destruir a criança arrasta-se desde a promessa de Gênesis 3.15, quando soube o que a semente da mulher (a criança) faria a ele. Conseqüentemente, vem opondo-se a Israel através dos séculos, culminando na tentativa de tirar a vida de Jesus. Herodes, o Grande, por exemplo, ordenou a morte de todos os meninos de dois anos para baixo em Belém e em suas cercanias (Mateus 2.16). O Nascimento e a Ascensão do Filho do Homem (Apocalipse 12.5) "E deu à luz um filho, um varão que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono." A mulher dá à luz "um filho homem", literalmente "um filho, um homem".  “...UM FILHO VARÃO”. Cremos está aqui em foco, á pessoa de Cristo. “O Filho Varão”. Não se trata de Cristo“misticamente concebido”, nos membros da Igreja. A citação do Salmo 2.9, aplicada a Cristo em todo o contexto da Igreja Primitiva, afirma-nos que o Filho da mulher vestido do sol é o próprio Cristo que nasceu para reinar (cf. Gênesis 3.15; Salmo 2.9; 110.5, 15; Daniel 4.26; Apocalipse 12.5; 19.15). O sentido geral deste versículo é que Cristo, mediante sua ressurreição e ascensão, frustrou os desígnios malignos e destruidores de Satanás. A ascensão do Cristo é expressa com as palavras: “...E O SEU FILHO FOI ARREBATADO PARA DEUS E PARA O SEU TRONO” (cf. Marcos 16.19; Lucas 24.50, 51; Atos 1.9;7.56; Apocalipse 3.21). Nada se diz aqui da morte do filho varão à não ser no versículo 11 desta secção, uma vez que ele é ligado com Israel e com a regência de todas as nações, ambas as quais dependem de seu nascimento e ascensão ao trono. os substantivos "filho" e "homem" mostra que o sentido é individual e não coletivo. O filho é identificado como aquele que irá "reger todas as nações COM VARA DE FERRO". Em (Apocalipse 2.26,27). Reger todas as nações. Essa alusão feita no presente texto, refere-se ao governo milenial de Cristo, após o término da Grande Tribulação. Naquela época, Ele governará como monarca absoluto, mas também será o Sumo–Pastor. O grego diz literalmente “poimaino”, “pastorear” ou “cuidar”. Essa palavra é empregada por 11 vezes nas páginas do Novo Testamento (cf. Mateus 2.6; Lucas 17.7; João 21.16; Atos 20.28; I Coríntios 9.7; I Pedro 5.2; Judas v. 12; Apocalipse 2.27; 7.17; 12.5 e 19.15). O reinado de ferro das nações será quebrado por aquele que vem pastore-las com “vara de ferro”. Aqui o domínio significa “guiar como um pastor”, e “vara de ferro”, não significa “dureza” e sim, um método inquebrantável no governo de Cristo.

Em Apocalipse 2.25-28, é-nos dito que Jesus dará, aos vencedores, poder sobre as nações; Mas o que tendes, retende-o até que eu venha. E ao que vencer, e guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei poder sobre as nações, E com vara de ferro as regerá; e serão quebradas como vasos de oleiro; como também recebi de meu Pai. E dar-lhe-ei a estrela da manhã. E não somente aos de Tiatira, como também aos que se conservarem fiéis até o fim. Os vencedores também regerão as nações com vara de ferro. Noutras palavras: o pai escolheu a Jesus para reger as nações, esmigalhando-as com vara de ferro. Ele, porém, convidará os vencedores a compartilhar tal vitória com Ele. Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono. (Apocalipse 3.21). O Salmo deixa bem claro que Jesus é, primariamente, aquele a quem Deus reconhece publicamente como seu Filho e, por isso, dá-lhe poder sobre as nações. Tu os esmigalharás com uma vara de ferro; tu os despedaçarás como a um vaso de oleiro. Confirmado por João no apocalipse. E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso. (Salmo 2.9; Apocalipse 19.15). Embora Satanás tente impedir a consecução deste plano, será ele eliminado para sempre pelo Filho (Jesus) que venceu e subiu aos céus. Alguns se perguntam por que a vida, ministério, morte e ressurreição de Jesus não fazem parte desta visão. E que o tema desta não é a salvação, e sim os julgamentos que estão por vir. A menção da vara de ferro deixa isto claro. Este mesmo julgamento é mostrado em Daniel capitulo 2, onde a grande estátua de cabeça de ouro é esmigalhada. Tal julgamento é mais que certo, por ter Jesus subido aos céus e achar-se, agora, entronizado à direita do pai, esperando o tempo em que seus inimigos hão de ser postos por estrado de seus pés (Hebreus 10.13).

A FUGA DA MULHER PARA O DESERTO (Apocalipse 12.6) "E a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus, para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias." “...A mulher fugiu para o deserto”. Este será o “...lugar preparado por Deus” durante a Grande Tribulação.

Primeiro João viu a mulher e o dragão como o grande sinal no céu. Contudo, o nascimento da criança deu-se na terra. E a criança é arrebatada ao trono de Deus. Quanto à mulher, é vista sobre a terra. Assim como o Antigo Testamento constantemente pula da primeira à segunda vinda de Cristo, assim também ocorre com o Apocalipse. No fim dos tempos, a mulher "foge para o deserto". Aqui, tem ela um lugar que lhe preparou Deus. Nele, será cuidada por 1260 dias, ou três anos e meio; parece ser uma referência à última parte da Grande Tribulação, Aparentemente não sem razão, pois segundo o modo judaico de calcular, três anos juntos precisariam do acréscimo de um mês, de maneira que o período seria 1.290 dias (Daniel 12.11) em vez de 1.260 dias (Daniel 7.25; Apocalipse 11.2, 3; 13.5); mas,referindo-se a um dos anos separadamente evita-se este resultado. Isso é confirmado em Apocalipse 11.2, 3, quando acidade de Jerusalém será pisada pelos gentios durante o tempo de 42 meses, quando os mais severos julgamentos estarão caindo sobre a terra. A repetição deste número no Apocalipse é uma indicação de que este tempo é para ser interpretado de forma literal e não simbólica. Alguns explicam que o "deserto" é um símbolo das nações do mundo. Todavia, a menção de que o lugar já havia sido previamente preparado à mulher, indica alguma coisa mais específica, desse modo, se aponta para o livro de Daniel 11.41.

Deus preparou a cidade de Pella, uma das cidades de Decápolis, como “refúgio” para os crentes fiéis que creram nas advertências do Senhor. Eles ali ficaram por trás do “deserto” da Judeia e de Moabe, e assim escaparam da grande destruição da cidade e de seus moradores. Cremos que por determinação do conselho e pré-conhecimento de Deus, provê-se um lugar de segurança e manutenção para o remanescente. Sugerem-se que este lugar de “refúgio” seja Petra, no monte Seir, na terra de Edom e Moabe. Sela ou Petra, a cidade da rocha é uma das maravilhas do mundo (localizada ao sudoeste do mar Morto), como um possível esconderijo. Podendo acomodar 250.000 pessoas, assim ofereceria proteção excelente. Esta região demarcada por Deus e denominada de “o deserto”, é chamada também de: (a) “lugar”. Apocalipse 12.6; (b)“refúgio”. Isaías 16.4; (c) “quartos”. . Isaías 26.20, etc. Na simbologia profética das Escrituras Sagradas, “deserto” significa um lugar de “isolamento” (Salmo 55.5-8), aqui, porém, refere-se “...Ao deserto dos povos” (Ezequiel 20.35). Será: “EDOM E MOABE, E AS PRIMÍCIAS DOS FILHOS DE AMOM” (cf. Daniel 11.41). Esses serão os únicos países que escaparão da influência do Anticristo, durante a Grande Tribulação. O Egito não escapará (Daniel 11.41-42). “EDOM ou EDUMÉIA: geograficamente este país encrava-se na região montanhosa entre o mar Morto e o golfo de Acaba; estende-se para dentro da Arábia Pétrea”. MOABE: encrava-se no sueste do mar Morto; era separada dos amonitas pelo rio Arnon. AMOM: encrava-se na região nordeste do mar Morto; hoje, esses três países ou povos se fundiram em tribos árabes”: Orígenis. Esta área reservada por Deus naqueles dias servirá de “refúgio perante a face do destruidor” (Isaías 16.4). O Monte Sião será também demarcado (cf. Salmo 125.1; Obadias v.17; Apocalipse 14.1). Todos esses acima citados, se transformarão no “deserto de Deus” preparado para a “mulher perseguida” (ou, seja,  Israel fiel) durante o tempo da “angústia de Jacó”.Vide as seguintes escrituras sobre o assunto: (Salmo 60.8-12; Isaías 16.4; 26.20; 64.10; Jeremias 32.2; 40.8-9; Ezequiel  20.35; Daniel 11.41;12.1; Oseías 2.14; Obadias vs. 17, 20; Mateus 24.36; Apocalipse 12.13-17). A mulher perseguida nesta passagem, representa, sem dúvida alguma, o “remanescente de Israel” (Salmo 3.13). Nos dias de Elias, este remanescente foram os 7.000 que não se dobraram diante de Baal (I Reis 19.18; Romanos 11.4); “Nos dias de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá”, Deus reservou para SI “um resto”, como declara o profeta Isaías (Isaías 1.9; Romanos 9.29); os que voltaram do cativeiro com Neemias e Esdras, eram remanescentes (Esdras capítulo 2 e capítulo 7). No Novo Testamento, são eles: Os pastores, Zacarias, Izabel, Simeão, a profetisa, Ana, Maria, mãe de Jesus e João batista; durante o tempo presente, o restante se compõe dos judeus crentes (Romanos 11.4-5); durante a Grande Tribulação: “Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o REMANESCENTE é que será salvo” (Isaías 10.22; Romanos 9.27). O remanescente desta secção se compõe de duas partes (os 144.000 e o restante da semana da mulher). Nessa época, eles são comparados a ‘orvalho”, e no Milênio, a “leão” (Miquéias 5.7-8), alguns deles sofrerão a morte, par completar um número. (Cf. 6.11), o restante será assinalado e guardado por Deus “no deserto”. Onde quer que se encontre tal lugar, o próprio Deus é que se encarregará de sua preparação para que a mulher (ISRAEL) seja alimentada e protegida, e não Maria.

GUERRA NO CÉU (Apocalipse 12.7,8) "E houve batalha no céu: Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão, e batalhava o dragão e os seus anjos; mas não prevaleceram; nem mais o seu lugar se achou nos céus". Agora a cena volta-se para o céu, para a grande batalha entre Miguel (cujo nome significa "quem é como Deus?") e seus anjos de um lado, e o dragão e os seus anjos de outro. Miguel é chamado de "arcanjo" ou "anjo chefe" por Judas (v.9). Algumas tradições antigas dizem que havia quatro arcanjos, e outras falavam em sete. A Bíblia, contudo, identifica somente um: Miguel. A batalha é o esforço supremo e último de Satanás para derrotar os anjos de Deus, e inutilizar-lhe o plano. Por enquanto, vêm Satanás e seus demônios exercendo sua autoridade sobre o mundo espiritual, esferas de influência e governantes que jazem nas trevas do pecado (Efésios 6.12). Mas as pretensões do adversário não conhecem limite. O original grego, porém,

Indica que o ataque será iniciado pelo arcanjo Miguel. As forças da justiça estão em ação. O domínio de Satanás está chegando ao fim. O dragão é incapaz de vencer o conflito com o céu. Ele tem poder, mas não pode ser comparado a Miguel. Resultado: qualquer que tenha sido o acesso de Satanás e seus anjos ao céu, este não estará mais disponível, pois "nem mais se achou no céu o lugar deles" (v.8). Encorajemo-nos: Satanás já um inimigo derrotado.

Satanás é Lançado à Terra (Apocalipse 12.9) "E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele." Agora, o dragão é claramente definido. Ele é "a antiga serpente" por haver tentado Eva no jardim do Éden. É também chamado "diabo e Satanás". Ele é o caluniador e nosso adversário (ver 1 Pedro 5.8). É também identificado como o "enganador de todo o mundo". Começou suas trapaças com Eva, e ainda tenta enganar tanto o mundo como a Igreja (2 Coríntios 11.3). Mas quando Miguel e seus anjos o derrotarem, ele será lançado à terra juntamente com todos os seus anjos para infernizar com mais intensidade e fúria a humanidade, pois o seu tempo é curto. Quando os setenta discípulos retornaram a Jesus, e contaram-lhe que até mesmo os demônios se lhes submetiam, viu o Mestre que tais vitórias eram uma antecipação de uma vitória maior. A vitória de Miguel e seus anjos, todavia, não é a derrota final de Satanás. Apesar de não mais ser capaz de entrar nas regiões celestiais, o adversário ainda terá poder sobre a terra. Seu tempo, porém, é curto. Assim que o julgamento se completar, ele será amarrado e lançado no abismo. A terra estará livre de suas tentações e dos seus ardis e planos maléficos por mil anos (Apocalipse 20.1-3). Alegria no Céu (Apocalipse 12.10) "E ouvi urna grande voz no céu, que dizia: Agora chegada está á salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derribado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite". Após a expulsão de Satanás e seus anjos, João, ainda no céu, ouve uma grande voz procedente dos que haviam sido tentados por Satanás. Bem pode ser a voz do povo de Deus que lá já estava, ou talvez a dos vinte e quatro anciãos. De uma forma ou de outra, a expulsão de Satanás leva-os a se regozijarem: a vitória final brevemente virá.

Até aqui, "o acusador dos nossos irmãos" os havia injuriado diante de Deus continuamente. Temos um exemplo disto nos primeiros dois capítulos de Jó, onde Satanás acusa o patriarca de servir a Deus unicamente para obter vantagens pessoais. Zacarias 3.1-5 mostra Satanás acusando Josué, o sumo sacerdote dos judeus que haviam retornado de Babilônia. Satanás caluniou cada um deles, alegando que seus pecados eram impuros demais para que pudessem ser perdoados. Contudo, as acusações agora chegaram ao fim. Após esta batalha, Satanás é expulso dos céus. Esta vitória é uma certeza de que nada poderá obstruir a concretização dos planos divinos. Embora algumas coisas ainda devam acontecer antes que a terra veja Jesus cumprir completamente o seu plano, a vitória é certa. As declarações que vemos, nesta passagem, são uma antecipação do estabelecimento do reino de Deus neste mundo. O Segredo da Vitória (Apocalipse 12.11) "E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até à morte." O versículo 11 declara-nos que "os irmãos" (os crentes, tanto homens como mulheres) não são derrotados por seu "acusador". Eles conheciam o segredo da vitória: o sangue de Cordeiro. Este sangue tem poder para derrotar o adversário e inutilizar-lhe as acusações. Isto compreende também cada vitória obtida sobre ele no decorrer dos séculos, e a vitória final. Os crentes são vitoriosos porque Jesus derramou seu sangue, e deu sua vida por nós na cruz. A crucificação e a ressurreição são a causa da grande derrota de Satanás. Temos a garantia de sermos vitoriosos agora e no futuro, quando ressuscitarmos e entrarmos nas alegrias do reino que nos foi preparado pelo Pai (Mateus 25.34). Estes crentes são vitoriosos sobre Satanás "por causa da palavra do seu testemunho". Eles não permitiram que coisa alguma, ou pessoa, os impedisse de falar de Cristo. Estavam determinados a servir a Jesus não importando qual o preço a pagar; sua fé foi maior que o seu temor diante da morte, "pois eles não tinham suas vidas por preciosas". Alegria no Céu, Julgamento na Terra (Apocalipse 12.12) "Pelo que alegrai-vos, ó céus, e vós que neles habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar; porque o diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo que já tem pouco tempo."

Devido ao fato de Satanás ter sido expulso das regiões celestiais, a mesma voz (v.10) convoca o céu e seus habitantes (incluindo todos os que se acham em volta do trono) a se alegrarem. A palavra grega para "habitar" significa que os habitantes do céu estão "tabernaculando-se" lá, onde Deus tem seu santuário (Apocalipse 13.6). Tendo em vista a vitória de Miguel e seus anjos, o céu nunca mais escutará as acusações de Satanás contra o povo de Deus. Os habitantes do céu devem se alegrar também porque o esplendor do governo de Deus e da autoridade de Cristo são manifestos naquela vitória. Isto significa também que Cristo, agora, ao invés de desempenhar seu papel de nosso advogado diante de Deus (1 João 2.1), está aguardando que o Pai coloque seus inimigos por estrado de seus pés, dando-lhe condições, assim, para o estabelecimento do reino milenial. Em contraste com a alegria do céu, a voz prevê lamentações sobre a terra por causa da queda de Satanás. Ninguém sobre a terra, ou mar, será poupado. Satanás, o adversário caluniador, descerá com grande ira, não somente por ter sido expulso do céu, mas também por saber que lhe resta pouco tempo. Ou seja: está consciente de sua condenação final, não porque possa prever o futuro, mas em virtude do conhecimento que tem das profecias da Bíblia. E ele sabe que a Palavra de Deus é infalível. Rebelde como é, Satanás continuará suas atividades no tempo que lhe resta até o término do período da Grande Tribulação. Ele estará ativo por detrás das ações do Anticristo e do falso profeta. Mas Deus trará sobre a terra mais julgamentos, derramando sua ira sobre um mundo que se acha rebelado contra Ele. O Dragão Persegue a Mulher (Apocalipse 12.13) "E, quando o dragão viu que fora lançado na terra, perseguiu a mulher que dera à luz o varão." Assim que Satanás se vê banido do céu, volta-se à terra cheio de ira, intensificando seu conflito com a mulher que dera luz ao "filho varão". A razão pela qual Satanás continua a perseguir a "mulher", isto é: Israel, é devido a inimizade e aversão que ele nutre por seu filho, o Messias, o Ungido Filho de Deus. O povo judeu conhece muito bem o que é perseguição, mas o pior ainda está por vir. Muitos vêem este versículo como o tempo para o cumprimento da angústia de Jacó, como profetizado em Jeremias 30.7.

A Mulher é Protegida e Alimentada (Apocalipse 12.14) “E foram dadas à mulher duas asas de grande águia, para que voasse para o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora da vista da serpente.” Deus não esquece seu povo que está sendo perseguido. Satanás não será capaz de impedir que a mulher alcance o lugar que Deus lhe tem preparado no deserto, (v.6) Ela recebe "asas de uma grande águia" para que possa fugir para esse local, onde será alimentada por "um tempo, tempos, e metade de um tempo", ou seja: por três anos e meio. O Apocalipse ainda está usando a linguagem e a tipologia do Antigo Testamento. As "duas asas de uma grande águia" reflete a figura usada em Êxodo 19.4, onde Deus assim consolou a Israel: "Levei-vos sobre asas de águia e trouxe-vos a mim". As asas de águia são símbolos do poder pelo qual Deus quebrou o poderio do Egito, destruindo-lhe o exército para libertar os hebreus (Deuteronômio 32.10,11; Isaías 40.31). O que as asas, ou a própria águia, significa pode ser algo controvertido. Contudo, qualquer que seja o seu real significado é evidente que Deus protegerá e preservará o remanescente fiel de seu povo. Pode ser que Zacarias 13.8, seja uma referência a Israel. Se assim for, indica que dois terços de Israel, que ainda estarão na terra, hão de perecer. Foi por isso que Jesus exortou o povo da Judeia a fugir às montanhas (Mateus 24.16). O fato de a mulher ser "sustentada" (alimentada) por Deus, talvez signifique que Ele providenciar-lhe-á alimentação sobrenatural, como o fez durante a caminhada dos israelitas em direção a Canaã (Êxodo 16.35), ou com Elias no ribeiro de Cedron (1 Reis 17.6). A repetição da informação dada no versículo seis, mostra que o conteúdo dos versículos sete a 13 deve vir entre parênteses. Como naqueles dias o parêntese não era conhecido como hoje, João viu-se obrigado a usar a repetição para mostrar que o versículo 14 continua e é um reforço do seis. No lugar que Deus lhe havia preparado, a mulher estará segura contra os ataques da serpente. Satanás, que a vem perseguindo, atacando e causando- lhe tantos transtornos através dos séculos, não será capaz de causar-lhe qualquer dano. A expressão "tempo, tempos, e metade de um tempo" antecipa a aparição do Anticristo como a besta que sai do mar, e que será vista no próximo capítulo. De acordo com a linguagem de Daniel (Daniel 12.7), neste período terá o Anticristo domínio sobre a terra. Mas Israel escapará (Daniel 7.25). O derradeiro esforço contra Israel há de ser em vão.

A Terra Ajuda a Mulher (Apocalipse 12.15.16) “E a serpente lançou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, para que pela corrente a fizesse arrebatar. E a terra ajudou a mulher; e a terra abriu a sua boca, e tragou o rio que o dragão lançara da sua boca.” Quando a serpente vê a mulher fugindo, persegue-a com um dilúvio que sai de sua boca, como um rio, com a intenção de destruí-la. Pensam alguns que este rio será uma enchente literal causada em pleno deserto com o objetivo de afogar o remanescente fiel. Isto será difícil de acontecer caso os montes e vales sejam os de Moabe e Edom (v.6). O que podemos observar é que o dragão, ou serpente, tem sido claramente identificado, no versículo nove, como Satanás (ver comentário). O "dragão" é simbólico; sua boca e a água que dela procede são igualmente simbólicas. Há os que dizem ser o rio uma enchente de falsos ensinamentos, um rio de mentiras, vindo direto do coração e da mente de Satanás. A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, E com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira. (2 Tessalonicenses  2.9-11). (3) Há ainda os que destacam o uso figurativo de "enchente" em Jeremias 46.8 (e outras passagens), como que representando um exército. Se o que João está descrevendo, acontecer quando o Anticristo quebrar a sua aliança com Israel (Daniel 4.27). Será muito mais lógico esperar que o diabo mande um grande exército atrás do remanescente fiel, à semelhança do que fez Faraó quando da partida dos israelitas do Egito. A tentativa de Satanás de destruir a mulher com um dilúvio fracassa, porque "a terra abriu a boca e engoliu o rio". A linguagem, aqui, é idêntica a Números 16.32, onde lemos acerca do castigo que Deus infringiu a Coré e a seus seguidores por terem se rebelado contra Moisés e Arão. A terra abriu a sua boca e os engoliu; o mesmo se dará neste caso. Outras passagens enfatizam o evento como um ato exclusivo de Deus apesar do meio usado (Números 26.10; Deuteronômio 11.6,7; Salmo 106.17). Podemos ver, pois, que Deus é o agente que leva a terra a engolir o rio que saiu da boca do dragão.

O Dragão Guerreia Contra o Remanescente Fiel “...Perseguiu a mulher”. O presente versículo dá prosseguimento à narrativa iniciada no primeiro versículo deste capítulo. A “mulher”, que representa a nação de Israel, deu à luz a um “menino”, que é Cristo (cf. Gálatas 4.4). O dragão procurou devorá-lo, mas não obteve êxito nisso. E, esta razão ele voltará a sua ira contra a “mulher” (ou, seja, os fiéis do tempo da angústia), e a sua “semente” (toda a nação). A mulher foi perseguida pelo dragão, primeiramente no céu (v.4), e depois na terra (v.15). A cena é primeiramente descrita como quem está “no céu”, depois como quem está “na terra”. Alguns vêem nisso a “queda de Israel”. Essa interpretação é possível sim. Porque a apostasia e a rejeição de Cristo retiraram da nação de Israel a sua antiga glória, como também a aprovação divina. Contudo Deus cumprirá todas a suas promessas por amor aos patriarcas.  

Apocalipse 12.17. “E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao resto da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo”. “...irou-se contra a mulher”. Esta já é a oitava vez que aparece esta figura feminina nesta secção: (vs. 1, 4,6, 13, 15, 16, 17). C. C. Ryrie indica que a palavra grega aqui traduzida por “resto” “restante” ou “Remanescente” conforme aparece no Apocalipse, “aplica-se a grupo de indivíduos selecionados, e não necessariamente a um remanescente espiritual”. Naturalmente, essa semente da mulher perseguida, são aqueles que sobraram do número dos assinalados: os 144.000 (7.1-8); são os que guardam os mandamentos de Deus (ou, seja, a lei), e têm o testemunho (da morte de Cristo). Verdade é que profeticamente falando, João via Israel e a Igreja Cristã sofrerem perseguições. Mas, não devemos aplicar o presente texto à Igreja do Senhor, pois esta se encontrará, ao lado de Cristo, nas bodas do Cordeiro. Portanto, o resto da semente da mulher perseguida, sem dúvida alguma, é Israel.

“E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao Remanescente da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo.” Ao ver sua tentativa de matar a mulher, fracassada, e ao perceber que não lhe pode causar nenhum dano, o dragão vai atrás do "restante da sua descendência", identificada como aqueles que continuamente "guardam os mandamentos de Deus e tem o testemunho de Jesus". Isto indica que os “ISRAELITAS” que aceitarem a Cristo como seu Messias, Salvador e Senhor durante esse período, serão duramente perseguidos por Satanás. Eles são o remanescente fiel que hão de ser adicionados ao número de mártires durante a Grande Tribulação.

Portanto esse capitulo não tem nada haver com Maria como a igreja católica ensina.




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